Demontier Tenório///(Foto: Cícero Valério/Agência Miséria)
José Raniere foi morto com 10 tiros de pistola na noite de sábado (Foto: Cícero Valério/Agência Miséria)
Caiu de sete para seis o número de mortes violentas na comparação dos
dois últimos finais de semana na região do Cariri. Neste, foram três
mortes no trânsito, dois homicídios e um suicídio. Cinco corpos de
Juazeiro Jardim, Crato e Mauriti foram necropsiados no IML (Instituto
Médico Legal) de Juazeiro além de outro, cuja origem é desconhecida pelo
órgão. O outro corpo de Lavras da Mangabeira foi necropsiado no IML de
Iguatu.
O primeiro a chegar não foi identificado e seu recolhimento se deu no Hospital Regional do Cariri que não informou a procedência do mesmo que segue sem identificação no IML. Segundo informações, o corpo apresenta perfurações provavelmente à faca. Por volta das 6 horas ainda de sábado morreu no Hospital Santo Antonio de Barbalha, Damião Ferreira dos Santos, de 49 anos, que residia no Sítio Sabonete em Mauriti e foi vítima de acidente com motocicleta na sexta-feira.
Já às 20 horas de sábado o vendedor de alumínios José Raniere Reinaldo Holanda, de 32 anos, foi morto com 10 tiros de pistola perto de um bar na Rua Joaquim de Sousa Meneses (Romeirão) em Juazeiro, onde ingeria bebidas alcoólicas. Quatro homens chegaram em duas motos Hondas preta e vermelha e um deles sacou a arma. Quando a vítima notou saiu correndo, mas foi perseguida enquanto era baleado caindo a uma distância de 30 metros em relação ao local onde se encontrava e perto de sua casa.
Ultimamente, ele vivia mais em Ouricuri (PE), onde trabalhava, mas respondia por um homicídio e um porte ilegal de arma. Em meio aos disparos, Sérgio dos Santos Alves, de 32, residente na Rua Farias Brito naquele bairro, saiu lesionado no joelho e foi socorrido ao hospital. Raniere era filho do Sargento da Reserva Holanda e vinha ocasionalmente a Juazeiro rever parentes e em busca de mercadorias. Recentemente, teria confessado sobre ameaças que vinha recebendo de um amigo de infância.
No domingo mais três mortes, sendo um suicídio e duas no trânsito. Por volta das 07h30min Edmilson Amadeu de Alencar, de 33 anos, praticou o suicídio por meio de enforcamento em sua casa na Vila Frei Damião em Jardim. Ele morava sozinho e o corpo foi encontrado por seu irmão Antonio Amadeu de Alencar que tratou de avisar à polícia.
Por volta das 14 horas o auxiliar de produção Paulo Sérgio Amaro da Silva, de 26 anos, que residia na Rua Caloré (Barro Branco) em Crato, morreu em conseqüência de acidente de trânsito. Ele pilotava uma moto Yamaha YBR pela Avenida Padre Cícero no sentido Crato/Juazeiro quando perdeu o controle e subiu o canteiro central da abalroando um poste. O choque aconteceu nas imediações da Coca Cola onde esteve uma equipe do GSU do Corpo de Bombeiros que ainda o socorreu ao Hospital São Francisco de Crato, mas Paulo Sérgio morreu antes de receber atendimento.
Por volta das 20h30min, no Km 01 da BR 230, imediações do Hospital São Vicente Ferrer de Lavras da Mangabeira, foi registrada a colisão entre um Fiat Uno Mille Way de cor vermelha e placas OEU-9560, inscrição da Paraíba, e uma moto Honda CG 125 Fan igualmente vermelha e placa HXY-0684, inscrição do Ceará. Esta era pilotada pelo agricultor João Laurentino de Santana, de 41 anos, que residia na Rua José Gonçalves da Silva, 276, em Lavras, e morreu no local.
