A prostituta Vaneska prepara-se para desfilar no concurso Miss
Prostituta 2014. Ela foi a vencedora entre 14 concorrentes em evento no
shopping Uai, no centro de Belo Horizonte (Foto: Carlos E. Cherem/UOL)
A prostituta Gabriela (nome fictício), 48, e sua filha, a garota de
programa Roberta, 20, estão entre as 14 profissionais de sexo que
disputaram na madrugada deste domingo (28), no shopping popular Uai, no
em Belo Horizonte, o concurso Miss Prostituta 2014.
O evento, que integra o Festival Nacional Sem Preconceito, realizado anualmente na capital mineira, reuniu um público de aproximadamente 300 pessoas, que acompanhou os três desfiles das candidatas: de "vestidinho básico", roupa de gala e biquíni.
"Estou achando ótimo. Só tinha viajado uma vez para São Paulo", diz Roberta. Ela e a mãe são de Manaus e aterrissaram no aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, poucas horas antes do início do evento.
A mãe é profissional do sexo há cinco anos. Há quatro meses, Roberta começou a fazer programas nos fins-de-semana para custear os estudos. Ela explica que fatura em torno de R$ 1,5 mil por mês, com programas que têm preços variando entre R$ 100 (uma hora no motel) e R$ 500 (para ficar a noite toda com o cliente). Para cursar a faculdade, a universitária gasta R$ 1.460 ao mês.
A mãe, que ainda tem dois filhos menores de idade, é responsável pelo sustento da família. Ela trabalha nos dias de semana e tem uma remuneração variável cerca de três vezes superior à da filha, entre R$ 4 mil e R$ 5 mil.
"Ela sempre foi estudiosa. Nunca deu trabalho", afirma Gabriela.
A jovem explica em detalhes, e com entusiasmo, sua dedicação aos estudos e o sonho em seguir a carreira profissional que escolheu. Pede à reportagem do UOL para não identificar em que área profissional ela pretende atuar.
"Meus colegas não sabem que sou garota de programa. É só nos fins de semana", afirma.
"Mas isso não me incomoda, não. É só um jeito de trabalhar para pagar os estudos. Todo mundo faz isso", diz Roberta.
Mãe e filha desfilam com máscaras. A filha pede para não ser fotografada. A mãe faz questão de ser clicada. Entretanto, nenhuma foi classificada para a final do Miss Prostituta 2014. Quem venceu a disputa foi Vaneska, 25, quatro anos de profissão, 1,82 m de altura e cabelos loiros.
Vaneska recebeu a faixa de Miss Prostituta 2014, uma coroa incrustada de pedrinhas brilhantes, R$ 1.000 e uma cesta de produtos de beleza. A garota, que alguns minutos depois de encerrada a disputa mudou de nome, e dizia chamar-se Milena, ficou feliz: "amei".
Milena e Karina, "nomes de guerra" da Miss Prostituta 2014, disse que não sabe o que vai fazer com o dinheiro do prêmio. Ela afirmou que não gosta de conversar sobre a profissão que exerce.
Regulamentação da profissão
O segundo lugar da disputa foi vencido por Efigênia Monsueto de Paula, 54, prostituta há 20 anos. Ela recebeu prêmio de R$ 700 e uma cesta de produtos de beleza. Efigênia é de Caeté, no interior de Minas Gerais, e faz programas nos hotéis no entorno da rua Guaicurus, ao lado da rodoviária de Belo Horizonte, ponto mais tradicional de prostituição na capital mineira. Ela disse que que chega a fazer até 60 programas por dia, com preços variando entre R$ 20 e R$ 30.
"Dá para tirar uns R$ 4 mil por mês", afirmou. Efigênia é solteira e não tem filhos.
A ex-presidente da Associação das Prostitutas de Minas Gerais Maria Aparecida Vieira, 47, a Cida, explica que o concurso tem um caráter político.
"É para chamar a atenção para a regulamentação da profissão. A mulher é protegida pela legislação, mas a prostituta não. Temos de lutar pelos nossos direitos e atenção à saúde", disse. "Com a regulamentação, vai diminuir o preconceito".
Cida é garota de programa há 20 anos, fundadora da associação e está licenciada da entidade porque é candidata a deputada federal por Minas Gerais.
