Policiais da 17ª DP (São Cristóvão) fazem buscas em vários pontos do
Estado para cumprir o mandado de prisão temporária contra Caio Silva de
Souza, de 23 anos. De acordo com investigações da 17ª DP, Caio foi quem
lançou o rojão que matou o cinegrafista da Rede Bandeirantes Santiago
Andrade. O mandado de prisão por homicídio doloso qualificado por uso de
explosivo foi expedido na noite desta segunda-feira pela Justiça.
Ele foi identificado após ajuda de Fábio Raposo, que confessou ter
participado da ação e está preso desde o último domingo. Raposo disse
ainda que o rapaz tem um perfil violento e que eles se conheciam apenas
de outros protestos. Segundo informações da polícia, ele é morador da
Baixada Fluminense e tem duas passagens pela polícia, uma delas por ter
sido vítima de agressão em uma manifestação e a outra é por um crime de
menor potencial ofensivo.
A informação do segundo acusado foi passada pelo advogado Jonas Tadeu
Nunes, responsável pela defesa do tatuador Fábio Raposo, preso sob a
acusação de ter entregue o explosivo ao homem que acionou o artefato. O
advogado disse que conversou com uma pessoa próxima ao acusado, tentando
convencê-lo a se entregar, em vão.
De acordo com Jonas Tadeu Nunes, o tatuador — que está num presídio do
complexo de Gericinó — lhe apontou, numa rede social, uma pessoa próxima
ao suspeito. Através dela o advogado teria conseguido os dados passados
à polícia. Jonas Tadeu espera que com essa colaboração seu cliente
consiga o benefício da deleção premiada.
Através do Twitter, a presidente Dilma Rousseff determinou que a Polícia
Federal dê apoio às investigações sobre os responsáveis pela morte do
cinegrafista “para a aplicação da punição cabível”. A presidente também
condenou atos violentos nas manifestações. Em depoimento à TV Globo, a
mulher de Santiago, Arlita Andrade, pediu paz. A família doou os órgãos
do cinegrafista.
— Eu peço que essas pessoas não sejam violentas. Eu espero que esses
rapazes pensem nas mães, pensem nas famílias. Meu marido está indo
embora, podem ser outros, pode ter outra família que pode ser destruída
com isso. Que eles façam uma coisa (manifestação) pacífica, porque só
sendo pacífica a gente consegue as coisas.
extra.globo.com/casos
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