Durante o carnaval, Heliana Thiesen, de 19 anos, tentou pegar um trem em Porto Alegre usando top de renda e legging e foi impedida por funcionário.
Heliane Thiesen (Foto: Wesley Costa / AgNews)
No melhor estilo Geisy Arruda - que foi expulsa da faculdade que cursava em 2009, por usar um vestido considerado curto e ousado demais -, uma dançarina gaúcha passou por drama parecido.
Heliana Thiesen, de 19 anos, moradora de Estância Velha, no Rio Grande do Sul, foi impedida de entrar em um trem em Porto Alegre por causa da roupa que usava. A moça deixava a casa do namorado após ter pulado carnaval na segunda-feira, 16, de fevereiro, e ia para a casa da mãe. Vestindo um top de renda e uma calça legging, Heliana fazia um trajeto costumeiro. Comprou o bilhete de trem na 'Estação Rodoviária' rumo a estação 'Novo Hamburgo', desceu as escadas e tentou passar pela catraca. Neste momento foi abordada por um funcionário que a impediu de entrar no vagão alegando que estava trajando roupas íntimas.
Heliana Thiesen, de 19 anos, moradora de Estância Velha, no Rio Grande do Sul, foi impedida de entrar em um trem em Porto Alegre por causa da roupa que usava. A moça deixava a casa do namorado após ter pulado carnaval na segunda-feira, 16, de fevereiro, e ia para a casa da mãe. Vestindo um top de renda e uma calça legging, Heliana fazia um trajeto costumeiro. Comprou o bilhete de trem na 'Estação Rodoviária' rumo a estação 'Novo Hamburgo', desceu as escadas e tentou passar pela catraca. Neste momento foi abordada por um funcionário que a impediu de entrar no vagão alegando que estava trajando roupas íntimas.
"Ele falou que eu não poderia entrar de forma alguma porque embora fosse
carnaval não era traje adequado pra entrar no transporte público. Ele
disse que eu estava usando um sutiã e eu falei: 'Mas isso não é uma
roupa íntima, é um top que uso sempre'. Mas ele falou que se eu não
trocasse, não entraria".
Depois de argumentar, Heliana entrou em desespero e, chorando, ligou
para o namorado, que chegou ao local com a polícia e a imprensa, mas
ainda assim os funcionários do local não cederam. "O cara virou para o
meu namorado e falou: 'Já falei com ela. Se ela trocar de roupa,
embarca; do contrário, não'. Eles apontaram o dedo para o meu namorado,
criaram uma confusão", conta Heliana. No mesmo dia, um pouco mais tarde,
segundo a dançarina, um outro funcionário se desculpou pela confusão e
ela acabou conseguindo seguir seu destino. "O primeiro funcionário sumiu
e o segundo disse que não tinha problema eu embarcar", contou ela.
Heliane Thiesen com a roupa que usava no dia da
confusão (Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação)
confusão (Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação)
Mesmo assim, no dia seguinte, Heliana resolveu fazer um teste e tentou novamente embarcar com a mesma roupa polêmica.
"Neste dia um terceiro funcionário me barrou de novo e disse que se eu
quisesse a TrensUrb me daria uma camiseta. Eu disse a ele que
desconhecia que tinha que ter uma camiseta para entrar no trem", relata
ela, que deu queixa na delegacia de Instância Velha.
De lá para cá, a vida de Heliane virou de cabeça para baixo. Ela diz que
os advogados estão pensando se vão ou não processar a TrensUrb,
responsável por administrar os trens no Rio Grande do Sul, e que luta
contra a discriminação. "Estou tentando mostar que não é a questão de
entrar de top ou sutiã, a questão é o preconceito. Eu chamo a atenção,
tenho o porte grande. Não estava aparecendo nada demais. Embora a roupa
fosse provocante, não desrepeitava ninguém. Se eu colocar uma bermuda e
outra menina menor, mais magrinha, colocar a mesma bermuda tem bastante
diferença. As pessoas sempre olham com maldade", diz.
Heliane é dançarina, trabalha como tequileira e também em algumas festas
de aniversário. Ela diz que teve o apoio da família. "Minha mãe me
apoia muito, ela já presenciou esse preconceito por eu estar de
shortinho ou roupa do tipo. Não tenho silicone, meu pai é todo grandão
assim, puxei a família dele, é genético. Espero que as pessoas possam
ter um olhar diferente. As pessoas têm que respeitar os nossos direitos,
independente do que for, se me sinto bem vestindo uma roupa, não me
interessa a opinião dos outros".
