O atual LIRAa de Fortaleza, explica o assessor técnico da vigilância ambiental da SMS, Carlos Alberto Barbosa, foi medido entre os dias 1º e 10 de fevereiro. Do total de 1.200.000 imóveis cadastrados no sistema da Vigilância Ambiental da SMS, 40.000 foram visitados.
Segundo o levantamento, o bairro Guararapes (Regional II) tem a situação mais preocupante, com LIRAa de 6,98. O índice de infestação é caracterizado como satisfatório quando fica abaixo de 1,0 e em alerta quando está no intervalo entre 1,0 e 3,9. Já quando é igual ou superior a 4,0 há risco de epidemia. O LIRAa será novamente mensurado em junho e outubro.
O método utilizado pela SMS é o Índice de Infestação Predial (IIP), que mede a relação entre o número de imóveis com foco do mosquito e o total de edificações pesquisadas. Para traçar estratégias específicas de combate ao vetor nesta época do ano, além do LIRAa, a SMS também leva em conta a incidência dos casos de dengue, chikungunya e zika.
Incidência
Somados os dois indicadores, Carlos Alberto informa que os bairros Jangurussu, José Walter, Conjunto Palmeiras, Autran Nunes, Genibaú, Cristo Redentor, Vila Pery, Álvaro Weyne e Barra do Ceará são os que, no atual momento, demandam ações mais incisivas. “Quando há casos, procuramos bloquear a área através do uso de máquinas costais, que alcançam cerca de nove quadras. Mas nesses bairros precisamos ampliar o bloqueio usando os chamados carros fumacê”.
Nestas áreas, os registros de doenças arboviroses são altos e parte delas, segundo Carlos Alberto, recebe carros fumacê desde o dia 6 de março. São realizados três ciclos semanais. Outros bairros como Montese, Jardim Guanabara, Messejana, Antônio Bezerra, São João do Tauape, Joaquim Távora e Itaperi também demandam a passagem do fumacê. A liberação do bloqueio para essas regiões é analisada pela Secretaria Estadual da Saúde, segundo o assessor técnico.
O relatório da SMS aponta que até o dia 18 de março 5.111 casos de dengue foram notificados na Capital. Destes, há 1.610 confirmados. A Regional VI tem a maior incidência, com 403 ocorrências, seguida pela Regional I, com 380 confirmações. Já os registros de chikungunya chegaram a 593, neste intervalo de tempo. Comparado ao período semelhante de 2016 (janeiro a março), são 41 casos a mais.
A projeção é que caso as chuvas continuem na mesma intensidade durante os próximos meses, os casos das três doenças devem superar os de 2016. “O pico dos casos é em maio. O momento agora é de prevenção”, alerta Carlos Alberto.
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