A estudante Bruna Barboza Lino, 19 anos, caiu no fosso de um prédio abandonado. (Foto: Reprodução/TV Globo)
A estudante de 19 anos que caiu no fosso do elevador de um prédio
abandonado no campus Butantã, da Universidade de São Paulo (USP), Zona
Oeste da capital paulista, será enterrada na manhã desta segunda-feira
(16). A cerimônia deve acontecer às 11h no Cemitério Vila Paulicéia, em
São Bernardo do Campo, no ABC.
O acidente foi na madrugada de domingo (15). Amigos da estudante Bruna Barboza Lino, do 1º ano do curso de Letras, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), disseram à Polícia Civil que estavam em uma festa e ficaram próximo ao local do acidente “para esperar o tempo passar” por cerca de duas horas. Depois de avisar uma das colegas, a estudante teria ido fazer suas necessidades fisiológicas.
Pouco depois, os amigos ouviram um grito e constaram que ela havia caído de uma altura de três andares, onde se localiza o fosso de um elevador inexistente. Um deles retirou a vítima do fosso e chegou a fazer os procedimentos de primeiros-socorros, sem sucesso. A Guarda Universitária e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados. “Ele auxiliou a Bruna, tirou ela do fosso, para tentar fazer todos os procedimentos de socorro. Posteriormente, os próprios alunos chamaram o Samu”, disse a irmã de Bruna, Bárbara Barbosa Lino.
De acordo com o boletim de ocorrência, a autoridade policial observou que no local do acidente havia uma fita de contenção, iluminação escassa e latas espalhadas. “É um terreno abandonado, com estrutura de edificação não concluída anexo ao Paço das Artes”, diz o registro policial.
Responsável pelo Paço das Artes, a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo afirma que o prédio onde o acidente aconteceu não tem relação com a pasta. "O espaço, apesar da proximidade, não tem qualquer relação com o Paço das Artes, que estava fechado no momento do incidente", afirma comunicado da secretaria. "O Paço das Artes lamenta profundamente o acidente ocorrido na madrugada deste sábado na estrutura em construção ao lado do Museu."
Em nota, a USP “lamenta profundamente o falecimento da estudante do 1º ano do curso de Letras, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH)” e diz que "o prédio onde ocorreu a morte da aluna não pertence à universidade, mas sim ao Instituto Butantan". O Instituto Butantã também lamenta a morte e disse que está à disposição para as investigações.
Fonte: G1
O acidente foi na madrugada de domingo (15). Amigos da estudante Bruna Barboza Lino, do 1º ano do curso de Letras, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), disseram à Polícia Civil que estavam em uma festa e ficaram próximo ao local do acidente “para esperar o tempo passar” por cerca de duas horas. Depois de avisar uma das colegas, a estudante teria ido fazer suas necessidades fisiológicas.
Pouco depois, os amigos ouviram um grito e constaram que ela havia caído de uma altura de três andares, onde se localiza o fosso de um elevador inexistente. Um deles retirou a vítima do fosso e chegou a fazer os procedimentos de primeiros-socorros, sem sucesso. A Guarda Universitária e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados. “Ele auxiliou a Bruna, tirou ela do fosso, para tentar fazer todos os procedimentos de socorro. Posteriormente, os próprios alunos chamaram o Samu”, disse a irmã de Bruna, Bárbara Barbosa Lino.
De acordo com o boletim de ocorrência, a autoridade policial observou que no local do acidente havia uma fita de contenção, iluminação escassa e latas espalhadas. “É um terreno abandonado, com estrutura de edificação não concluída anexo ao Paço das Artes”, diz o registro policial.
Responsável pelo Paço das Artes, a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo afirma que o prédio onde o acidente aconteceu não tem relação com a pasta. "O espaço, apesar da proximidade, não tem qualquer relação com o Paço das Artes, que estava fechado no momento do incidente", afirma comunicado da secretaria. "O Paço das Artes lamenta profundamente o acidente ocorrido na madrugada deste sábado na estrutura em construção ao lado do Museu."
Em nota, a USP “lamenta profundamente o falecimento da estudante do 1º ano do curso de Letras, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH)” e diz que "o prédio onde ocorreu a morte da aluna não pertence à universidade, mas sim ao Instituto Butantan". O Instituto Butantã também lamenta a morte e disse que está à disposição para as investigações.