Na garupa do veículo se encontrava sua esposa Marta Martins dos Santos, de 35 anos, e uma filha do casal de 16 anos, que foram socorridas para o Hospital São Vicente no próprio Fiat que era dirigido pelo policial militar Geraldo Germano Bezerra, de 42 anos, residente na Rua Dulcinéia Maria de Oliveira (Alto da Repetidora) em Lavras. Ele abandonou o local do acidente e as mulheres foram socorridas no carro, mas sob a direção do frentista Neuzon Alves de Queiroz, de 49 anos, amigo do militar.
O primeiro a chegar não foi identificado e seu recolhimento se deu no Hospital Regional do Cariri que não informou a procedência do mesmo que segue sem identificação no IML. Segundo informações, o corpo apresenta perfurações provavelmente à faca. Por volta das 6 horas ainda de sábado morreu no Hospital Santo Antonio de Barbalha, Damião Ferreira dos Santos, de 49 anos, que residia no Sítio Sabonete em Mauriti e foi vítima de acidente com motocicleta na sexta-feira.
Já às 20 horas de sábado o vendedor de alumínios José Raniere Reinaldo Holanda, de 32 anos, foi morto com 10 tiros de pistola perto de um bar na Rua Joaquim de Sousa Meneses (Romeirão) em Juazeiro, onde ingeria bebidas alcoólicas. Quatro homens chegaram em duas motos Hondas preta e vermelha e um deles sacou a arma. Quando a vítima notou saiu correndo, mas foi perseguida enquanto era baleado caindo a uma distância de 30 metros em relação ao local onde se encontrava e perto de sua casa.
Ultimamente, ele vivia mais em Ouricuri (PE), onde trabalhava, mas respondia por um homicídio e um porte ilegal de arma. Em meio aos disparos, Sérgio dos Santos Alves, de 32, residente na Rua Farias Brito naquele bairro, saiu lesionado no joelho e foi socorrido ao hospital. Raniere era filho do Sargento da Reserva Holanda e vinha ocasionalmente a Juazeiro rever parentes e em busca de mercadorias. Recentemente, teria confessado sobre ameaças que vinha recebendo de um amigo de infância.
No domingo mais três mortes, sendo um suicídio e duas no trânsito. Por volta das 07h30min Edmilson Amadeu de Alencar, de 33 anos, praticou o suicídio por meio de enforcamento em sua casa na Vila Frei Damião em Jardim. Ele morava sozinho e o corpo foi encontrado por seu irmão Antonio Amadeu de Alencar que tratou de avisar à polícia.
Por volta das 14 horas o auxiliar de produção Paulo Sérgio Amaro da Silva, de 26 anos, que residia na Rua Caloré (Barro Branco) em Crato, morreu em conseqüência de acidente de trânsito. Ele pilotava uma moto Yamaha YBR pela Avenida Padre Cícero no sentido Crato/Juazeiro quando perdeu o controle e subiu o canteiro central da abalroando um poste. O choque aconteceu nas imediações da Coca Cola onde esteve uma equipe do GSU do Corpo de Bombeiros que ainda o socorreu ao Hospital São Francisco de Crato, mas Paulo Sérgio morreu antes de receber atendimento.
Por volta das 20h30min, no Km 01 da BR 230, imediações do Hospital São Vicente Ferrer de Lavras da Mangabeira, foi registrada a colisão entre um Fiat Uno Mille Way de cor vermelha e placas OEU-9560, inscrição da Paraíba, e uma moto Honda CG 125 Fan igualmente vermelha e placa HXY-0684, inscrição do Ceará. Esta era pilotada pelo agricultor João Laurentino de Santana, de 41 anos, que residia na Rua José Gonçalves da Silva, 276, em Lavras, e morreu no local.
Na garupa do veículo se encontrava sua esposa Marta Martins dos Santos, de 35 anos, e uma filha do casal de 16 anos, que foram socorridas para o Hospital São Vicente no próprio Fiat que era dirigido pelo policial militar Geraldo Germano Bezerra, de 42 anos, residente na Rua Dulcinéia Maria de Oliveira (Alto da Repetidora) em Lavras. Ele abandonou o local do acidente e as mulheres foram socorridas no carro, mas sob a direção do frentista Neuzon Alves de Queiroz, de 49 anos, amigo do militar.
