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terça-feira, 23 de setembro de 2014

'CRIANÇA APANHA NA SAÍDA DA ESCOLA' E VALENTÃO JÁ AMEDRONTAVA OUTROS COLEGUINHAS HÁ MESES

Um menino de 7 anos resiste à ideia de ir à escola localizada no Bairro Parque do Lageado, região sudoeste de Campo Grande. O motivo é que a criança apanhou na saída do colégio no fim da manhã de segunda-feira (22), de um colega de sala de aula de 9 anos. “Ele não quer ir pra escola de jeito nenhum, só de saber que o menino estuda lá ainda”, relata a mãe, que ainda procura uma solução para o caso.

“Já conversei com a escola ontem e vou voltar a falar hoje, mas a questão é que ele não quer ir pra escola e com certeza, depois de ver ele banhado de sangue, não vou forçá-lo”, afirma. A mulher disse que depois do episódio da agressão, a criança revelou que desde o início do ano é alvo de bullying do garoto de 9 anos. “Não só ele, mas o amiguinho, que é o vizinho. Eles sempre andam juntos e com isso, ambos são ameaçados”, alega. O menino disse que dentro da sala de aula e até mesmo no recreio, o garoto de 9 anos bate no braço e costas de ambos, além de pegá-los pelo pescoço. “Ele é maior que as crianças e por isso se acha no direito de bater nelas”, informa. Agressão A mãe afirmou que o coleguinha chegou correndo da escola e avisou que o menino estava apanhando. “Logo em seguida, ele chegou todo ensanguentado e ficou com medo de falar que tinha apanhado. Falou que bateu em uma árvore. Só depois que expliquei que aquilo não era culpa dele, é que ele se abriu e falou que as provocações já vinham acontecendo desde o início do ano”, explica. A mulher ressaltou que ontem à tarde, a vizinha, mãe do coleguinha que também sofre bullying, procurou a escola para contar que o filho é vítima das provocações do mesmo garoto que fez as agressões. “Estamos com medo pelos nossos filhos. Como está a cabecinha dele agora”, diz. “O que eles contaram é que na saída da escola, o garoto correu atrás dos dois para pegá-los. O vizinho conseguiu escapar e o meu filho não”, recorda e completa, “a escola fica a seis quadras de casa. Meu filho já foi prejudicado demais por este garoto, que tem feito provocações, bateu nele e ainda terá que mudar de local”. O menino ainda está com o rosto inchaço, principalmente o nariz, e reclama de dores no corpo. Outro lado A equipe do Jornal Midiamax entrou em contato com a Semed (Secretaria Municipal de Educação), por meio da assessoria da Prefeitura de Campo Grande, na tarde de ontem, que se pronunciou a respeito do caso. De acordo com a secretaria, a mãe do menino agredido foi atendida pela escola e orientada para as medidas que deveriam ser tomadas. A mãe do garoto agressor foi chamada para ir até a escola e foi ouvida pela direção. A agressão foi confirmada e a mãe disse que vai procurar um psicólogo para fazer acompanhamento do filho. Ela disse que a criança passou por um abalo emocional na família em 2013, mas não informou do que se trata. Caso de polícia Segundo a delegada titular da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), Rozeman Geise Rodrigues de Paula, a criança só é responsabilizada criminalmente, com medidas socioeducativas, a partir dos 12 anos. Mesmo assim, caso a mãe queira, ela pode procurar a delegacia. “Se a lesão causada na criança for muito grave, a mãe pode registrar o boletim de ocorrência para requisitar o exame de corpo de delito”, diz a delegada. No entanto, como o agressor tem menos de 12 anos, o caso deve ser analisado pelo Conselho Tutelar. Acompanhamento A primeira atitude, assim como a tomada pela mãe da criança agredida, é procurar a escola. Caso o colégio não se posicione, a ouvidoria da Semed pode ser acionada, já que há o risco, em alguns casos, de que o caso não chegue até a secretaria por meio da escola. Segundo o conselheiro e psicólogo Adriano Ferreira, o Conselho Tutelar deve ser acionado se não houver iniciativa por parte da escola de resolver a situação. “Podemos chamar os pais, a criança e, se necessário, dar uma advertência, conversar com esse aluno e até mesmo acionar o Ministério Público, dependendo do caso”, diz. Ainda de acordo com o conselheiro, há necessidade de conversar com o agressor. “Por trás de uma criança que agride, pode haver outro agressor. Um pai, um familiar, por isso é importante saber realmente o que acontece”, afirma Adriano.
Fonte;Jucyllene Castilho/MidiamaxNews

Eleição para o governo do Ceará fica mais acirrada no Interior


Em 15 dias de campanha, a eleição para governador do Ceará ficou mais acirrada no Interior, onde a situação de Eunício Oliveira (PMDB) era antes mais confortável.

Por outro lado, na Região Metropolitana de Fortaleza, onde havia empate técnico, o peemedebista conseguiu abrir ligeira vantagem sobre o petista, segundo a terceira rodada da pesquisa O POVO/Datafolha. Em todo o Estado, Eunício tem 41%, contra 34% de Camilo.

No começo de setembro, Eunício tinha 45% das intenções de voto no Interior e Camilo tinha 31%. Em duas semanas, o peemedebista oscilou dois pontos para baixo e o petista subiu sete pontos. Agora, o resultado está em 43% a 38%, o que caracteriza empate técnico.

Porém, em Fortaleza e Região Metropolitana onde havia empate (33% a 32%), Eunício oscilou três pontos para cima e Camilo, os mesmos três para baixo. Agora têm 36% a 29%. Exclusivamente na Capital, os números mostram 34% a 28%.

A vantagem de Eunício é maior nos pequenos municípios: 45% a 36% naqueles com até 50 mil habitantes. Já nos municípios entre 200 mil e 500 mil habitantes (casos de Caucaia, Juazeiro do Norte e Maracanaú), Camilo chega a liderar: 45% a 38%. Onde há de 50 mil a 200 mil, Eunício tem 41% contra 36%.

Metodologia

O Datafolha ouviu 1,2 mil eleitores com em 47 municípios do Ceará, entre 18 e 19 de setembro. A pesquisa foi contratada pelo O POVO, em parceria com o jornal Folha de S.Paulo. Está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob os números CE-00022/2014 e BR-00695/2014.

Fonte: O Povo

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