O número de apreensões de armas de fogo no Ceará, no último mês de maio, foi o maior desde 2013 — dados mais antigos disponibilizados pela Secretaria da Segurança Pública (SSPDS). Ao todo, 657 armas foram recolhidas pela Polícia no mês passado. Tal investimento não tem sido suficiente para impactar nas estatísticas de homicídios. Maio foi também o mês recorde de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs), com registro de 471 assassinatos no Estado.
De janeiro a maio deste ano, conforme a SSPDS, foram apreendidas 3.019 armas, enquanto no mesmo período de 2016 o número ficou em 2.464. Um aumento de 22,5%. Desde o início do ano passado até maio, o arsenal retirado de circulação chegou a 8.928. Do total, 58,66% são revólveres (5.237).
Para o pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV) e professor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Marcos Silva, o aumento das apreensões evidencia a epidemia de violência e a disseminação da arma de fogo em um vasto mercado ilegal. “É fomentada pelo contrabando internacional e ligado a grupos criminosos internacionais e locais. Então tem mais armas circulando”, ressalta.
Neste contexto, Marcos analisa, ocorre a substituição das armas brancas. “Não há números de circulação de arma de fogo. Há um mercado potencializado e uma dinâmica racionalizada e orquestrada por lideranças que estão dentro do sistema prisional”, diz.
Ele reforça que o acesso às armas, inclusive por jovens e adolescentes, resulta em mais homicídios e latrocínios (roubo seguido de morte). “O Mapa da Violência aponta que os homicídios por arma de fogo são a maioria. A morte no Brasil é pautada pela arma de fogo”, resume.
Na avaliação do titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Raphael Vilarinho, há aumento na entrada de armas no País. Com a pacificação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), ele acredita que o armamento tem entrado no Brasil. Em relação aos homicídios, Vilarinho diz que, apesar das apreensões de arma de fogo, a briga acirrada das facções criminosas é influenciadora.
O assessor de desenvolvimento institucional da Polícia Militar, tenente-coronel Jano Emanuel, defende que o aumento do número de apreensões é resultado da ampliação das bases do Batalhão de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio). Contudo, para o sociólogo César Barreira, além da ênfase na apreensão de arma de fogo, é necessária uma política efetiva, com mapeamento do armamento para identificar de onde veio, se é nacional, estrangeiro, para saber como entrou no Brasil.
De janeiro a maio deste ano, conforme a SSPDS, foram apreendidas 3.019 armas, enquanto no mesmo período de 2016 o número ficou em 2.464. Um aumento de 22,5%. Desde o início do ano passado até maio, o arsenal retirado de circulação chegou a 8.928. Do total, 58,66% são revólveres (5.237).
Para o pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV) e professor da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Marcos Silva, o aumento das apreensões evidencia a epidemia de violência e a disseminação da arma de fogo em um vasto mercado ilegal. “É fomentada pelo contrabando internacional e ligado a grupos criminosos internacionais e locais. Então tem mais armas circulando”, ressalta.
Neste contexto, Marcos analisa, ocorre a substituição das armas brancas. “Não há números de circulação de arma de fogo. Há um mercado potencializado e uma dinâmica racionalizada e orquestrada por lideranças que estão dentro do sistema prisional”, diz.
Ele reforça que o acesso às armas, inclusive por jovens e adolescentes, resulta em mais homicídios e latrocínios (roubo seguido de morte). “O Mapa da Violência aponta que os homicídios por arma de fogo são a maioria. A morte no Brasil é pautada pela arma de fogo”, resume.
Na avaliação do titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Raphael Vilarinho, há aumento na entrada de armas no País. Com a pacificação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), ele acredita que o armamento tem entrado no Brasil. Em relação aos homicídios, Vilarinho diz que, apesar das apreensões de arma de fogo, a briga acirrada das facções criminosas é influenciadora.
O assessor de desenvolvimento institucional da Polícia Militar, tenente-coronel Jano Emanuel, defende que o aumento do número de apreensões é resultado da ampliação das bases do Batalhão de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio). Contudo, para o sociólogo César Barreira, além da ênfase na apreensão de arma de fogo, é necessária uma política efetiva, com mapeamento do armamento para identificar de onde veio, se é nacional, estrangeiro, para saber como entrou no Brasil.
Além disso, na opinião de Marcos, não basta apreender armas dentro de uma ação policial ostensiva, sem atuação preventiva e políticas públicas sociais.
Fonte O Povo
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