Escutas mostram que ordem de ataques no Maranhão saiu de presídio
Em conversa gravada, preso avisa para a mãe não usar ônibus em São Luís. (Foto: Reprodução/Fantástico/TV Globo)
Escutas telefônicas gravadas com autorização da Justiça mostram que as
ordens para os ataques ocorridos no Maranhão partiram de dentro do
Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Segundo reportagem do Fantástico,
Hilton John Alves Araújo, detido após os ataques, comandou as ações após
o pedido de um preso.
A onda de ataques começou depois que uma operação da Tropa de Choque em Pedrinhas, na sexta-feira (3), buscou diminuir as mortes nas unidades prisionais do Maranhão. Até agora, quatro ônibus foram incendiados e duas delegacias foram alvo de tiros em São Luís.
A polícia fechou as saídas da cidade, e mil policias fizeram buscas por toda a capital. Ao todo, 11 pessoas suspeitas foram detidas. Entre elas, Hilton John Alves Araújo, que, segundo a polícia, comandou as ações.
Nas escutas gravadas com autorização judicial e exibidas no Fantástico deste domingo (5), Araújo conversa com um dos presos, identificado pela polícia como Jorge Henrique, que reclama da ocupação do presídio por parte da polícia e da Força Nacional de Segurança. Ele, então, ordena os ataques. "Nós tamos dando um alô geral aí pra todo mundo se organizar. Quando é mais tarde, horário daqueles ataques, novamente pra cima deles. É ônibus, é polícia, é bombeiro, é tudinho, tá ligado (sic)?".
Em seguida, segundo a polícia, Hilton John liga para a mãe dele para alertá-la. "Não vai pegar ônibus hoje nem amanhã. Vai rolar uma chacina em São Luís", diz.
O secretário da Segurança Pública do Maranhão, Aluísio Mendes, já havia dito que a ordem para os ataques partiu de presos. "O serviço de inteligência confirmou que esses ataques foram ordenados de dentro dos presídios, inclusive sabemos quem mandou e quem recebeu as ordens. Essa é, na verdade, uma resposta à moralização que estamos fazendo na segurança do sistema penitenciário", afirmou.
Quatro das cinco vítimas dos ataques a ônibus continuam internadas e três ainda correm risco de morte, entre elas a menina Ana Clara, de 6 anos, que teve 98% do corpo queimado. Ela está em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e respira com a ajuda de aparelhos. A irmã dela, Lohana, de 1 ano e meio, já está fora de perigo. O pai das meninas está inconformado.
Ajuda federal
Neste domingo, o Ministério da Justiça ofereceu ao governo do Maranhão vagas em presídios de segurança máxima para transferências de líderes das facções criminosas que estão no complexo de Pedrinhas.
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, ainda não respondeu à oferta do Executivo, o que deverá acontecer nos próximos dias. Se aceitar o auxílio federal, ela será responsável por apontar quais presos serão transferidos para outros locais.
Segundo o Ministério da Justiça, a estratégia que pode ser adotada no Maranhão já foi usada de forma eficaz anteriormente em Santa Catarina, quando foram transferidos vários presos, no início de 2012, justamente para tentar frear uma onda de violência que tomava conta do estado.
Em entrevista coletiva feita na manhã deste domingo, a cúpula da Segurança Pública do Maranhão apresentou dez suspeitos de participar dos ataques a quatro ônibus e à 9ª Delegacia de Polícia ocorridos na sexta-feira (3). No sábado (4), uma delegacia no bairro da Liberdade também foi atacada. O secretário Aluísio Mendes disse que o objetivo dos criminosos era queimar pelo menos 20 ônibus na região metropolitana de São Luís.