O terceiro lugar da disputa foi vencido por Mari (nome fictício), 30, que também faz programas há dez anos no entorno da rua Guaicurus. Ela explica que, a exemplo da Miss Prostituta 2014, evita falar sobre a profissão, mas não se negou a dizer suas impressões do concurso.
"Adorei ter participado", disse.
Fonte: UOL
O evento, que integra o Festival Nacional Sem Preconceito, realizado anualmente na capital mineira, reuniu um público de aproximadamente 300 pessoas, que acompanhou os três desfiles das candidatas: de "vestidinho básico", roupa de gala e biquíni.
"Estou achando ótimo. Só tinha viajado uma vez para São Paulo", diz Roberta. Ela e a mãe são de Manaus e aterrissaram no aeroporto de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, poucas horas antes do início do evento.
A mãe é profissional do sexo há cinco anos. Há quatro meses, Roberta começou a fazer programas nos fins-de-semana para custear os estudos. Ela explica que fatura em torno de R$ 1,5 mil por mês, com programas que têm preços variando entre R$ 100 (uma hora no motel) e R$ 500 (para ficar a noite toda com o cliente). Para cursar a faculdade, a universitária gasta R$ 1.460 ao mês.
A mãe, que ainda tem dois filhos menores de idade, é responsável pelo sustento da família. Ela trabalha nos dias de semana e tem uma remuneração variável cerca de três vezes superior à da filha, entre R$ 4 mil e R$ 5 mil.
"Ela sempre foi estudiosa. Nunca deu trabalho", afirma Gabriela.
A jovem explica em detalhes, e com entusiasmo, sua dedicação aos estudos e o sonho em seguir a carreira profissional que escolheu. Pede à reportagem do UOL para não identificar em que área profissional ela pretende atuar.
"Meus colegas não sabem que sou garota de programa. É só nos fins de semana", afirma.
"Mas isso não me incomoda, não. É só um jeito de trabalhar para pagar os estudos. Todo mundo faz isso", diz Roberta.
Mãe e filha desfilam com máscaras. A filha pede para não ser fotografada. A mãe faz questão de ser clicada. Entretanto, nenhuma foi classificada para a final do Miss Prostituta 2014. Quem venceu a disputa foi Vaneska, 25, quatro anos de profissão, 1,82 m de altura e cabelos loiros.
Vaneska recebeu a faixa de Miss Prostituta 2014, uma coroa incrustada de pedrinhas brilhantes, R$ 1.000 e uma cesta de produtos de beleza. A garota, que alguns minutos depois de encerrada a disputa mudou de nome, e dizia chamar-se Milena, ficou feliz: "amei".
Milena e Karina, "nomes de guerra" da Miss Prostituta 2014, disse que não sabe o que vai fazer com o dinheiro do prêmio. Ela afirmou que não gosta de conversar sobre a profissão que exerce.
Regulamentação da profissão
O segundo lugar da disputa foi vencido por Efigênia Monsueto de Paula, 54, prostituta há 20 anos. Ela recebeu prêmio de R$ 700 e uma cesta de produtos de beleza. Efigênia é de Caeté, no interior de Minas Gerais, e faz programas nos hotéis no entorno da rua Guaicurus, ao lado da rodoviária de Belo Horizonte, ponto mais tradicional de prostituição na capital mineira. Ela disse que que chega a fazer até 60 programas por dia, com preços variando entre R$ 20 e R$ 30.
"Dá para tirar uns R$ 4 mil por mês", afirmou. Efigênia é solteira e não tem filhos.
A ex-presidente da Associação das Prostitutas de Minas Gerais Maria Aparecida Vieira, 47, a Cida, explica que o concurso tem um caráter político.
"É para chamar a atenção para a regulamentação da profissão. A mulher é protegida pela legislação, mas a prostituta não. Temos de lutar pelos nossos direitos e atenção à saúde", disse. "Com a regulamentação, vai diminuir o preconceito".
Cida é garota de programa há 20 anos, fundadora da associação e está licenciada da entidade porque é candidata a deputada federal por Minas Gerais.
O terceiro lugar da disputa foi vencido por Mari (nome fictício), 30, que também faz programas há dez anos no entorno da rua Guaicurus. Ela explica que, a exemplo da Miss Prostituta 2014, evita falar sobre a profissão, mas não se negou a dizer suas impressões do concurso.
