Preso há quase uma semana, ele ainda pediu bebida alcoólica e revistas.
Segundo a polícia, vigilante de 26 anos confessou ter matado 39, em
Goiás.
O vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 26 anos, apontado como o
autor de 39 mortes em Goiânia, disse aos policiais na madrugada desta
segunda-feira (20) que “está com vontade de matar”, segundo revelou o
delegado Eduardo Prado.
O jovem segue preso, sozinho, em uma cela da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc). “Ele perguntou para os agentes [que] se matar algum indivíduo dentro do presídio [se] ele responderá criminalmente por isso. Muito estranha a atitude e as conversas desconexas que ele vem falando”, diz Prado. Durante a madrugada, Tiago leu 40 revistas, fato que chamou a atenção da polícia. “Outra coisa curiosa é que ele lê de trás para frente de forma rápida, como se fosse dinâmica, lendo de forma alta”, pontua o delegado. Prado disse ainda que o motociclista pediu bebida alcoólica na cela, mas que não foi atendido. Conforme o delegado, Tiago precisa de ser monitorado a todo momento. “A nossa preocupação é com a observação constante dele na cela. Ele não tem amor próprio, já tentou suicídio. Constantemente, quando eu estou na sala, ele pede para levar fio dental para ele. [Na] Hora que pergunta se é para suicidar ele dá uma risada sarcástica”, relata Prado.O delegado alerta que, quando o suspeito for encaminhado a uma penitenciária, ele precisará de atenção redobrada. “Com certeza, quando encaminharmos ao presídio, a direção do sistema prisional irá ficar atenta a essa situação para ter um controle mais metódico da situação em relação a esse indivíduo, que é realmente de alta periculosidade”, afirmou. Ainda não há previsão da transferência do vigilante, segundo a polícia.
O jovem segue preso, sozinho, em uma cela da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc). “Ele perguntou para os agentes [que] se matar algum indivíduo dentro do presídio [se] ele responderá criminalmente por isso. Muito estranha a atitude e as conversas desconexas que ele vem falando”, diz Prado. Durante a madrugada, Tiago leu 40 revistas, fato que chamou a atenção da polícia. “Outra coisa curiosa é que ele lê de trás para frente de forma rápida, como se fosse dinâmica, lendo de forma alta”, pontua o delegado. Prado disse ainda que o motociclista pediu bebida alcoólica na cela, mas que não foi atendido. Conforme o delegado, Tiago precisa de ser monitorado a todo momento. “A nossa preocupação é com a observação constante dele na cela. Ele não tem amor próprio, já tentou suicídio. Constantemente, quando eu estou na sala, ele pede para levar fio dental para ele. [Na] Hora que pergunta se é para suicidar ele dá uma risada sarcástica”, relata Prado.O delegado alerta que, quando o suspeito for encaminhado a uma penitenciária, ele precisará de atenção redobrada. “Com certeza, quando encaminharmos ao presídio, a direção do sistema prisional irá ficar atenta a essa situação para ter um controle mais metódico da situação em relação a esse indivíduo, que é realmente de alta periculosidade”, afirmou. Ainda não há previsão da transferência do vigilante, segundo a polícia.
Crimes Tiago confessou em depoimento à polícia 39 mortes, que teriam
sido cometidas desde 2011. Entre elas estão 15 dos 17 crimes
investigados inicialmente pela força-tarefa da Polícia Civil. As outras
vítimas são gays e moradores de rua. O primeiro crime da série de
assassinatos contra mulheres ocorreu em 18 de janeiro deste ano, quando
Bárbara Luiza Ribeiro Costa, de 14 anos, foi executada por um
motociclista no Setor Lorena Park. A morte mais recente foi a de Ana
Lídia Gomes, em um ponto de ônibus do Setor Morada Nova. Dois dos crimes
apurados pela força-tarefa não foram assumidos pelo vigilante: a morte
de Danielly Garmus da Silva, 23 anos, e a tentativa de homicídio de
Daiane Ferreira de Morais, 18. Entretanto, ele confessou outras duas
mortes de mulheres que eram apurados de forma independente e, após a
confissão, a polícia os incluiu nas investigações. São os homicídios de
Arlete dos Anjos Carvalho, 16, e de Edimila Ferreira Borges, 18. Mesmo
correndo o risco de ser capturado, o vigilante disse que, ao ver o
anúncio da criação da equipe especial da Polícia Civil para investigar a
série de mortes de mulheres, no dia 4 de agosto, sabia que seria uma
questão de tempo até ser preso.Com medo de ser detido, Tiago revelou que
interrompeu a sequência de mortes após o homicídio de Ana Lídia Gomes,
de acordo com o delegado Alexandre Bruno Barros. “Ele disse que parou
porque ficou com medo de ser pego, por causa da força-tarefa. Depois
voltou no último domingo [12] porque não aguentou mais, tinha que
extravasar a raiva”, disse o delegado. Segundo a Polícia Civil, o jovem
também foi identificado em imagens registradas por câmeras de segurança
no dia 12, próximo à lanchonete em que uma mulher foi agredida por um
motociclista. O caso foi incluído na força-tarefa. Segundo testemunhas, o
motociclista de capacete vermelho atirou na jovem, mas a arma falhou.
