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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Delegado diz que professor morto em cerco policial em Itamonte era refém









Polícia investiga morte de professor Silmar Madeira em Itamonte (MG) (Foto: Reprodução/EPTV)
Um refém está entre os mortos no sábado (22) durante operação da Polícia Civil de São Paulo contra quadrilha especializada em explosão de caixas eletrônicos, de acordo com o Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic). O delegado Ruy Ferraz Fontes afirma que o professor Silmar Madeira, de 31 anos, morto em Itamonte (MG), no Sul de Minas, foi usado como escudo por um dos criminosos.

"Silmar era refém da situação", disse o delegado em etrevista ao G1. Ruy Ferraz, que é responsável pela Divisão de Crimes Contra o Patrimônio do Deic, ressaltou que o tiroteio ocorreu à noite, às margens de uma estrada e em uma área de matagal. "Foi um tiroteio intenso, que durou 25 minutos, uma situação de guerra. Para nós, todos eram criminosos naquele momento", disse o delegado.

Ruy disse acreditar que o tiro que matou o professor foi dado por um criminoso, porque o buraco do ferimento estava nas costas do professor. Entretanto, ele ressaltou que apenas a perícia vai definir quem foi o responsável pelo disparo.

Cerco policialCinco suspeitos foram presos e outros nove morreram no confronto com a polícia. Um dos suspeitos feridos morreu nesta segunda-feira (24). A operação policial contou com cerca de 200 policiais civis e militares de São Paulo e Minas Gerais. Eles surpreenderam uma quadrilha de 20 assaltantes no momento que eles tentavam atacar mais duas agências.

O delegado afirma que, desde o começo do ano, a quadrilha explodiu caixas eletrônicos em ao menos seis cidades do interior paulista.  A estratégia do grupo, composto por até 25 homens, chamou a atenção da polícia: ele optava por municípios com baixos índices de criminalidade e com poucos policiais.

Sempre em diversos veículos, encapuzados, com comunicadores, coletes à prova de balas e fuzis, os criminosos cercavam a cidade escolhida durante a madrugada. Parte deles seguia para a base da PM e disparava em sua direção, impossibilitando os policiais de reagirem.

Sem a polícia para intervir, outra parte dos criminosos seguia para agências bancárias. Nelas, eles instalavam dinamite roubada de pedreiras e explodiam os caixas eletrônicos. Com o dinheiro em mãos, fugiam sem ser perseguidos. "Eles apresentavam tática militar e estratégia previamente planejada", disse o delegado.

Na última quinta-feira (20), o setor de inteligência da polícia descobriu, por meio de escutas aplicadas em um dos integrantes do grupo, que o próximo alvo seria Itamonte ou Itanhandu,  em Minas Gerais. "Fomos em 45 policiais para a região e nos unimos à polícia de lá."

Os agentes fizeram uma barreira na BR-354, que passa por Itamonte, e se concentraram em pontos estratégicos. Quando a quadrilha entrou na cidade, encontrou os policiais e houve confronto. Seis suspeitos morreram. Segundo a polícia, quatro criminosos, em dois veículos, tentaram escapar pela estrada, mas encontraram a barreira formada pelos investigadores do Deic.

Em um dos carros estava o professor, mantido refém por dois assaltantes. Os criminosos dispararam na direção dos agentes, que revidaram. Um deles morreu na hora. O seu comparsa saiu do carro com o refém como o escudo. Os dois morreram em seguida.

A outra dupla que fugiu pela estrada conseguiu escapar pelo mato, mas foi localizada no domingo (23), em São José dos Campos, no Vale do Paraíba. De acordo com a polícia, Diogo de Sousa e Deusdete Pereira atiraram contra policiais. Sousa morreu e Pereira foi preso.

A identidade de outros oito suspeitos mortos ainda não foi confirmada. A polícia também prendeu Joenso Varela de Araújo, Marcis Siqueira Rubim, Tiago Aikawa Padilha e Alfredo Luís Mancini. O G1 não localizou a defesa dos suspeitos para comentar as acusações.

Ao menos cinco pessoas estão foragidas, segundo o delegado do Deic.

Testemunhas viram abordagemNa ação realizada em Itamonte, testemunhas disseram que o professor Silmar Madeira foi rendido por um dos bandidos em fuga, que tomou o carro do professor e o levou como refém.

A mãe do professor disse que, na hora do tiroteio, o filho tinha saído da casa da namorada e retornava para a cidade de Itanhandu, onde morava, que fica a 15 quilômetros. Ele deixou duas filhas, uma de 6 anos e outra de 6 meses. O corpo do professor foi sepultado na tarde de domingo.

Fonte: G1

Juazeiro do Norte-CE: Demora no recolhimento de corpo comove e revolta população

Robson Roque///(Foto: Cícero Valério/Agência Miséria)
Severino foi encontrado morto, caído em uma cerca num terreno baldio (Foto: Cícero Valério/Agência Miséria)
No final da tarde do último sábado (22), populares acionaram a polícia informando que um homem de 39 anos acabava de ter sido encontrado morto, caído em uma cerca num terreno baldio ao lado de uma residência. A cena comoveu quem a observava, contudo minutos depois tomou tons de revolta já que a vítima só foi retirada do local somente oito horas e meia depois, mesmo com o “rabecão” tendo ido até o local e chegando a não atender à ocorrência, afirmando ser de responsabilidade do Sistema de Verificação de Óbitos já que no corpo não havia nenhuma marca de violência que, por sua vez recolocou a tutela do cadáver ao IML.

O caso de Severino não é tão raro de se notar na Região do Cariri, notadamente no triângulo Crato-Juazeiro-Barbalha. Nesta última cidade está localizado o Sistema de Verificação de Óbitos (SVO), criado em julho de 2009 “para suprir as necessidades de atestar óbitos de causas naturais sem assistência médica”, de acordo com o seu diretor geral, o médico Cláudio Gleidstone de Lima.
A vítima foi retirada do local somente oito horas e meia depois de ter morrido 
(Foto: Cícero Valério/Agência Miséria)

Durante a verificação de outros óbitos muitas das vezes as famílias sofrem uma segunda dor: a de esperar para poder velar o corpo do seu ente querido. Em algumas delas a espera pode ser ainda mais demorada e dolorosa. Severino somente pôde ter o seu atestado de óbito liberado no dia seguinte do seu falecimento e na segunda vez em que esteve no SVO de Barbalha. No final, seus parentes só puderam velar seu corpo por alguns instantes, já na manhã de domingo quando foi feito o seu sepultamento no cemitério São João Batista.

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