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sexta-feira, 21 de abril de 2017

Capitão Wagner chama Camilo Santana de "frouxo"; Governador rebate com "moleque"

“Frouxo’ é quem nunca pegou em uma arma e foi combater um bandido no Ceará”, respondeu Camilo às críticas do deputado estadual.
Em meio a uma das mais graves crises na Segurança Pública enfrentada pelo governo do estado, o deputado estadual Capitão Wagner (PR) rompeu o silencio e veio a público criticar as ações do governo.

O parlamentar chamou Camilo Santana (PT) de “frouxo” por não concordar com a estratégia adotada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) para normalizar a situação. Camilo não ficou calado e rebateu a declaração chamando o deputado de “moleque”. O bate-boca ocorreu nesta quinta-feira (20).

Capitão Wagner acredita que o trabalho que está sendo realizado pela SSPDS não traz bons resultados e que o governo estadual deveria agir para complementar as atividades comandadas por André Costa, titular da secretaria. “O secretário de Segurança pode ser um super-homem, mas sozinho, ele não irá conseguir sanar os problemas de violência que o Estado vem sofrendo. Governador, está na hora de agir!”, declarou Capitão em uma publicação no Facebook.

“Se o que está sendo feito não está dando bons resultados, a estratégia precisa mudar. Na coletiva da Secretaria de Segurança Pública, ontem, afirmaram que continuarão fazendo o mesmo trabalho. Ora, o mesmo trabalho só irá gerar os mesmos resultados que não estão sendo bons. Não dá para ter um secretário valente e um governador ‘frouxo'”, disse o parlamentar.

O governador não ficou calado e rebateu a declaração de Capitão Wagner. “Eu acho que isso é coisa de moleque. Eu acho que se aproveitar do momento para querer tirar vantagem política, infelizmente eu não vou entrar nesse jogo. Agora ‘frouxo’ é quem nunca pegou em uma arma e foi combater um bandido no Ceará, isso é que pra mim é ”frouxo”, respondeu Camilo.

Ele ainda justificou a onda de ataques dizendo que é uma reação às ações que o governo tem adotado para enfrentar os bandidos no estado. “O que está acontecendo aí é a reação às ações que o governo tem tido para enfrentar os criminosos, porque nós vamos enfrentar os criminosos e vamos botar para fora do estado do Ceará. Então, eu lamento esse tipo de oportunismo nesse momento”, concluiu o governador.

Reforço policial

O secretário de Segurança Pública e Defesa Social, André Costa, em entrevista à Tribuna Band News FM, informa que a Polícia Militar está realizando ações para que a situação se normalize. “Ontem, alguns ônibus saíram em comboio. Nós colocamos viaturas da Polícia Militar junto à Guarda Municipal fazendo esse acompanhamento. Na madrugada, cada ônibus da Linha Corujão foi acompanhado por uma viatura da Polícia Militar”, explicou o titular da SSPDS.

André Costa descartou momentaneamente o reforço de tropas federais para conter a série de ataques a ônibus. Ele disse que policiais lotados no serviço administrativo da Polícia Militar foram convocados para reforçar o patrulhamento nas ruas.

No final da tarde desta quinta, os ônibus passaram a circular em comboios e com escolta da polícia em Fortaleza. A decisão foi tomada pelo Sindiônibus, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública do Estado e a Prefeitura de Fortaleza, por meio da Etufor e da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos.

Os ataques a ônibus resultaram em prejuízo de, pelo menos, R$ 1,5 milhão, de acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Ceará. O número é referente apenas à diminuição da venda de passagens no primeiro dia de incêndios aos coletivos. Cada ônibus custa, em média, R$ 365 mil. Nesta quinta-feira (20), outros cinco veículos foram alvos dos bandidos, totalizando 23 ônibus nos dois dias.

O presidente do Conselho Penitenciário do Estado do Ceará (Copen-CE), Cláudio Justa, em entrevista à Tribuna BandNews FM, explicou que os ônibus incendiados nesta quarta-feira (19) na capital cearense podem ser um suposto anúncio de declaração de guerra entre as facções criminosas.

Cláudio relata que houve alguns confrontos na CPPL II e na CPPL IV, porque estão expulsando, na linguagem dos presídios estão “espirrando”, os detentos da facção do Comando Vermelho, o que segundo ele significa uma aparente ligação entre as facções PCC (Primeiro Comando da Capital) e GDE (Guardiões do Estado).

Fonte: Tribuna do Ceará

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