O porta-voz da polícia, Frank Mba, confirmou aos jornalistas que uma bomba causou a explosão
25/06/2014 - 16:06
Uma forte explosão ocorreu nesta quarta-feira em um dos maiores shopping centers de Abuja, capital da Nigéria, e deixou ao menos 21 mortos e 17 feridos, segundo a polícia.
A explosão aconteceu por volta das 16h locais (meio-dia de Brasília), iniciando um grande incêndio no edifício Emab Plaza, no distrito comercial de Wuse.
O porta-voz da polícia, Frank Mba, confirmou aos jornalistas que uma bomba causou a explosão. "Nossa missão mais importante agora é salvar vidas e tornar o local do crime seguro."
Nenhum grupo assumiu a autoria da explosão. Nos últimos anos, o grupo radical islâmico Boko Haram tem realizado atentados no país.
"As operações de resgate começaram. Vemos colunas de fumaça. É um lugar onde havia muita gente. Está cheio porque é um dia de trabalho", disse Manzo Ezekiel, porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Situações de Emergência (NEMA).
Algumas testemunhas disseram aos veículos de imprensa nigerianos que muitas pessoas estão presas no interior do centro comercial por consequência do fogo.
Os corpos das vítimas mortas estão sendo levados ao Hospital Geral Maitama, que se viu obrigado a atender os feridos fora de suas instalações após ter lotação máxima, e a outros centros médicos da capital.
Pelo menos 10 corpos foram retirados do local do acidente, segundo informou desde a superfície comercial incendiada um repórter do jornal "Daily Trust".
Terceiro atentado
Esse é o terceiro atentado que a capital nigeriana sofre desde o mês de abril, e a autoria dos dois primeiros foram reivindicados pelo Boko Haram.
O primeiro aconteceu em 14 de abril na estação de ônibus de Abuja, onde morreram 71 pessoas e 124 ficaram feridas por uma bomba que causou várias explosões.
O segundo ocorreu em 2 de maio, quando um carro-bomba situado a poucos metros da mesma estação de ônibus matou 19 pessoas e feriu outras 60.
Boko Haram, que significa em línguas locais "a educação não islâmica é pecado", luta para impor um Estado islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.
O grupo islamita assassinou 12 mil pessoas e feriu outras 8 mil nos últimos cinco anos, segundo as autoridades nigerianas.
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