A
Polícia apresentou em uma entrevista coletiva, na tarde de ontem, o
resultado da operação ocorrida em Ararendá (334Km de Fortaleza), após a
explosão de um posto avençado do Bradesco, no último dia 11. Cinco dos
assaltantes foram mortos em confrontos com a PM e oito armas
apreendidas, incluindo três fuzis com vasta munição.
De
acordo com informações do coronel Edvar Azevedo, comandante do Comando
de Policiamento do Interior Norte (CPI/Norte), aconteceram quatro
confrontos da PM com os bandidos. Em todos eles alguém foi morto.
"Quando tomamos ciência do ato, a medida foi fechar as vias de acesso
para que eles não fugissem.
A
patrulha de Nova Russas, que participava do cerco, foi a primeira que
encontrou com eles e um dos nossos soldados foi morto", afirmou. O
soldado Odir Andrade Alcanfor Filho, 28, que era destacado na 2ª Cia do
7º BPM (Nova Russas), foi executado com um tiro de fuzil.
Segundo
o delegado regional de Crateús, Marco Aurélio de França, as diligências
à procura do bando foram ininterruptas. "Recebemos informações da
população que eles tinham pedido água em uma residência e, a partir
desta pista, seguimos".
A
Polícia acredita que alguns participantes da quadrilha conseguiram
fugir. Os que se embrenharam no mato e morreram eram, Cláudio Chaves
Coutinho, o ´Cláudio Besouro´, 32, apontado como chefe do bando; Essino
Melo Coutinho, 40; Francisco Wallynson dos Santos, 28; Bruno Marques
Pinto da Rocha, 27; e Dieimes de Sousa Ferreira, 27.
O
titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), George Monteiro, disse
que a quadrilha é perigosa e que é uma ramificação de outra maior,
especializada em roubos a instituições financeiras. "O Cláudio e o
Essino agiam junto com o ´Gilson Meia-luz´, o ´Silvino´, o ´Barrinha´,
mas houve um racha. A partir daí, eles passaram a agir separadamente,
principalmente nos Inhamuns e Sertão de Crateús", declarou.
Conforme
Monteiro, a quadrilha foi a mesma que atacou o banco de Parambu (408Km
de Fortaleza) e é suspeita de várias ações. "Eles são suspeitos do
assalto de Pires Ferreira e de Pedra Branca, entre outros que estamos
investigando".
Fonte: DN /Fotos: G1CE
Papa questiona contas de bispo do Ceará
Fonte: Estadão |
D. Fernando, de Crato, já foi convocado pelo Vaticano para dar
explicações sobre acusação de irregularidades em venda de imóveis (Foto:
Arquivo/Agência Miséria)
Um bispo no Brasil está na mira do papa Francisco, que vem marcando seu
pontificado com a luta contra a corrupção, a reforma da Cúria e a
exigência de posturas exemplares por parte dos religiosos. O bispo da
diocese de Crato, d. Fernando Panico, de 67 anos, entrou no radar do
chefe da Igreja em Roma depois de inquérito aberto pela Polícia Civil em
sua cidade por causa de uma polêmica em torno da venda de casas da
diocese e até por acusações de estelionato.
Papa incentiva a transparência das finanças do Vaticano
Fontes no Vaticano confirmaram ao Estado que Francisco ainda não tomou uma decisão sobre o que será feito e espera a conclusão das investigações da Justiça. Mas Jorge Bergoglio não gostou do caso.
O número de acusações contra d. Fernando Panico não é pequeno. Mas, acima de tudo, fontes no Vaticano revelam que é justamente a atuação de uma diocese como negociadora de imóveis que desagradou ao papa.
As investigações foram abertas depois que o bispo foi acusado de ter continuado a cobrar aluguéis das casas de prioridade da diocese, mesmo depois de elas terem sido vendidas. Outra acusação era de que a venda dos imóveis ocorreu sem que os moradores tivessem a opção de compra. O bispo acabou sendo convocado para depor.
O caso chegou até Roma e, em outubro, Panico esteve reunido em duas ocasiões com o papa no Vaticano. Oficialmente, as audiências tinham como meta debater o processo de reabilitação canônica do padre Cícero (1844-1934) e sobre o processo de beatificação de Benigna Cardoso da Silva, mártir da castidade (1928-1941).
Mas um dos temas centrais da conversa foi justamente a cobrança do papa para que Panico desse explicações sobre as denúncias de estelionato e formação de quadrilha. Um primeiro encontro ocorreu com outros participantes, no dia 9 de outubro. Cinco dias depois, o bispo voltou a ser convocado, desta vez para uma audiência a portas fechadas.
