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domingo, 19 de outubro de 2014

Juazeiro do Norte-CE Dupla acusada de assaltos levava espingarda nas costas em uma capa de violão


Demontier Tenório///(Foto: Cícero Valério/Agência Miséria)
Igor Yann Amorim Silva e Bruno Conrado Ribeiro de Lima (Foto: Cícero Valério/Agência Miséria)
A polícia prendeu dois jovens de 18 anos no cruzamento da Rua Radialista Coelho Alves com a Avenida Castelo Branco (Tiradentes) em Juazeiro os quais, supostamente, planejavam um assalto no Mercantil Nogueira. Eles trafegavam em uma motoneta de cor prata a qual apresentou problemas mecânicos e os dois, segundo militares do Ronda do Quarteirão, não escondiam o comportamento suspeito.

Na abordagem, os PMs encontraram com Igor Yann Amorim Silva e Bruno Conrado Ribeiro de Lima uma espingarda calibre 12 dentro de uma capa de violão. Igor mora na Rua Manuel Amorim, 1098 e Bruno na Rua Odorico Soares Campos, 210. Segundo o Cabo César, um deles já tinha sido apreendido em uma “boca de fumo” quando ainda era menor de idade.

No dia anterior e perto dali, o Serviço de Inteligência do 2º BPM já tinha prendido José Edgar Jacinto de Carvalho, de 22 anos, sob suspeita de assalto. Ele mora na Rua Engenheiro Antonio José Albuquerque (Pedrinhas), mas se encontrava na Avenida Manoel Coelho de Alencar perto do Condomínio Betolandia do Minha Casa Minha Vida. O mesmo se fazia acompanhar de um adolescente de 16 anos residente na Rua Maria das Dores da localidade denominada Vila Nova.

A dupla trafegava em uma moto Yamaha YBR Factor, de cor vermelha e placa NUY-6290 com uma pistola de brinquedo. Segundo a polícia, eles tinham acabado de adentrar o Mercadinho Padre Cícero na Rua Augusta Dias de Oliveira, 184 (Betolândia) de onde roubaram R$ 32,00 e um celular. No dia 20 de maio de 2012, no interior do Bar Só Stylo na Rua Luiz Gonzaga (Tiradentes), Edgar foi baleado no peito esquerdo e escapou no Hospital Regional do Cariri.

Juazeiro do Norte-CE: Surto de calazar no João Cabral mata criança de quatro anos


Robson Roque///(Foto: Cícero Valério/Agência Miséria)
Estéfanny tinha quatro anos quando morreu vítima do calazar, doença que pode se transformar em surto em Juazeiro (Foto: Cícero Valério/Agência Miséria)
Na madrugada desta quinta-feira (16), Júlia Estefanny Sampaio do Nascimento de apenas quatro anos morreu vítima de calazar, problema que se apresenta como surto em Juazeiro do Norte e que já tinha sido alertado pelo Site Miséria em setembro. Na mesma rua em que ela morava, a Capitão Coimbra no bairro João Cabral, um senhor também foi acometido pela doença, mas se tratou em tempo de ficar curado.

A criança foi diagnosticada com a doença há cerca de três meses, evoluindo para quadro de broncopneumonia bilateral que levou a uma sepse (infecção generalizada) culminando com o seu óbito às 3h30 da última quinta-feira.

A mãe de Estefanny, Juliana Sampaio Vieira, mora e trabalha em Minas Gerais enquanto a garotinha permanecera em Juazeiro com a avó. Juliana afirmou que sua mãe percebera que a criança constantemente ficava doente, especialmente com náuseas frequentes. Levando-a para o médico, o diagnóstico veio já tardiamente não dando chances de recuperação.

“Mãe pensava que era ela sentindo falta de mim, porque vivia me chamando e perguntando por mim e foi quando mãe foi levando ela para fazer exames e os doutores mandavam ela para se tratar em casa passando dipirona e remédios para estômago”, conta, indignada, Juliana, questionando a demora no diagnóstico por parte da rede pública de saúde municipal.

Revolta e preocupaçãoMoradores da Rua Capitão Coimbra, de ruas próximas e até de outros bairros estão, além de revoltados com a notícia da morte de Estefanny, mostraram preocupados temendo que a doença se alastre em Juazeiro do Norte. O radialista Francildo Silva acompanha os dois casos registrados em sua rua, a mesma onde a criança morava e fala que o problema não é recente.

“Essa questão do calazar já vem se estendendo durante muito tempo”, diz ele. “Não é o primeiro caso porque já tomamos conhecimento através de levantamento do próprio Centro de Zoonoses que aqui é um bairro bastante vulnerável devido a quantidade imensa de cães soltos pelas ruas e o pessoal que cria”, acrescenta.

Após denúncias e de tomar conhecimento do óbito, agentes de endemias estiveram na referida rua realizando testes em cães e constataram cerca de dez cachorros contaminados com a leishmaniose visceral (calazar). Vale ressaltar, que alguns desses cachorros foram trazidos de outros bairros por seus donos para serem examinados.

“Viemos para fazer uma borrifação porque teve um caso humano, um óbito. Então viemos borrifar as casas e fazer testes com cães destas casas. Não temos quantidade. Vamos chegar no [Centro de] Zoonoses e fazer o levantamento”, afirmou um dos agentes.

Os moradores indagam ainda a morosidade do Centro de Zoonoses em tratar o caso que eles já identificam como surto. Segundo eles, os agentes não recolheram os cachorros e ainda enfrentam os donos dos animais que não querem se desfazer deles já que precisam ser sacrificados após serem diagnosticados com a doença.
Morosidade do Centro de Zoonoses em tratar os animais infectados (Foto: Cícero Valério/Agência Miséria)

Sobre o calazar

O calazar é uma doença parasitária transmitida pela picada de um mosquito infectado. Até hoje não existe uma cura 100% garantida no tratamento em cães para essa doença, mas os tratamentos podem oferecer melhor qualidade de vida e mais longevidade aos animais afetados.

Os cuidados exigem atenção especial do dono para com o animal, e também no ambiente em que o cachorro vive podendo ser feitas frequentes borrifações nos locais onde os cães costumam ficar.

 
Ilustração (Foto: Reprodução / Internet)

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