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sábado, 27 de setembro de 2014

Estudante de 12 anos morre após quebrar o pescoço em ônibus escolar


Adolescente voltava da escola quando o acidente aconteceu (Foto: Márcia do Nascimento / Arquivo Pessoal)
A Polícia Civil de Salto (SP) investiga a morte de um menino de 12 anos ocorrida na tarde desta quinta-feira (25), em um ônibus do transporte urbano. A mãe do adolescente, Márcia do Nascimento, afirma que os colegas de Lucas do Nascimento contaram que ele caiu do banco quando o motorista freou. Com o impacto, ele bateu a cabeça. A empresa nega que tenha havido freada brusca. O boletim de ocorrência traz a informação de morte suspeita e também não cita que o ônibus tenha parado repentinamente.

“Eu estava em casa quando um amigo me avisou que ele tinha caído. Corri até o ônibus e vi meu filho agonizando, cheio de sangue”. O menino foi socorrido pelo motorista e levado até o Hospital São Camilo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Segundo a mãe, os médicos relataram que ele quebrou o pescoço na pancada.

Lucas voltava da escola estadual Joseano Costa Pinto. “Uns colegas falaram que ele estava sentado no banco de trás quando caiu, uns que ele estava de pé. Não sei exatamente como aconteceu”, diz a mãe.

Em nota, o departamento jurídico da empresa que presta o serviço de transporte na cidade informou que 50 estudantes estavam no mesmo ônibus que Lucas. "O veículo havia acabado de sair da escola, quando, cerca de 15 metros após ter iniciado marcha, um pequeno grupo de alunos pediu para que a porta fosse aberta, pois desceriam. Após terem descido, o condutor empreendeu marcha novamente e trafegou por cerca de 100 metros até que outros alunos passaram a gritar pedindo ajuda, pois um garoto estava sangrando pela boca e nariz", diz a nota.

A empresa informa ainda que não houve colisão do ônibus em nenhum objeto fixo, tampouco manobras bruscas. "Não houve freada brusca. O veículo estava em baixa velocidade, pois havia acabado de sair do ponto de parada. Importante frisar que nenhuma testemunha presenciou o fato e compareceu à delegacia para prestar esclarecimentos, como é possível ser constatado através do Boletim de Ocorrência lavrado". A nota encerra afirmando que a empresa está à disposição da polícia para que o fato seja esclarecido.

O corpo do adolescente foi levado para o Instituto Médico Legal de Sorocaba e enterrado às 17h em Salto. A Secretaria de Educação informou que aguarda o laudo que vai apontar a causa da morte do Lucas para depois se pronunciar, mas considera o caso uma fatalidade.

Fonte: G1

Mulher de morto após chamar PM de ´bambi´ critica policial: ´É um animal´









Homem morto por policial em São Vicente viu filho nascer há 17 dias (Foto: Reprodução/Facebook)
A companheira de Robson Oliveira João, de 36 anos, morto por um policial militar que teria se irritado após ter sido chamado de ´bambi´ em um bar em São Vicente, no litoral de São Paulo, ainda não assimilou a morte do parceiro. A auxiliar administrativa Andrea Nemeth, de 36 anos, deu a luz a um filho de João há apenas 18 dias.

Em entrevista ao G1, Andrea contou que seu companheiro, com quem vivia há cerca de 4 anos, estava muito feliz com o nascimento do seu filho. "Ele pediu férias do trabalho para me ajudar. Ele estava muito contente e planejava o futuro com a família", explica. O técnico em instrumentação deixou, além de Andrea, dois filhos. O casal morava com a mãe de João.

Muito abalada, a auxiliar administrativa afirma ter dificuldades para falar sobre o crime, mas disse que não conhecia o policial, que era amigo da vítima. "Eu não conheço o policial, não vi foto dele. De nome também nunca ouvi falar", afirma.

Andrea também clamou por Justiça. "Nesse país, qualquer um pode matar um inocente que não acontece nada. Iremos procurar os nossos direitos, mas sabemos que a Justiça no Brasil não acontece, principalmente quando envolve policial", explica.

O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar, às 17h15 desta sexta-feira, para saber a situação atual do policial, que se apresentou após o crime mas acabou sendo liberado. Até a publicação desta reportagem, não houve retorno.

DesabafoEm uma rede social, Andrea prestou um homenagem ao companheiro. Veja o depoimento na íntegra: "É com muita tristeza que ontem foi embora o grande amor da minha vida. Um homem de bem, excelente companheiro, trabalhador, pai, filho, de muitos amigos e sempre de bem com a vida. Um animal sem responsabilidade tirou a vida dele sem ao menos poder viver a metade do que ele merecia. Deixou dois filhos, sua família e eu, que agora estou sem chão. Uma vida inteira pela frente que eu tinha para viver com você. Muito amor que eu tinha pra te dar. Meu amor, meu companheiro, meu chão. Um dia vamos nos encontrar para terminar de viver a nossa história. Te amo muito. Vai em paz"

Policial diz não se lembrarRobson levou um tiro de um policial militar enquanto acompanhavam a partida entre São Paulo e Flamengo, válida pelo Campeonato Brasileiro, em um bar de São Vicente, na última quarta-feira (24). Segundo testemunhas, a vítima teria chamado o PM de "bambi". O PM fugiu após o disparo.

Segundo o irmão da vítima, Roberto João Júnior, os dois eram amigos e as brincadeiras eram comuns entre a dupla. "Eles estavam conversando, brincando. Nessa brincadeira, parece que o policial sacou a arma e atirou. Eles eram amigos. Um levava o outro para casa. Não entendi o que aconteceu", afirma.

O policial Militar Ricardo Luiz de Sá se apresentou no 2º Distrito Policial de São Vicente após o crime. Em depoimento a polícia, o PM afirmou não se lembrar do ocorrido porque estaria alcoolizado. O indiciado responderá o crime em liberdade.

G1

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