Sistema prisonal do Maranhão
Um relatório de inspeção sobre estabelecimentos prisionais do Maranhão, assinado pelo juiz Douglas de Melo Martins e enviado no fim do ano passado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), confirma a "precariedade do sistema prisional maranhense". O governo do estado, segundo o juiz, já recebeu várias indicações da necessidade de estruturar o sistema. O governo do Maranhão contestou parte do relatório.
Fonte: G1, com informações do Fantástico
A onda de ataques começou depois que uma operação da Tropa de Choque em Pedrinhas, na sexta-feira (3), buscou diminuir as mortes nas unidades prisionais do Maranhão. Até agora, quatro ônibus foram incendiados e duas delegacias foram alvo de tiros em São Luís.
A polícia fechou as saídas da cidade, e mil policias fizeram buscas por toda a capital. Ao todo, 11 pessoas suspeitas foram detidas. Entre elas, Hilton John Alves Araújo, que, segundo a polícia, comandou as ações.
Nas escutas gravadas com autorização judicial e exibidas no Fantástico deste domingo (5), Araújo conversa com um dos presos, identificado pela polícia como Jorge Henrique, que reclama da ocupação do presídio por parte da polícia e da Força Nacional de Segurança. Ele, então, ordena os ataques. "Nós tamos dando um alô geral aí pra todo mundo se organizar. Quando é mais tarde, horário daqueles ataques, novamente pra cima deles. É ônibus, é polícia, é bombeiro, é tudinho, tá ligado (sic)?".
Em seguida, segundo a polícia, Hilton John liga para a mãe dele para alertá-la. "Não vai pegar ônibus hoje nem amanhã. Vai rolar uma chacina em São Luís", diz.
O secretário da Segurança Pública do Maranhão, Aluísio Mendes, já havia dito que a ordem para os ataques partiu de presos. "O serviço de inteligência confirmou que esses ataques foram ordenados de dentro dos presídios, inclusive sabemos quem mandou e quem recebeu as ordens. Essa é, na verdade, uma resposta à moralização que estamos fazendo na segurança do sistema penitenciário", afirmou.
Quatro das cinco vítimas dos ataques a ônibus continuam internadas e três ainda correm risco de morte, entre elas a menina Ana Clara, de 6 anos, que teve 98% do corpo queimado. Ela está em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e respira com a ajuda de aparelhos. A irmã dela, Lohana, de 1 ano e meio, já está fora de perigo. O pai das meninas está inconformado.
Ajuda federal
Neste domingo, o Ministério da Justiça ofereceu ao governo do Maranhão vagas em presídios de segurança máxima para transferências de líderes das facções criminosas que estão no complexo de Pedrinhas.
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, ainda não respondeu à oferta do Executivo, o que deverá acontecer nos próximos dias. Se aceitar o auxílio federal, ela será responsável por apontar quais presos serão transferidos para outros locais.
Segundo o Ministério da Justiça, a estratégia que pode ser adotada no Maranhão já foi usada de forma eficaz anteriormente em Santa Catarina, quando foram transferidos vários presos, no início de 2012, justamente para tentar frear uma onda de violência que tomava conta do estado.
Em entrevista coletiva feita na manhã deste domingo, a cúpula da Segurança Pública do Maranhão apresentou dez suspeitos de participar dos ataques a quatro ônibus e à 9ª Delegacia de Polícia ocorridos na sexta-feira (3). No sábado (4), uma delegacia no bairro da Liberdade também foi atacada. O secretário Aluísio Mendes disse que o objetivo dos criminosos era queimar pelo menos 20 ônibus na região metropolitana de São Luís.
Sistema prisonal do Maranhão
Um relatório de inspeção sobre estabelecimentos prisionais do Maranhão, assinado pelo juiz Douglas de Melo Martins e enviado no fim do ano passado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), confirma a "precariedade do sistema prisional maranhense". O governo do estado, segundo o juiz, já recebeu várias indicações da necessidade de estruturar o sistema. O governo do Maranhão contestou parte do relatório.
Fonte: G1, com informações do Fantástico
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