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sábado, 11 de janeiro de 2014

CEARÁ REGISTROU UM HOMICÍDIO A CADA DUAS HORAS EM 2013


A cada duas horas, uma pessoa foi assassinada no Ceará em 2013. O ano terminou com uma média de 12 casos de morte violenta por dia. Em números absolutos, o Estado registrou 4.462 crimes violentos letais intencionais (CVLI). Os dados incluem os homicídios, lesões seguidas de morte e latrocínio (roubo seguido de morte).
O balanço final foi divulgado na tarde de ontem, pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Até então, os números de dezembro, em sua totalidade, ainda não haviam sido divulgados. Na ocasião, também foram apresentados os números de 2012, também no formato de CVLI. Comparando os dois anos, houve aumento de 19,5% na quantidade de casos. Em 2012, ocorreram 3.735 mortes violentas.

Durante entrevista coletiva, contudo, o secretário Servilho Paiva preferiu destacar que os números de CVLI apresentaram três quedas consecutivas ao longo dos meses em que responde pela pasta. “Os números estavam crescendo 4,5% a cada mês. Mas, em outubro, começamos a descer. Tivemos três quedas nos últimos meses”, enfatizou.
Fortaleza
Na Capital, o crescimento foi de 18,4% na quantidade de assassinatos. Em 2013, Fortaleza registrou 2.017 casos de CVLI. Sozinha, a cidade responde por 45,2% do total de mortes violentas do Estado, seguida pela Região Metropolitana, com 942 ocorrências (21,1% do total).
O professor César Barreira, coordenador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV) da Universidade Federal do Ceará (UFC), aponta a necessidade de uma “medida sistemática” para conter os homicídios. “Não vamos ter redução (dos homicídios) a curto prazo. No mínimo, a médio ou longo prazos”, opina o professor. “A questão dos homicídios é delicada para ser resolvida tão rapidamente. Podemos ter solução rápida em caso de assaltos e roubos. Este tipo de delito pode ter resultados mais imediatos”, diz ele.
Ainda segundo César, a prática de homicídios se deve a duas grandes causas: a circulação de armas de fogo e o tráfico de drogas. “Enquanto não reverterem esses problemas, não vamos ter diminuição nas taxas de homicídio”, avalia. No ano passado, 6.124 armas de fogo foram apreendidas no Estado, apenas 124 a mais que em 2012. Já a apreensão de drogas subiu para 3,2 toneladas. O crescimento foi de 56% comparado com 2012.
Saiba mais
Casos de Crime Violento contra o Patrimônio também aumentaram. Em 2013, foram registradas 51.414 ocorrências de roubo, exceto latrocínio. Numa comparação com 2012 (48.830 casos), o crescimento foi de 5,3%.
Fortaleza concentrou 72,9% do total dos roubos. Somente na Capital, 37.474 ocorrências foram registradas. Os números se mantiveram praticamente os mesmos, se comparados ao ano anterior, quando houve 37.215 casos.
A exemplo dos casos de CVLI, nos três últimos meses de 2013, as ocorrências de roubo também sofreram queda.
As premiações a serem pagas aos policiais deverão ser repassadas conforme as metas forem batidas em três esferas: área (40% do valor total do prêmio), território (30% do total) e Estado (30% do total).
A premiação por área corresponde à meta traçada por AIS. Já a premiação por território ocorrerá sempre que as regiões Norte, Sul, Capital e Região Metropolitana forem batidas. Já a terceira parcela será paga caso o Estado todo bata a meta.

Fonte: O Povo

PRESO FORAGIDO AMEAÇA EXPLODIR RÁDIO E FAZ DESABAFO AO VIVO

Após fuga de presos no município de Morada Nova, a 168 quilômetros de Fortaleza, um dos foragidos ameaçou explodir uma rádio local, além de atirar em um radialista. Na ocasião, o homem que se dizia fugitivo telefonou para a Caiçara FM e pediu para entrar ao vivo durante a programação da rádio, o que aconteceu. Após realizar ameaças no ar, o preso fez um desabafo sobre o sistema carcerário.
Atendimento médico
O assunto se voltou para os problemas de estrutura dos presídios, principalmente em relação ao atendimento médico. “A gente só faltava morrer de doente. Num vem uma viatura levar a gente para os hospitais. Todo mundo morrendo, gritando, batendo no portão e nenhuma viatura vem. Mas quando é para prender a gente no meio da rua, aparece bem 20”, enfatizou.

Segundo ele, seriam necessário enfermeiros e ambulâncias disponíveis para consultar os presidiários. “Para vir uma viatura, tem que fazer maior rebelião do mundo. E quando vem, ainda vem xingando os presos, a gente é ser humano! Tem gente que vai é morrer. Quando passa rádio para a polícia vir, eles estão sempre almoçando, jantando, passeando ou namorando. Esses policiais do Ronda [do Quarteirão] só servem para namorar nas praças”, ressaltou.
Renato Guimarães lia o plantão policial da Rádio Caiçara, em que constava os nomes dos presos foragidos daquele dia, quando atendeu ao telefonema. “Eu quero só informar que eu vou explodir a sua rádio com tudo dentro. Vou explodir você e quem tiver aí dentro”, avisou. Além disso, ainda alertou Renato de que ele tomasse cuidado ao sair da rádio com a “ponto 40 para não estralar”.
O radialista engatou uma conversa, tentando explicar sobre o serviço que realizava na rádio. “Você tem que falar é dos prefeitos, que não estão fazendo nada. Dos prefeitos, desses secretários que não estão fazendo porra nenhuma pela população. E tem um bocado de gente que está com cadeia paga e o juiz não quer soltar, viu? (sic)”, destacou o preso.
Foi quando o homem que se disse foragido mudou o tom de ameaça para de desabafo e pediu uma “força”. Ele reclamou principalmente da quantidade de presos que já responderam por seus crimes, mas que a Justiça não libera. “Esses juízes tem que ter uma caridade no coração, porque aqui tem muita gente boa”. 
Sistema carcerário
Lotação dos presídios também foi um tema abordado. O foragido entrevistado revelou que nunca foi ouvido por ninguém, apenas preso. “Num chega papel, num chegava nada. Ninguém dizia nada. Só faz jogar a gente aqui e pronto”. O caso aconteceu na última segunda-feira (6), mas só foi divulgado nesta quinta-feira (9) para a Tribuna Band News FM.
Fonte: Tribuna do Ceará

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