Fonte: G1
´É meu herói´, diz menina salva por cachorro em incêndio no RS
Um incêndio na residência da empregada doméstica Juliana Batista Silva
quase terminou em tragédia em Cachoeirinha, na Região Metropolitana de
Porto Alegre. A válvula de segurança do botijão de gás rompeu, e as
chamas se alastraram rapidamente. Os adultos correram para fora da casa,
e a menina Ana Karolina, que dormia sozinha em um quarto, só se salvou
porque foi acordada pelo cachorro Uísque e conseguiu sair do local sem
nenhum arranhão.
“Ele me lambeu na bochecha. O Uísque é meu herói”, conta a criança de cinco anos ao voltar até a casa pouco mais de uma semana depois do incêndio.
Se foi por instinto ou apenas brincadeira do animal, ninguém sabe. O certo é que depois do susto, o cachorrinho aproveita para ganhar ainda mais carinhos dos donos.
O cão é da tia da menina, Juliana, que estava indo morar no local naquele dia. Com a confusão da mudança, a família lembra que ninguém sabia ao certo quem estava dentro da casa. “Tiramos tudo o que tinha em cima para tentar apagar, mas não conseguimos. Então saímos de dentro de casa, todo mundo para a rua. Não sabia que ela estava lá dentro”, lembra a mãe da garota, Cléris Kramer.
Irmã da nova moradora, era a mãe de Ana Karolina quem cozinhava no momento em que o fogo começou. O pai da menina ainda tentou atirar o botijão pela janela e está no hospital se recuperando das queimaduras.
A casa de madeira ficou totalmente destruída. “Foi questão de segundos. Quando a gente viu, estava pegando fogo. Foi muito rápido. Não tem explicação para o que aconteceu. Perdemos tudo. E agora, como recomeçar?”, indaga Juliana.
Fonte: G1 RS
“Ele me lambeu na bochecha. O Uísque é meu herói”, conta a criança de cinco anos ao voltar até a casa pouco mais de uma semana depois do incêndio.
Se foi por instinto ou apenas brincadeira do animal, ninguém sabe. O certo é que depois do susto, o cachorrinho aproveita para ganhar ainda mais carinhos dos donos.
O cão é da tia da menina, Juliana, que estava indo morar no local naquele dia. Com a confusão da mudança, a família lembra que ninguém sabia ao certo quem estava dentro da casa. “Tiramos tudo o que tinha em cima para tentar apagar, mas não conseguimos. Então saímos de dentro de casa, todo mundo para a rua. Não sabia que ela estava lá dentro”, lembra a mãe da garota, Cléris Kramer.
Irmã da nova moradora, era a mãe de Ana Karolina quem cozinhava no momento em que o fogo começou. O pai da menina ainda tentou atirar o botijão pela janela e está no hospital se recuperando das queimaduras.
A casa de madeira ficou totalmente destruída. “Foi questão de segundos. Quando a gente viu, estava pegando fogo. Foi muito rápido. Não tem explicação para o que aconteceu. Perdemos tudo. E agora, como recomeçar?”, indaga Juliana.
Fonte: G1 RS
Porte de armas divide opinião no Ceará
Lorena Alves
O sociólogo César Barreira, do Laboratório de Estudos da Violência da
UFC, apoia o desarmamento e diz que a segurança é obrigação do Estado.
(Foto: Waleska Santiago)
Sancionado há dez anos, em dezembro de 2003, o Estatuto do Desarmamento
ainda divide opinião de parlamentares, especialistas e sociedade civil.
Na Assembleia Legislativa, deputados insistem em levar à tribuna da Casa
um discurso pró-armas, embora a legislação seja competência federal,
cabendo ao Congresso Nacional. Sociólogos e deputados ouvidos pelo
Diário do Nordeste divergem sobre o tema, mas reconhecem que as
políticas de segurança pública devem ser responsabilidade do Estado.
Em 2005, foi realizado um referendo no País sobre o artigo 35 do Estatuto do Desarmamento, que proibia a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, exceto a entidades previstas. Quase 64% da população brasileira que opinou na consulta disse não às alterações. Na prática, o porte de armas de fogo continuou liberado à sociedade, mas com uma série de restrições que inibem e dificultam o acesso.
Conforme o portal de notícias da Câmara Federal, existem mais de 80 propostas tramitando na Casa sobre a temática. Um desses projetos é do deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC), que revoga o Estatuto do Desarmamento e cria novas regras para aquisição e circulação de armas no País. A matéria já teve grande repercussão. A maioria das manifestações da população é favorável ao projeto.
