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terça-feira, 14 de março de 2017

Hemoce comemora marca de 300 transplantes de medula óssea no Ceará

medula
Hoje o Ceará tem uma média de sobrevida dos pacientes transplantados superior à média nacional, segundo a OMS ( Foto: Divulgação )


O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) e o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) realizaram 300 transplantes de medula óssea no Ceará, no período entre 2008 e fevereiro de 2017. A solenidade de comemoração acontecerá nesta quarta-feira, 15, às 9 horas, no auditório do Hemoce com uma celebração eucarística seguida das homenagens e descerramento da placa de comemoração.

Em março, o número de transplantes de medula óssea passou de 300 para 305 no Ceará. O mais recente procedimento aconteceu na última quinta-feira, 9, em uma paciente de Fortaleza, de 63 anos. A marca inédita no Estado é fruto da parceria do Hemoce com o Hospital Universitário Walter Cantídio que, desde 2008, garante a realização dos transplantes de medula óssea em pacientes do Ceará e de outros estados.

De acordo com a diretora geral do Hemoce, Luciana Carlos, o número representa avanços expressivos. “Além do número positivo, o mais importante é destacar a qualidade dos procedimentos que garantem o sucesso dos transplantes e dá aos pacientes da rede pública do Ceará possibilidade de tratamento, melhorando a expectativa de vida”, conta.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), hoje o Ceará tem uma média de sobrevida dos pacientes transplantados de 95,3 % (superior à média nacional, que atualmente é de 90%). O Hemoce é responsável ainda pelo cadastro dos doadores voluntários de medula óssea, triagem de candidatos, testes de compatibilidade, exames e coleta da medula por aférese. Já o HUWC, pela realização do transplante e acompanhamento posterior do paciente.

Transplantes

O transplante de medula óssea é um tipo de tratamento indicado para algumas doenças que afetam as células do sangue. De 2008 até agora, já foram 254 transplantes do tipo autólogo (com medula do próprio paciente), 45 alogênicos aparentados (quando o doador tem parentesco com o paciente), cinco alogênicos não-aparentados (com medula doador sem parentesco) e um haploidêntico (quando a compatibilidade entre paciente e doador é parcial).

Além da realização dos exames, o Hemoce também coleta células para transplante alogênico não aparentado, em pacientes de outro estados e países. Esse procedimento começou a ser realizado em 2012. Foram feitas 27 coletas sendo 16 para transplante de medula óssea em outros estados e 11 em outros países (Estados Unidos, França, Itália, Portugal, Canadá, Argentina, Holanda e Turquia).

Como doar

Para ser um doador de medula óssea é simples: Basta ter entre 18 e 55 anos de idade, estar bem de saúde, não ter sido diagnosticado com câncer e apresentar documento de identidade e comprovante de endereço.

O cadastro será concluído com a assinatura de um Termo de Consentimento e a coleta de uma amostra de 10 ml de sangue. Esta amostra será encaminhada para um laboratório especializado onde serão feitos os exames necessários. Os resultados são enviados para o Redome. Sendo constatada a compatibilidade entre doador e receptor, o Hemoce e o Redome entram em contato com o voluntário para que sejam feitos os próximos exames e a doação de medula óssea possa acontecer.



Fonte Diário do Nordeste

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