A quadrilha não conseguiu levar nenhum dinheiro das agências ( Foto: Helene Santos ) |
Os ataques constantes as agências bancárias no Interior do Rio Grande do Norte, da Paraíba e também do Ceará, a exemplo do ocorrido no dia 8 de março, no município de Icapuí, mobilizou as polícias Federal, Civil e Militar a investigar elementos considerados suspeitos. Com a troca de informações e o serviço de inteligência, as autoridades policiais conseguiram surpreender a quadrilha que atacacou, na madrugada deste sábado (1º), as agências dos bancos do Brasil e do Bradesco, situadas no município de Jaguaruana. No confronto, foram registrados sete mortos, quatro presos e um ferido, dados divulgados na entrevista coletiva na sede da Polícia Federal do Ceará, nesta tarde.
Até o momento, apenas um dos integrantes do bando foi identificado. Ediondas Duarte Júnior, também conhecido por Júnior Bombado, natural de Mossoró (RN), e que seria um dos líderes do grupo e o responsável pelos explosivos utilizados nos ataques. Os demais mortos no confronto ainda não tiveram suas identidades divulgadas, bem como os que foram detidos pela Polícia.
O ataque contou com a participação de 20 a 25 pessoas, as quais estavam divididas em três veículos tipo caminhonetes e 12 motocicletas. Na fuga, um dos carros caiu no rio, o outro colidiu em uma casa e o outro fugiu. Algumas motos do bando foram abandonadas em Jaguaruana mesmo. A Polícia recuperou ainda dois fuzis, duas espingardas calibre 12 e duas pistolas.
Com toda a ousadia, a quadrilha não conseguiu levar nenhum dinheiro das agências. Os moradores, entretanto, viveram momentos de terror e muito medo. Segundo o cel. Aginaldo Oliveira, do BPChoque/ Cotar, apenas seis equipes do Cotar atuaram no episódio. "Quando eles (os policiais) chegaram a Jaguaruana já foram para o confronto com a quadrilha", explica Aginaldo.
De acordo com o delegado regional de investigação e combate ao crime organizado da Polícia Federal no Rio Grande do Norte, Paulo Henrique Rocha, desde dezembro de 2016 o grupo vinha sendo investigado. "Focamos nos principais chefes de quadrilhas e tivemos uma boa troca de informações com o Cotar, com as polícias de Icapuí e de Mossoró. Isso foi imprescindível", destaca Paulo Henrique.
Também atuaram neste caso, o delegado regional de combate e investigação ao crime organizado no Ceará, Wellington Santiago, e o delegado da polícia federal de Mossoró, Samuel Elânio. Ambos destacaram a importância da troca de informações, bem como o serviço de investigação e de inteligência das polícias.
Premiação
Diante da ação positiva dos policias, o secretário de Segurança Pública do Estado do Ceará, André Barros, anunciou como prêmio três dias folga para os profissionais que atuaram no episódio. Além dos parabéns, o secretário acrescentou: "continuemos assim, defendendo não a morte, mas a vida. A vida de nossos irmãos profissionais da segurança pública, sem importar a cor da farda, e a vida de pessoas inocentes. Para frente, custe o que custar".
Fonte Diário do Nordeste
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