O deputado estadual Manoel Duca, do PROS, é um dos defensores da flexibilização do porte de armas como meio de defesa contra a violência. Na Assembleia, ele costuma fazer discursos contra o Estatuto do Desarmamento e já chegou a apoiar a polêmica proposta do deputado federal Rogério Peninha. "A população está desarmada. O Estado, que é para dar isso (segurança), está sem condições", diz.
Vulnerabilidade
Na avaliação do parlamentar, a falta de munição deixa a sociedade em situação de vulnerabilidade diante do aumento da criminalidade. "O cidadão está tendo dificuldades de se armar. Não tem como ele se defender se o bandido está armado e ele, desprotegido", ressalta. Manoel Duca diz considerar suficiente ofertar cursos e testes psicológicos antes da venda de armas para prevenir acidentes e crimes considerados ocasionais.
O deputado Sérgio Aguiar (PROS), primeiro secretário da Assembleia Legislativa, afirma que a entrada ilegal de armas no País e a dificuldade de fazer esse controle, considerando-se o extensão do território brasileiro, "criam esse injusto pensamento de que a arma está na mão do bandido". O parlamentar opina que ampliar a legalização para porte de armas não trará soluções ao problema. "Deve ser feito um pente-fino para tirar as armas dos marginais", aponta.
O professor César Barreira, do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará (UFC), posiciona-se contra o fácil acesso às armas de fogo. Para o docente, que foi diretor-geral da Academia Estadual de Segurança Pública, a população não se sente segura, mas essa é tarefa do Estado e não pode ser transferida à esfera privada. "Há uma leitura equivocada (sobre o desarmamento) que decorre da não confiança no governo", declara.
O especialista em segurança cita como exemplo o caso dos Estados Unidos, lembrando que o país possui um elevado número de pessoas armadas, mas também inúmeras chacinas. "Lá estão se revendo a facilidade de compra de armas. Em cada acontecimento bárbaro, as pessoas colocam (em pauta) a revisão de compra de armas", explica.
Desigualdade social
César Barreira pondera que a questão do desarmamento deve levar em consideração aspectos socioeconômicos de cada país. Na Suécia, acrescenta, é fácil o acesso à arma de fogo, mas o país é considerado pacato e com baixa desigualdade social. Ele defende que, no Brasil, haja um controle severo das armas apreendidas e uma campanha educativa sobre os riscos de uso. "Quando se tem um enfrentamento com bandido, a possibilidade do bandido levar vantagem é muito alta", opina.
Já o cientista político Rui Martinho, da UFC, aposta que o desarmamento da população não trouxe impactos significativos à redução de homicídios. "Contrariando os resultados da consulta popular, ele (Estatuto do Desarmamento) não deu resultados". E completa: "Me parece que estamos alimentando uma ilusão. É preciso ver que o uso de armas de fogo de pessoas que agem contra a lei não diminuiu".
O professor alega que "existe uma burocracia que desestimula até o porte. Cria-se uma barreira muito grande". Para ele, são ínfimos os índices de crimes cometidos por armas legalizadas. "Isso talvez tenha deixado a população mais desprotegida", atesta.
O especialista rechaça a hipótese de que as desigualdades sociais influenciam no contexto, tomando como parâmetro estados brasileiros, já que algumas unidades da federação, apesar de mais pobres e com baixos índices de educação, são menos violentas do que outras regiões com menos desigualdade social.
"Isso não tem relação com pobreza, mas com a presença do Estado, com as políticas de segurança", defende. Segundo o docente, no referendo de 2005, só em duas cidades do País (Jaboatão dos Guararapes, Recife, e Diadema, São Paulo) predominou a manutenção da proibição do porte de armas de fogo.
SAIBA MAIS
Lei
O Estatuto do Desarmamento foi sancionado no Brasil no dia 22 de dezembro de 2003, através da lei 10.826, que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição.
Exigências
O porte de armas é concedido pela Polícia Federal, mas há uma série de exigências. Segundo o professor Rui Martinho, apenas quatro portes de armas foram autorizados no Ceará durante o ano de 2013. O crime pelo porte ilegal de arma de fogo varia de dois a quatro anos de prisão, além de multa. O comércio ilegal de armas prevê até oito anos de reclusão.
Fonte: Diário do Nordeste
Em 2005, foi realizado um referendo no País sobre o artigo 35 do Estatuto do Desarmamento, que proibia a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, exceto a entidades previstas. Quase 64% da população brasileira que opinou na consulta disse não às alterações. Na prática, o porte de armas de fogo continuou liberado à sociedade, mas com uma série de restrições que inibem e dificultam o acesso.
