O governador Camilo Santana afirmou que irá à Brasília na próxima terça-feira (2), para negociar a compra de doses da vacina russa Sputinik V diretamente com o laboratório que produz o imunizante no Brasil. A agenda foi confirmada em uma publicação nas redes sociais.
Segundo Camilo, a medida busca complementar o Plano Nacional de Imunização contra a covid-19.
"Irei na terça-feira até o laboratório que representa a vacina russa Sputinik V, em Brasília, tratar da possível aquisição direta do produto, em complemento ao Plano Nacional de Imunização. Irei buscar a vacina para os cearenses aonde tiver que ir. Só descansarei com todos vacinados", disse o governador.
elberfeitosa.blogspot.com
Infectados com a variante do coronavirus de Manaus têm 10 vezes mais vírus no corpo, diz Fiocruz
Foto Michael Dantas/AFP |
Um estudo coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Amazônia constatou que a carga viral de pacientes contaminados pela cepa P.1 do novo coronavírus (SARS-CoV-2), uma variante provavelmente desenvolvida no Amazonas, é bem maior do que em pacientes com outras cepas que circulam no Amazonas. O SARS-CoV-2 é o vírus que causa a Covid-19.
O artigo que divulga os dados da pesquisa, realizada entre março de 2020 e janeiro deste ano, foi assinado por 29 especialistas, mas ainda falta ser oficialmente publicado. O texto está disponível na plataforma Research Square, que permite que artigos sejam debatidos por especialistas antes da publicação em uma revista científica.
De acordo com o estudo, a pessoa infectada com a P.1 pode ter até dez vezes mais vírus em seu organismo do que as contaminadas por outras variantes. E esse pode ter sido o motivo que levou a cepa de Manaus a se espalhar tão rápido pelo Amazonas.
A carga viral de P.1 não varia entre homens idosos e adultos de outras idades. Também não houve diferença na carga viral de homens e mulheres, por isso ela pode ser igualmente transmissível por qualquer pessoa acima de 18 anos. E isso é diferente do que acontece com as outras cepas, em que os homens idosos têm uma carga viral mais alta.
Segundo o pesquisador Felipe Naveca, o aumento da quantidade de vírus no nariz e na garganta amplia a possibilidade de transmissão. No entanto, ter uma maior carga viral não necessariamente piora a situação da covid-19 no paciente.
Evolução da cepa
A P.1 teria evoluído de uma outra cepa que circulava pelo Amazonas - a chamada B.1.1.28 - em novembro de 2020 e foi detectada pela primeira vez em Manaus em 4 de dezembro. Foi necessário um tempo inferior a dois meses para que a nova variante passasse a ser a causadora da maior parte dos casos de covid-19.
“O problema do vírus ficar circulando muito tempo, quando houve também uma queda do distanciamento social, favoreceu o surgimento da P.1”, explicou Naveca.
Quanto mais o vírus circula, maiores são as chances de ele sofrer novas mutações que podem ser, inclusive, resistentes às vacinas produzidas atualmente. Para Naveca, estudos ainda estão sendo feitos sobre a eficácia da vacina contra a variante P.1, mas ainda não há conclusão.
Com informações da Agência Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário