Os
irmãos gêmeos Francisco Edivan Moreira Girão e Francisco Erivan Moreira
Girão, de 18 anos, foram levados para o IJF com ferimentos na cabeça.
(Foto: Diário do Nordeste)
Populares que estavam no local perceberam que os jovens não portavam nenhuma arma e investiram contra eles. Um dos suspeitos de roubo foi detido imediatamente; o outro tentou fugir, mas acabou sendo alcançado no quarteirão seguinte, ainda na Avenida da Universidade. A partir desse momento, os dois passaram a ser xingados e espancados, durante cerca de dez minutos, segundo testemunhas.
Um servidor terceirizado da UFC disse que algumas pessoas sugeriram que os irmãos fossem linchados, mas a Polícia chegou e impediu que as agressões continuassem. "A grande maioria batia, chutava e até cuspia. Foi muito tempo de tumulto. Não sei como eles não morreram. O plano era bater até quando eles não tivessem mais vida. Algumas pessoas tentaram fazer com que eles parassem, mas só a Polícia conseguiu acalmar os ânimos. Não fui bater em ninguém. Não acho que seja um direito meu", disse o funcionário da UFC.
Uma patrulha da 1ªCia do 5ºBPM (Centro) ficou no local esperando a chegada da ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que levou os gêmeos Francisco Edivan Moreira Girão e Francisco Erivan Moreira Girão, de 18 anos, para o Instituto Doutor José Frota (IJF). Ambos apresentavam escoriações e ferimentos na cabeça e aparentavam estar desorientados.
Vingança
Um estudante que usava a farda de um colégio particular da Capital disse que participou do espancamento, por vingança. "Assumo que bati. Eles me assaltaram, há uns quinze dias", disse o garoto, que declarou ter 15 anos e não revelou o nome.
Uma universitária do curso de Psicologia, que se identificou apenas como Clara, disse que defendeu os irmãos e que está indignada com o acontecido. "Nunca vi tamanha brutalidade. Foi uma cena de selvageria. Eu entendo que as pessoas estão cansadas dessa violência, mas não é possível eles acharem que o certo é bater em quem a pratica até matar. Eu estava gritando pedindo para parar, quando um homem se virou para mim com o punho fechado e perguntou se eu queria apanhar também", disse Clara.
Fonte: Diário do Nordeste
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