Quanto mais influente era o cargo pleiteado por um candidato, maior era a aposta da Odebrecht em sua eleição.
Na disputa de 2014, um aspirante a deputado estadual podia receber em média, R$ 30 mil da empreiteira. A deputado federal, R$ 50 mil. Candidatos a governador ganhavam entre R$ 100 mil e R$ 200 mil. Senadores, de R$ 80 a R$ 100 mil.
"Para [candidatos a] presidente, logicamente não tinha esse padrão", contou Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais do grupo, em sua delação a investigadores da Lava Jato. As quantias são uma estimativa do executivo para aquele ano -de memória, ele disse que não saberia cravar valores.
Doações que desviassem muito da média da tabela eram indício do interesse excepcional da Odebrecht no político, afirmou o delator: "Ou era um deputado estratégico ou tinha alguma contrapartida já bem explícita".
Folha de S.Paulo
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