Se você não gosta de Valesca Popozuda, ela dá o recado: “Rala, sua
mandada!”. A funkeira tá podendo com o sucesso do clipe ‘Beijinho no
ombro’, o seu primeiro na carreira solo, que em menos de 15 dias já tem
quase dois milhões de acessos no YouTube. Valesca vive três rainhas
diferentes no vídeo, e parece que ainda não tirou a coroa ou saiu do
trono depois da gravação:
— Já me sentia uma diva. Agora me sinto mais do que uma diva, mais do
que uma rainha — declara, aos risos: — Já que a música fala de inveja,
resolvemos fazer uma coisa medieval. As rainhas sempre foram muito
invejadas — comenta a funkeira, que se inspirou em divas do pop como
Beyoncé, Rihanna e Katy Perry para fazer o clipe: — Mas jamais serei
cantora pop. Não digo nem que criei raízes com o funk. Eu enterrei os
meus pés nele. Nunca vou deixar de ser funkeira.
A terceira rainha é a que mais chama atenção, por estar ao lado de uma
tigresa (“É o amuleto da rainha”) e uma águia (“Representa os olhos de
águia da rainha, que vê tudo”). Valesca viajou até São Paulo só para
gravar as cenas com os animais, que são domesticados. O restante do
clipe foi filmado no Castelo de Itaipava, em Petrópolis.
— Cheguei no sítio em São Paulo dois dias antes, para saber lidar com os
animais. Mas em nenhum momento fiquei com medo. Tenho muito mais medo
de gente do que de bicho — dispara.
Todo o luxo do clipe custou R$ 1 milhão. Com tanto sucesso e a agenda de
shows lotada, essa grana não vai demorar a voltar para a loura e seu
empresário (Leandro Pardal, um dos autores de ‘Beijinho no ombro”).
— Ainda não deu pra recuperar. Mas até o meio do ano acho que a gente consegue — acredita a popozuda.
O nome da música já virou gíria. Valesca, porém, garante que não tá mandando beijinho no ombro para as recalcadas.
— A música é só uma forma de expressão. Todo mundo lida com a inveja e o
recalque na vida. Mas beijinho no ombro pode ser uma coisa boa também, e
gostaria de mandar um para os meus “popofãs”.
extra.globo.com/tv-
Tráfico expulsa três policiais de casa, em favela de Mesquita
O terror começou no último fim de semana. Foi quando traficantes do
morro da Caixa d’Água, em Mesquita, passaram a ameaçar três PMs que
moram na comunidade. E na porta de casa. Segundo o relato dos policiais,
que não quiseram se identificar, os bandidos chegavam na parte da
noite, armados de pistolas e fuzis, e montavam guarda em frente às casas
dos PMs. Temendo por suas vidas e de suas famílias, eles deixaram os
imóveis no início desta semana.
— Os traficantes passaram as madrugadas de sábado e domingo na porta de
nossas casas. É uma intimidação que assusta e indigna muito. Minha
mulher está grávida de oito meses e não posso arriscar. Tive que sair de
lá — disse um soldado, de 29 anos, que saiu de casa na segunda-feira.
No dia seguinte, foi a vez de um sargento ir com a família para a casa
de parentes, fora da Caixa d’Água, onde nasceu e foi criado.
— Meus filhos não conseguem mais dormir, estão todos atordoados. Esta
situação é um absurdo e chega a ser vergonhosa. Não quero ter que deixar
a minha casa de vez — revelou o sargento que está na corporação há
cerca de 12 anos.
Os PMs não chegaram a ser abordados por traficantes, mas seus parentes,
sim. Foi por meio deles e de vizinhos que as ameaças chegaram.
— São piadas como: “avisa para ele sair, senão vai ser morto” e “é a
gente é que manda agora aqui”. Os vizinhos nos ligam a todo momento para
avisar que estão rondando nossa casa. Todos estão aterrorizados — conta
um dos policiais.
Bandidos do Rio se instalaram nos morros
Segundo os policiais ameaçados, os traficantes que estão impondo terror
nos Morros da Coreia e da Caixa d'Água vieram do Chapadão, em Costa
Barros; da Chatuba, em Mesquita; e do Complexo do Lins, no Méier. As
duas últimas regiões foram ocupadas pela PM.
Nesta quarta-feira, os policiais procuraram ajuda no 20 BPM (Mesquita),
que fez uma operação no Morro da Caixa d'Água no mesmo dia. Wellington
dos Passos Aniceto, de 27 anos, foi preso e identificado como um dos
autores das ameaças. Segundo o major Roberto Dantas, subcomandante do
batalhão, as operações nas duas comunidades serão diárias:
- Até que possamos desbaratar o tráfico e dar segurança para esses policiais voltarem para suas casas.
Já o delegado Júlio da Silva Filho, da 53 DP (Mesquita), informou que
abriu inquérito para identificar os autores das ameaças. Ainda de acordo
com o delegado, já há uma investigação em curso para apurar o tráfico
de drogas na região.
/extra.globo.com/
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