Conforme o portal de notícias da Câmara Federal, existem mais de 80 propostas tramitando na Casa sobre a temática. Um desses projetos é do deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC), que revoga o Estatuto do Desarmamento e cria novas regras para aquisição e circulação de armas no País. A matéria já teve grande repercussão. A maioria das manifestações da população é favorável ao projeto.
O deputado estadual Manoel Duca, do PROS, é um dos defensores da flexibilização do porte de armas como meio de defesa contra a violência. Na Assembleia, ele costuma fazer discursos contra o Estatuto do Desarmamento e já chegou a apoiar a polêmica proposta do deputado federal Rogério Peninha. "A população está desarmada. O Estado, que é para dar isso (segurança), está sem condições", diz.
Vulnerabilidade
Na avaliação do parlamentar, a falta de munição deixa a sociedade em situação de vulnerabilidade diante do aumento da criminalidade. "O cidadão está tendo dificuldades de se armar. Não tem como ele se defender se o bandido está armado e ele, desprotegido", ressalta. Manoel Duca diz considerar suficiente ofertar cursos e testes psicológicos antes da venda de armas para prevenir acidentes e crimes considerados ocasionais.
O deputado Sérgio Aguiar (PROS), primeiro secretário da Assembleia Legislativa, afirma que a entrada ilegal de armas no País e a dificuldade de fazer esse controle, considerando-se o extensão do território brasileiro, "criam esse injusto pensamento de que a arma está na mão do bandido". O parlamentar opina que ampliar a legalização para porte de armas não trará soluções ao problema. "Deve ser feito um pente-fino para tirar as armas dos marginais", aponta.
O professor César Barreira, do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará (UFC), posiciona-se contra o fácil acesso às armas de fogo. Para o docente, que foi diretor-geral da Academia Estadual de Segurança Pública, a população não se sente segura, mas essa é tarefa do Estado e não pode ser transferida à esfera privada. "Há uma leitura equivocada (sobre o desarmamento) que decorre da não confiança no governo", declara.
O especialista em segurança cita como exemplo o caso dos Estados Unidos, lembrando que o país possui um elevado número de pessoas armadas, mas também inúmeras chacinas. "Lá estão se revendo a facilidade de compra de armas. Em cada acontecimento bárbaro, as pessoas colocam (em pauta) a revisão de compra de armas", explica.
Desigualdade social
César Barreira pondera que a questão do desarmamento deve levar em consideração aspectos socioeconômicos de cada país. Na Suécia, acrescenta, é fácil o acesso à arma de fogo, mas o país é considerado pacato e com baixa desigualdade social. Ele defende que, no Brasil, haja um controle severo das armas apreendidas e uma campanha educativa sobre os riscos de uso. "Quando se tem um enfrentamento com bandido, a possibilidade do bandido levar vantagem é muito alta", opina.
Já o cientista político Rui Martinho, da UFC, aposta que o desarmamento da população não trouxe impactos significativos à redução de homicídios. "Contrariando os resultados da consulta popular, ele (Estatuto do Desarmamento) não deu resultados". E completa: "Me parece que estamos alimentando uma ilusão. É preciso ver que o uso de armas de fogo de pessoas que agem contra a lei não diminuiu".
O professor alega que "existe uma burocracia que desestimula até o porte. Cria-se uma barreira muito grande". Para ele, são ínfimos os índices de crimes cometidos por armas legalizadas. "Isso talvez tenha deixado a população mais desprotegida", atesta.
O especialista rechaça a hipótese de que as desigualdades sociais influenciam no contexto, tomando como parâmetro estados brasileiros, já que algumas unidades da federação, apesar de mais pobres e com baixos índices de educação, são menos violentas do que outras regiões com menos desigualdade social.
"Isso não tem relação com pobreza, mas com a presença do Estado, com as políticas de segurança", defende. Segundo o docente, no referendo de 2005, só em duas cidades do País (Jaboatão dos Guararapes, Recife, e Diadema, São Paulo) predominou a manutenção da proibição do porte de armas de fogo.
SAIBA MAIS
Lei
O Estatuto do Desarmamento foi sancionado no Brasil no dia 22 de dezembro de 2003, através da lei 10.826, que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição.
Exigências
O porte de armas é concedido pela Polícia Federal, mas há uma série de exigências. Segundo o professor Rui Martinho, apenas quatro portes de armas foram autorizados no Ceará durante o ano de 2013. O crime pelo porte ilegal de arma de fogo varia de dois a quatro anos de prisão, além de multa. O comércio ilegal de armas prevê até oito anos de reclusão.
Fonte: Diário do Nordeste
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