"Adorei ter participado", disse.
Fonte: UOL
Marina apagada, Aécio no ataque e Dilma ´bolada´: o debate que você não viu
Marina apagada, Aécio no ataque e Dilma ´bolada´: o debate que você não viu. (Foto: Felipe Cotrim/VEJA.com)
Tiro no pé – A
despeito dos discursos de que o seu candidato "ganhou" o debate,
integrantes das três campanhas saíram dos estúdios da TV Record com
avaliações similares: a estratégia de Dilma Rousseff (PT) em tentar
virar o jogo, levando a Petrobras para o centro das discussões, foi
arriscada e abriu a guarda da petista – que mostrou-se visivelmente
irritada durante todo o debate. “Fui o centro do debate, então nada mais
justo que eu tivesse direito de responder às críticas feitas ao meu
governo", disse ela.
Jogo combinado – Os petistas também se queixaram especialmente que os nanicos Pastor Everaldo (PSC) e Levy Fidelix (PRTB) atuaram sem cerimônia como linha auxiliar de Aécio Neves (PSDB). Um dos quatro pedidos de resposta que Dilma reclamou foi justamente num diálogo entre Everaldo e o candidato do Aerotrem. Aécio, aliás, chegou a brincar no final do debate quando Eduardo Jorge, do PV, previu o segundo turno entre Dilma e Marina Silva (PSB): "Eu pedi direito de resposta".
Salão – Dilma cortou o cabelo para participar do debate e voltou a usar o figurino vermelho PT. “O cabelo dela cresce horrores e as pontas estavam ressecadas, por isso parei de fazer luzes”, disse o cabeleireiro Celso Kamura.
Cola – Depois do grave erro do IBGE ao divulgar a Pnad, o marqueteiro petista João Santana tinha no seu colo papeis com números do instituto e da pesquisa.
Ânimo – Políticos e membros da campanha tucana comemoraram a performance de Aécio Neves: a avaliação foi que o desempenho na TV Record foi o melhor do candidato nos debates até agora. Para os tucanos, Aécio foi mais claro e assertivo em suas falas e ainda lucrou com a dinâmica do debate, que manteve a corrupção em tela.
Sem bateria – Já entre os "marineiros", a animação não era a mesma. Marina Silva esteve mais apagada e também deu sinais claros de cansaço com a agenda pesada de viagens e comícios.
Gogó – Marina Silva levou ao debate sua inseparável garrafa térmica com água morna, que bebericou após cada fala. Proibida de apoiar a garrafa na bancada, apoiou-a no banco disponível aos candidatos.
Reação – A direção da campanha de Marina se irritou quando Dilma lembrou que ela mudou mais de uma vez de partido. Os coordenadores planejam abordar o tema nas próximas propagandas eleitorais. “Tem que ser dito que a Dilma saiu do PDT em busca de benefícios, enquanto Marina saiu do PT no auge do partido por motivações pessoais”, disse um dirigente.
Descompasso – O presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, discorda da tática da campanha de Marina nessa reta final da campanha. Com agenda prevista em Pernambuco nesta semana, ele avalia que ela deveria se concetrar em caminhadas e corpo a corpo em São Paulo e no Rio de Janeiro. “Tem de apostar onde ainda dá para crescer”, disse Amaral.
Queixa – Coordenadora do plano de governo de Marina, Neca Setubal reclamou do pedido de direito de resposta de Dilma Rousseff contra a fala de Marina que citou o governo. “Não acredito”, murmurou. Dirigentes do PSB acompanharam em coro: “Não pode ser oposição, isso é uma ditadura”.
Ao pé do ouvido – Herdeira do Itaú e alvo da máquina de propaganda petista, Neca Setubal ouviu conselho do vereador tucano Andrea Matarazzo: “Deixe entrar por um ouvido e sair pelo outro, não dê bola”. Ela assentiu: “É exatamente isso que estou fazendo".
Amigos, amigos, mas eleições à parte – No final do primeiro bloco, os vices de Dilma e Marina, Michel Temer (PMDB) e Beto Albuquerque (PSB) se cumprimentaram com um abraço e trocaram sorrisos. "Respeito muito, mas não dá para desejar boa sorte...", brincou Temer com Albuquerque.
