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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Juazeiro do Norte-CE: Três corpos não identificados no IML foram sepultados como indigentes


Demontier Tenório///(Foto: Cícero Valério/Agência Miséria)
O sepultamento coletivo foi realizado por funcionários do Instituto Médico Legal (IML) e autorizado pela justiça (Foto: Cícero Valério/Agência Miséria)
Em meio a um calor de 36 graus e na ausência de parentes, amigos, despedidas, choro e orações, três corpos foram sepultados na condição de indigentes por volta das 16 horas desta quarta-feira no Cemitério São João Batista em Juazeiro do Norte. Todos eles eram adultos e do sexo masculino, sendo o sepultamento coletivo realizado por funcionários do Instituto Médico Legal (IML) e autorizado pela justiça.

Dois deles foram mortes naturais e já estavam há quase dois anos nas geladeiras do órgão sem identificação. Um veio de Campos Sales no dia 25 de outubro de 2012 e outro de Missão Velha no dia 18 de dezembro do mesmo ano. Normalmente são pessoas que residem sozinhas e terminam encontradas mortas dentro de casa ou na rua e os parentes não tomam conhecimento do óbito ou não se interessam em recolher o corpo.
Dois corpos já estavam há quase dois anos nas geladeiras do IML sem identificação 
(Foto: Cícero Valério/Agência Miséria)

O outro homem sepultado foi vítima de um atropelamento em Juazeiro do Norte no dia 1º de abril deste ano e sofreu traumatismo craniano. Cinco meses depois, familiares não apareceram no IML em busca do cadáver. A direção do órgão mantém em seu poder características das pessoas, fotografias e a localização onde foram sepultados no cemitério. Porém, uma exumação somente seria possível mediante autorização judicial.

Outros dois corpos nessas mesmas condições deverão ser sepultados na tarde desta quinta-feira. Ainda assim, ficarão nas geladeiras do IML o corpo do “Nego Deda” que foi vítima de espancamento e encontrado há exatamente um mês num terreno baldio do Parque Antonio Vieira em Juazeiro. O cadáver de um andarilho que foi atropelado por uma carreta no último dia 19 de agosto na BR-116 no município de Barro e uma ossada humana encontrada em um cacimbão na Rua do Horto no dia 10 de julho.
Outro homem sepultado foi vítima de um atropelamento em Juazeiro do Norte no dia 1º de abril deste ano e sofreu traumatismo craniano (Foto: Cícero Valério/Agência Miséria)

Além destes, o corpo da aposentada Maria Neci Wilson, vítima de queda em Iguatu e morreu no último dia 30 de março no Hospital Santo Antonio de Barbalha. No dia seguinte, o esposo dela que não se identificou e nem falou onde residia, compareceu ao IML quando foi avisado que teria que pegar uma guia na Delegacia. Ele saiu e não mais voltou abandonando o corpo de sua companheira.

ANTES - No último dia 3 de junho, o IML já tinha sepultado dois cadáveres e uma ossada humana, sendo os corpos de um homem deixado no Hospital Regional do Cariri após lesões à faca o qual morreu no dia 4 de janeiro sem ser identificado e um jovem de aproximadamente 20 anos morto a tiros de pistola no Sítio Cipó em Caririaçu. Quanto a ossada, foi encontrada dia 15 de fevereiro por operários de uma empresa responsável pelo desmatamento para construir o Cinturão das Águas no Sítio Crioulos em Barbalha.

Índios realizam operação para conter desmatamento em área do Maranhão

 
Durante a ação, os madeireiros tiveram as mãos amarradas e alguns foram despidos de suas roupas (Foto: Lunaé Parracho/Reuters)
Imagens divulgadas nesta quinta-feira (4) pela agência Reuters mostram índios da etnia Ka’apor em operação realizada por eles contra madeireiros que agiam no interior da Terra Indígena Alto Turiaçu, nas proximidades de Centro do Guilherme, cidade com pouco mais de 12 mil habitantes localizada no Maranhão.

O fotógrafo Lunaé Parracho acompanhou um grupo de indígenas na operação, realizada em 7 de agosto. Segundo a Reuters, os índios agiram de maneira independente como forma de protesto à falta de assistência do governo para expulsar os madeireiros ilegais de suas terras.

As imagens mostram os indígenas correndo atrás dos madeireiros, que foram rendidos e tiveram as mãos amarradas. Alguns tiveram parte das roupas retiradas.

A TI Alto Turiaçu tem 5.305 km² de área e compreende seis cidades do Maranhão. A ação acabou com um caminhão queimado e a abordagem de não indígenas envolvidos no desflorestamento. Os guerreiros Ka’apor contaram com a ajuda de outras quatro tribos da região. Os acampamentos encontrados foram destruídos.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) informou ao G1 que os indígenas, chamados de "guardiões da floresta", têm realizado naquela região ações de apreensão de madeireiros ilegais. Em nota, a Funai disse ainda que "tem conhecimento dessas ações e já solicitou apoio policial para evitar que ocorram excessos ou conflitos".

Fonte: G1 MA

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