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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Apenas 49,9% dos cearenses estão satisfeitos com o trabalho da polícia









Para o relações públicas da PM do Ceará, coronel Fernando Albano, não há motivos que possam ser destacados com relação a essa insatisfação dos cearenses (Foto: Divulgação)
Não se anda mais pelas ruas como antigamente. Sentar na calçada de casa para “jogar conversa fora” é algo que quase não se ver mais. A violência faz seu trottoir pela cidade. O reflexo disso é a falta de confiança na Segurança Pública. Você está satisfeito com o serviço da polícia?

De acordo com a Pesquisa Nacional de Vitimização, do Ministério da Justiça, divulgada na última quinta-feira (5), cerca de 50% dos cearenses que registraram ocorrências como roubos, acidentes e agressões em 2012 ficaram insatisfeitos com as Polícias Militar e Civil do estado. No Ceará, entre os casos mais insatisfatórios quanto à resolução dos crimes, estão roubos de motos e de objetos, com 86,9% e 63,3%, respectivamente.

Ao todo, foram entrevistadas 78 mil pessoas em 346 municípios brasileiros. A lista de crimes inclui furto e roubo de automóveis, furto e roubo de motocicletas, furto e roubo de objetos ou bens, sequestro, fraudes, acidentes de trânsito, agressões, ofensas sexuais e discriminação. Segundo a pesquisa, a avaliação do trabalho das polícias em Fortaleza foi negativa: -4,8%.

As polícias militar e civil da Paraíba são as que mais deixaram satisfeitos os cidadãos que entraram em contato com ambas as corporações no último ano. O número chega a 65,6% no estado, o índice mais alto do Brasil (veja tabela com números de todo o país abaixo). Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro aparecem em seguida com as forças de segurança mais bem avaliadas.

Para o relações públicas da PM do Ceará, coronel Fernando Albano, não há motivos que possam ser destacados com relação a essa insatisfação dos cearenses. “Na minha concepção, a PM do Ceará é a melhor do Brasil”, argumenta. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS) informou que, embora não tenha acesso formal à pesquisa, o número de pessoas que denunciaram os crimes conforme o estudo são baixos, o que dificulta as ações das polícias e a apuração de estatísticas que direcionem o trabalho.

InsatisfaçãoA crescente sensação de insegurança é um dos motivos que vem contribuindo para o desgaste da imagem das policias segundo o sociólogo Yan Coelho. “Não é um desgaste apontado apenas em Fortaleza, é típico do fenômeno da banalização da violência, cada vez mais homicídios, crimes, a violência cresceu assustadoramente”.

Ele aponta ainda que serviços de inteligência e de investigação não são muito percebidos pela sociedade, já que essa tem uma necessidade maior de ver patrulhamento nas ruas para se sentir segura. “Hoje a população tem uma crítica de que é preciso um policial em cada esquina. No entanto, há uma defasagem do número de policiais e outras questões como a defasagem de salários e uma série de condições para o trabalho da polícia. Uma crise que não tem soluções novas” acrescenta.

DadosNo período de um ano anterior à realização da pesquisa, a média de pessoas que foram vítimas de algum tipo de crime ou ofensa no Ceará foi de 26,6% – quinta maior do país -, superando a nacional de 22%. Desses entrevistados, apenas 18,3% registraram ocorrências nas polícias do estado, ficando abaixo da média nacional de 19,9%.

No geral, considerando-se os tipos de crimes estudados, a PM é mais acionada do que a Civil para o relato de ocorrência, com exceção dos casos de fraude. O motivo mais frequente para o registro da ocorrência é a esperança de recuperar o bem perdido, especialmente nos casos de roubo e furto de motos e de automóveis.

Com relação às razões de insatisfação, além do aspecto subjetivo da falta de atenção dos policiais (25,4%), aparecem as afirmações de que a polícia não recuperou o bem (11,7%), não resolveu o caso (10,8%) e não achou o culpado (9,7%).

Como a pesquisa foi realizada entre junho de 2010 a maio de 2011 e junho de 2012 a outubro de 2012, a SSPDS destacou que com os novos 1.057 policiais militares atuando, em Fortaleza, desde o último mês de novembro, o nível de satisfação da população deve aumentar.

Fonte: Tribuna do Ceará

Índice de fumantes no Brasil cai 20% em seis anos, diz estudo








O consumo de tabaco caiu 20% no Brasil nos últimos seis anos, de acordo com o segundo Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad) divulgado nesta quarta-feira (10) pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Em 2012, 15,6% da população brasileira declararou ser fumantes, enquanto o índice do primeiro levantamento, feito em 2006, era de 19,3%. A queda foi maior entre os adolescentes (45%), de 6,2% em 2006 para 3,4% e, 2012.

Embora o número de fumantes tenha diminuido, a pesquisa também mostra que entre os que continuaram consumindo tabaco, o hábito se intensificou. A média de consumo diário de cigarros em 2006 era de 12,9 para 14,1 em 2012.

Segundo o estudo, em 2012 o país tinha 20 milhões de fumantes. A redução entre a população adulta foi de 19%. Em 2006, 20,8% dos adultos afirmaram fumar. Em 2012, foram 16,9%. Os dados mostram que mais da metade dos menores de idade no Brasil (62%) diz não encontrar nenhuma dificuldade para comprar cigarros. 55% dos menores compram em bares e 15% em lojas e shoppings.

Os homens continuam fumando mais do que as mulheres. Mas o número de homens que deixou de fumar foi maior em 2012 (22%) do que a diminuição do tabagismo entre as mulheres (13%).

O Lenad também detectou que o fumo diminuição em todas as classes sociais, com exceção da classe A. Entre a parcela mais rica da sociedade, o consumo de tabaco aumentou 110% e quase dobrou o índice de 2006.

Motivação para parar de fumarDe acordo com o Lenad, 90% dos fumantes dizem que estão dispostos a parar de fumar. No entanto, os pesquisadores consideram diferentes escalas de motivação. "Embora 90% diz que gostaria, só 7% deles realmente tem planos parar parar. Imaginamos que o restante são pessoas que tem dependência mais severa e nem mais planejam parar de fumar", afirma Clarice Madruga, uma das pesquisadoras responsáveis pelo estudo.

Em relação à procura por tratamento para parar de fumar, o Lenad mostrou que apenas 7,3% dos fumantes já procurou ajuda profissional e que entre os ex-fumantes o índice foi menor 5,4%.

Propaganda e prevençãoEm relação às advertências impressas nos maços de cigarros, o estudo mostra que de alguma maneira elas impactam uma parcela entre os fumantes. Entre os entrevistados, 18% dizem que cobrem a figura, 17% afirma tirá-la de vista, 11% colocam os cigarros em outros pacotes e 7% declara não comprar maços específicos.

O Lenad coletou dados por três meses em 149 municípios e escutou 4.607 brasileiros.

Meta do governoEm agosto, uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde também revelou a queda de 20% no índice de fumantes em seis anos. Os números, no entanto, eram um pouco diferentes dos apontados na pesquisa do Lenad. Na ocasião, a pesquisa mostrou que 12% da população adulta brasileira fumava em 2012. Em 2006, o índice era de 15%. A meta do governo é que, até 2022, o país chegue a 9%.

Fonte: G1

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