Desistir jamais – Depois de uma profusão de frases controversas – que podem lhe render problemas se o Ministério Público se manifestar – sobre o casamento gay, o nanico Levy Fidelix divertiu a plateia sem precisar evocar o folclórico aerotrem. "Não sou utópico, não vamos ganhar esta eleição. Então me coloquem como investimento para 2018", disse nas considerações finais.
Fonte: Veja Online
Jogo combinado – Os petistas também se queixaram especialmente que os nanicos Pastor Everaldo (PSC) e Levy Fidelix (PRTB) atuaram sem cerimônia como linha auxiliar de Aécio Neves (PSDB). Um dos quatro pedidos de resposta que Dilma reclamou foi justamente num diálogo entre Everaldo e o candidato do Aerotrem. Aécio, aliás, chegou a brincar no final do debate quando Eduardo Jorge, do PV, previu o segundo turno entre Dilma e Marina Silva (PSB): "Eu pedi direito de resposta".
Salão – Dilma cortou o cabelo para participar do debate e voltou a usar o figurino vermelho PT. “O cabelo dela cresce horrores e as pontas estavam ressecadas, por isso parei de fazer luzes”, disse o cabeleireiro Celso Kamura.
Cola – Depois do grave erro do IBGE ao divulgar a Pnad, o marqueteiro petista João Santana tinha no seu colo papeis com números do instituto e da pesquisa.
Ânimo – Políticos e membros da campanha tucana comemoraram a performance de Aécio Neves: a avaliação foi que o desempenho na TV Record foi o melhor do candidato nos debates até agora. Para os tucanos, Aécio foi mais claro e assertivo em suas falas e ainda lucrou com a dinâmica do debate, que manteve a corrupção em tela.
Sem bateria – Já entre os "marineiros", a animação não era a mesma. Marina Silva esteve mais apagada e também deu sinais claros de cansaço com a agenda pesada de viagens e comícios.
Gogó – Marina Silva levou ao debate sua inseparável garrafa térmica com água morna, que bebericou após cada fala. Proibida de apoiar a garrafa na bancada, apoiou-a no banco disponível aos candidatos.
Reação – A direção da campanha de Marina se irritou quando Dilma lembrou que ela mudou mais de uma vez de partido. Os coordenadores planejam abordar o tema nas próximas propagandas eleitorais. “Tem que ser dito que a Dilma saiu do PDT em busca de benefícios, enquanto Marina saiu do PT no auge do partido por motivações pessoais”, disse um dirigente.
Descompasso – O presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, discorda da tática da campanha de Marina nessa reta final da campanha. Com agenda prevista em Pernambuco nesta semana, ele avalia que ela deveria se concetrar em caminhadas e corpo a corpo em São Paulo e no Rio de Janeiro. “Tem de apostar onde ainda dá para crescer”, disse Amaral.
Queixa – Coordenadora do plano de governo de Marina, Neca Setubal reclamou do pedido de direito de resposta de Dilma Rousseff contra a fala de Marina que citou o governo. “Não acredito”, murmurou. Dirigentes do PSB acompanharam em coro: “Não pode ser oposição, isso é uma ditadura”.
Ao pé do ouvido – Herdeira do Itaú e alvo da máquina de propaganda petista, Neca Setubal ouviu conselho do vereador tucano Andrea Matarazzo: “Deixe entrar por um ouvido e sair pelo outro, não dê bola”. Ela assentiu: “É exatamente isso que estou fazendo".
Amigos, amigos, mas eleições à parte – No final do primeiro bloco, os vices de Dilma e Marina, Michel Temer (PMDB) e Beto Albuquerque (PSB) se cumprimentaram com um abraço e trocaram sorrisos. "Respeito muito, mas não dá para desejar boa sorte...", brincou Temer com Albuquerque.
Desistir jamais – Depois de uma profusão de frases controversas – que podem lhe render problemas se o Ministério Público se manifestar – sobre o casamento gay, o nanico Levy Fidelix divertiu a plateia sem precisar evocar o folclórico aerotrem. "Não sou utópico, não vamos ganhar esta eleição. Então me coloquem como investimento para 2018", disse nas considerações finais.
Fonte: Veja Online
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