D. Fernando, um italiano naturalizado brasileiro, ordenou-se padre em 1971, em Roma. Chegou ao Brasil em 1974 e está à frente da diocese do Crato desde maio de 2001.
Exemplos. Francisco deixou claro que não iria tolerar esse tipo de escândalo e tem coletado uma série de casos que, em sua avaliação, poderiam prejudicar a imagem da Igreja. Há um mês, o Vaticano suspendeu um bispo alemão por seus gastos considerados excessivos. O punido foi o bispo de Limburg, Franz-Peter Tebartz-van Elst, depois que gastou € 31 milhões (R$ 93 milhões) para renovar sua residência oficial.
O papa, desde o primeiro dia de seu mandato, havia deixado claro que queria uma "Igreja pobre para os pobres" e que a função dos religiosos era servir. Elst acabou se transformando em um primeiro teste para o argentino. O caso ainda revela que o pontífice está disposto a punir esse tipo de comportamento, enquanto dá demonstrações de que não vai perseguir bispos por declarações sobre a doutrina.
Em poucos meses, Francisco deu diversas demonstrações de que seu estilo é o de recusar a ostentação e ordenou ao clero que siga o mesmo caminho da simplicidade. Ele criticou os carros usados por padres, optou por não viver no Palácio Apostólico e condenou gastos elevados. Além disso, instaurou regras de transparência das finanças do Vaticano e ordenou uma varredura geral nas contas da Santa Sé.
Fonte: Estadão
Papa incentiva a transparência das finanças do Vaticano
Fontes no Vaticano confirmaram ao Estado que Francisco ainda não tomou uma decisão sobre o que será feito e espera a conclusão das investigações da Justiça. Mas Jorge Bergoglio não gostou do caso.
O número de acusações contra d. Fernando Panico não é pequeno. Mas, acima de tudo, fontes no Vaticano revelam que é justamente a atuação de uma diocese como negociadora de imóveis que desagradou ao papa.
As investigações foram abertas depois que o bispo foi acusado de ter continuado a cobrar aluguéis das casas de prioridade da diocese, mesmo depois de elas terem sido vendidas. Outra acusação era de que a venda dos imóveis ocorreu sem que os moradores tivessem a opção de compra. O bispo acabou sendo convocado para depor.
O caso chegou até Roma e, em outubro, Panico esteve reunido em duas ocasiões com o papa no Vaticano. Oficialmente, as audiências tinham como meta debater o processo de reabilitação canônica do padre Cícero (1844-1934) e sobre o processo de beatificação de Benigna Cardoso da Silva, mártir da castidade (1928-1941).
Mas um dos temas centrais da conversa foi justamente a cobrança do papa para que Panico desse explicações sobre as denúncias de estelionato e formação de quadrilha. Um primeiro encontro ocorreu com outros participantes, no dia 9 de outubro. Cinco dias depois, o bispo voltou a ser convocado, desta vez para uma audiência a portas fechadas.
D. Fernando, um italiano naturalizado brasileiro, ordenou-se padre em 1971, em Roma. Chegou ao Brasil em 1974 e está à frente da diocese do Crato desde maio de 2001.
Exemplos. Francisco deixou claro que não iria tolerar esse tipo de escândalo e tem coletado uma série de casos que, em sua avaliação, poderiam prejudicar a imagem da Igreja. Há um mês, o Vaticano suspendeu um bispo alemão por seus gastos considerados excessivos. O punido foi o bispo de Limburg, Franz-Peter Tebartz-van Elst, depois que gastou € 31 milhões (R$ 93 milhões) para renovar sua residência oficial.
O papa, desde o primeiro dia de seu mandato, havia deixado claro que queria uma "Igreja pobre para os pobres" e que a função dos religiosos era servir. Elst acabou se transformando em um primeiro teste para o argentino. O caso ainda revela que o pontífice está disposto a punir esse tipo de comportamento, enquanto dá demonstrações de que não vai perseguir bispos por declarações sobre a doutrina.
Em poucos meses, Francisco deu diversas demonstrações de que seu estilo é o de recusar a ostentação e ordenou ao clero que siga o mesmo caminho da simplicidade. Ele criticou os carros usados por padres, optou por não viver no Palácio Apostólico e condenou gastos elevados. Além disso, instaurou regras de transparência das finanças do Vaticano e ordenou uma varredura geral nas contas da Santa Sé.
Fonte: Estadão
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