Apoio de Geisy Arruda
Depois do episódio, Heliane conheceu Geisy Arruda, de quem recebeu apoio. Ela compara o que aconteceu no trem ao ocorrido na Uniban, em 2009. "Acredito que indepente de que origem é discriminação. Chegaram a comparar o que aconteceu com ela e comigo. Não sei se é parecido. Sei que não tem lei que me proíba de usar a roupa que me faça bem. Tem gente que acha que a roupa que uma pessoa usa dá o direito de molestar esta pessoa, mas não dá. A Geisy me falou que usaria o top. Talvez não pra pegar o trem, mas usaria. O que vale ressaltar é que eu estava pulando carnaval", desabafa Heliana.
Depois do episódio, Heliane conheceu Geisy Arruda, de quem recebeu apoio. Ela compara o que aconteceu no trem ao ocorrido na Uniban, em 2009. "Acredito que indepente de que origem é discriminação. Chegaram a comparar o que aconteceu com ela e comigo. Não sei se é parecido. Sei que não tem lei que me proíba de usar a roupa que me faça bem. Tem gente que acha que a roupa que uma pessoa usa dá o direito de molestar esta pessoa, mas não dá. A Geisy me falou que usaria o top. Talvez não pra pegar o trem, mas usaria. O que vale ressaltar é que eu estava pulando carnaval", desabafa Heliana.
Mesmo com o apoio do namorado e dos familiares, Heliane se diz perplexa
com o que aconteceu. "Nunca imaginei passar por isso! Fiquei muito
nervosa, bastante chocada. Chorei porque você chega a um ponto que não
sabe mais o que pensar, embora você tenha apoio é muita gente apontando o
dedo. Tem gente que fala que é para aparecer, mas as pessoas não me
conhecem. As pessoas apontam, comentam, perguntam. Algumas para
crirticar, outras para elogiar. Quero que as pessoas tirem uma lição
disso tudo. A discussão em questão não é o top, é o preconceito".
Procurada pelo EGO, a TrensUrb não retornou as ligações para comentar o incidente.
Heliane Thiesen (Foto: Wesley Costa / AgNews)
Heliane Thiesen (Foto: Wesley Costa / AgNews)
Ceará é atingido por mais de 2 mil raios
Só em 2015, a Coelce já contabiliza 14.184 raios em todo o Estado |
O Sistema de Monitoramento de Descargas Atmosféricas, da Companhia Energética do Ceará (Coelce), registrou a queda de 2.479 raios em todo o Ceará, entre o último sábado (21) e a manhã desta segunda-feira (23).
Os municípios com o maior número de incidências, conforme os dados da Coelce, foram Canindé (215),Paramoti (199) e Sobral (143). EmFortaleza apenas um raio foi registrado. No boletim da Companhia não há registros de danos causados pelos raios. Só em 2015 a Coelce já contabiliza 14.184 raios em todo o Estado. No Ceará, o município com maior incidência de raios foi Quixeré, contabilizando um total de 538 raios, seguido de Granja, que somou 485 descargas, e Canindé, com 444. No ano passado foram registradas 153.470 descargas atmosféricas em todo o Estado. Sendo Granja a cidade com o maior número de raios, com 9.530. Chuvas Até a manhã de hoje (23), choveu em 134 municípios cearenses, conforme boletim da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). A maior precipitação foi registrada em Independência (72,5mm) no Sertão de Crateús. Já no Sertão Central, a maior chuva ocorreu em Deputado Irapuan Pinheiro(55mm), seguido de Solonópole (52mm), Pedra Branca (45mm) e Madalena(44,8mm). Em Fortaleza, foram registrados 42 milímetros. Ainda segundo a Funceme, as chuvas devem continuar no Interior do Ceará até a próxima quarta-feira (25). Confira os cuidados dentro de casa durante tempestades: - Evitar o uso do celular, secador de cabelo e ferro elétrico conectados à tomada; - Evitar uso de chuveiro ou torneira elétrica; - Evitar consertos de instalações elétricas; - Se possível, permanecer dentro de casa enquanto a tempestade durar. Cuidados fora de casa durante tempestade: - Evitar contato com objetos metálicos, como cercas de arame, tubos metálicos e principalmente linhas telefônicas ou elétricas; - Evitar estar em locais como campos abertos, piscinas, lagos, praias, árvores isoladas, postes e locais elevados. Diário do Nordeste |
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