Então, ele deu um chute na boca dela. A polícia divulgou um vídeo no
qual o vigilante explica onde conseguiu o revólver usado nos crimes.
Questionado pelo delegado sobre o número de armas que ele possuía, o
suspeito respondeu que "só uma". "Que eu furtei em uma empresa onde
trabalhei", disse Tiago. Na quinta-feira (16), a Polícia
Técnico-Científica afirmou que os resultados de exames de balística da
arma apreendida com Thiago coincidiram com os disparos efetuados em seis
homicídios na capital. 'Raiva' Segundo os delegados que interrogaram o
vigilante, Tiago tinha o costume de assistir aos noticiários no dia
seguinte aos seus crimes para ter certeza se a vítima tinha morrido e
qual o nome da pessoa. No entanto, ele diz que sentia remorso ao ver as
reportagens. “Feliz não. Era um sentimento de arrependimento”. Em
entrevista na tarde de sexta-feira (17), o vigilante afirmou que
gostaria de pedir desculpas à mãe dele e às famílias das vítimas pelos
crimes que cometeu. Ele não respondeu se acredita ser doente mental, mas
falou em "arrependimento" e afirmou querer um tratamento médico para se
livrar do que ele define como "sentimento de raiva".De acordo com o
defensor do motociclista, Thiago Húascar, seu cliente comentou que
sofreu abusos sexuais durante a infância. O autor seria um vizinho. Além
disso, o suspeito também afirma ter sofrido bullying na escola. Essas
recordações trariam o tal sentimento a ele, motivando seus crimes. Para
ele, o jovem é "insano" e precisa de tratamento. Mesmo correndo o risco
de ser capturado, o vigilante disse que, ao ver o anúncio da criação, no
dia 4 de agosto, da equipe especial da Polícia Civil para investigar a
série de mortes de mulheres, sabia que seria uma questão de tempo até
ser preso. Apesar de no início das investigações ter afirmado ter
convicção de não se tratar de um único autor das mortes de mulheres, a
Polícia Civil diz agora que há cerca de um mês já tinha elementos
suficientes que apontavam o vigilante como o assassino nos crimes
investigados pela força-tarefa. Prisão De acordo com o superintendente
de polícia judiciária de Goiás, delegado Deusny Aparecido, antes de ser
capturado, a polícia não tinha o nome do suspeito, mas já sabia de todas
as suas características físicas. Assim, no dia 10, foi emitido um
mandado de prisão temporária para um “homem branco, com idade aproximada
de 25 anos, aproximadamente 1,87 metro de altura, complição física
atlética, sem barba ou bigode, com pelos no peito, rosto afilado,
cabelos pretos, curtos e lisos e sobrancelhas grossas, que normalmente
se veste bem”. O mandado também descreve que o suspeito usava capacete e
motocicleta de cor preta com placa adulterada. O vigilante foi preso na
Avenida Castelo Branco, na terça-feira (14). Em seguida, ele foi
encaminhado à Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH),
onde prestou depoimento e, de acordo com o delegado, confessou os
crimes. No ano passado, o Ministério Público Estadual ofereceu denúncia
contra o vigilante por furtar uma placa de uma motocicleta no
estacionamento de um supermercado de Goiânia. Imagens de câmeras de
segurança mostram ele cometendo o crime. Também no ano passado, ele foi
preso em flagrante em uma motocicleta com placa roubada, mas foi solto. O
caso foi registrado no 5º Distrito Policial.
Bárbara, Wanessa e Juliana são algumas das vítimas do suposto serial killer (Foto: Arquivo Pessoal)
Momento em que o acusado pede 'perdão' por 39 mortes e diz querer tratamento médico
Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
Nenhum comentário:
Postar um comentário