Sete dos registros são de moradores de Fortaleza, enquanto um é residente em Salvador e outro mora em São Paulo.
Dados fornecidos pela Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) informam o aumento do número de casos suspeitos da “mialgia aguda a esclarecer”, também conhecida como “doença da urina preta”, no Estado, em 2017. Até o momento, são nove registros de suspeita da enfermidade.
Antes, também em boletim da Sesa, o número de casos suspeitos eram cinco, e anteriormente, três pessoas apresentavam os sintomas da enfermidade.
Segundo o boletim, os números são referentes aos casos notificados entre os dias 5 e 26 de janeiro, com os primeiros sintomas dos pacientes sendo registrados em 18 de zembro de 2016 e o os últimos no dia 22 de janeiro.
Dos nove casos registrados, sete moram em Fortaleza, um em Salvador (BA) e outro em São Paulo (SP). Os pacientes apresentaram os seguintes sinais e sintomas: dores musculares intensas de início súbito, acometendo principalmente a região cervical, membros inferiores e superiores, mudança na tonalidade da urina (variando entre vermelho-escuro e castanho), elevações significativas nas dosagens da cretinofosfoquinase (CPK) e os níveis hepáticos (TGO e TGP).
Não houve relato de febre, cefaleia, artralgia ou exantema. Todos os pacientes evoluíram para cura após tratamento médico.
Investigação etiológica
As Secretarias de Saúde do Estado e do Município de Fortaleza estão monitorando a ocorrência e a investigação dos casos com objetivo de esclarecer a etiologia de tal evento, considerando também ocorrência similar na Bahia.
Foi realizada coleta de espécimes clínicos (fezes, urina e soro) em 77,7% (7/9) dos casos para pesquisa de enterovírus/outros patógenos e encaminhadas para a Fiocruz/RJ.
Amostras de soro foram encaminhadas ao LACEN/CE para diagnóstico diferencial de leptospirose, dengue e hepatite. Dentre os casos notificados, 88,8% (8/9) relatam consumo de peixe até 24 horas antes do início dos sintomas (resumo na próxima página).
Amostras de alimentos in natura também foram coletadas e encaminhadas para análise no Instituto Adolf Lutz/SP para investigação de metais pesados e aguardam resultado das análises.
Fonte: Cnews
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