“O Neymar nasceu para jogar futebol.” A frase é do lateral Daniel Alves,
quando provocado a definir em poucas palavras o companheiro de
Barcelona e de seleção.
Impressiona a precocidade do atacante de 22 anos quando comparado com lendas da seleção brasileira.
Quando arrancou para fazer o segundo gol do Brasil, e também o seu, na
vitória de 4 a 1 sobre Camarões, na segunda (23), Neymar se tornou o
sexto artilheiro da equipe.
Com 35 gols, superou Rivaldo, campeão mundial em 2002, na Copa da Ásia.
Dos seis maiores goleadores com a camisa amarela, Neymar foi o mais jovem a atingir esse número, aos 22 anos e quatro meses.
Neymar superou Pelé por um mísero mês. Mas superou.
Em 16 de abril de 1963, em um jogo contra a Argentina pela Copa Roca,
Pelé fez um dos cinco gols do Brasil, que venceu por 5 a 2. Foi o seu
35° gol aos 22 anos e cinco meses.
Nem Ronaldo, nem Romário, nem Zico, nem Bebeto, que estão à sua frente
na artilharia, chegaram a esse número tão jovens quanto Neymar –que
nesta terça (24), como toda a seleção, aproveitou sua folga recebendo
familiares na Granja Comary.
MAIS PARA RONALDO
Mas, na comparação, é melhor usar Ronaldo, não Pelé.
O maior da história era um pouquinho mais velho ao atingir a marca, mas
já tinha no currículo dois títulos mundiais –em 1958 e em 1962– e
passava a ser reconhecido como o melhor do planeta.
E ele atingiu os 35 gols em 34 jogos, incrível média de mais de um gol
por partida. Neymar fez o 35° no seu 52° jogo, média de 0,67.
Pelé até hoje é incomparável e maior goleador, com larga vantagem, da seleção brasileira principal, com 77 gols.
Por isso, é mais realista comparar o camisa 10 da atual geração com
Ronaldo, o segundo goleador do Brasil, com 62 gols, e hoje comentarista e
empresário;inclusive de Neymar, cuja imagem é gerenciada por sua
empresa, a 9ine.
Ronaldo fez seu 35° gol pela seleção em 18 de julho de 1999, contra o
Uruguai, em uma Copa América. Como Neymar, estava entrando em campo pela
52ª vez pelo Brasil, com 22 anos e dez meses.
Ronaldo já era campeão do mundo em 1999, mesmo não tendo entrado em
campo em 1994, aos 17 anos. O camisa 9 poderia ter feito muitos mais
gols e jogos pela seleção, não fossem as lesões.
Por isso, ao ver os números de Ronaldo e sua trajetória, é possível
imaginar Neymar batendo recordes se permanecer saudável por alguns anos.
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