O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou a distribuição de convites para o ato em memória às manifestações golpistas de 8 de janeiro.
Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado Federal, foram convidados, mas ainda não confirmaram presença. Também foram convidados os possíveis próximos presidentes das duas Casas: David Alcolumbre (União Brasil-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB).
O convite surge em meio a uma crescente fricção entre os poderes, alimentada pela disputa em torno das emendas parlamentares e pelo debate sobre o PL da Anistia, que beneficiaria presos das manifestações de 8 de janeiro, gerando um contraponto entre governo e oposição.
A proposta está parada na Câmara dos Deputados à espera da instalação de uma Comissão Especial. A saída foi oferecida por Lira como uma forma de evitar que o tema atrapalhasse as articulações para a sucessão na presidência da Câmara.
Desta vez, a cerimônia será no Palácio do Planalto, diferentemente do ano passado, quando o evento nomeado “Democracia Inabalada” ocorreu no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal.
Na ocasião, diversos governadores e congressistas da oposição optaram por não participar do ato.
Para 2025, o presidente convidou as cúpulas dos três poderes e líderes partidários no Congresso, além de exigir a presença de todos os ministros do governo.
O evento ocorrerá sob novos desdobramentos, incluindo a expectativa sobre possíveis denúncias contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), militares e ex-ministros, a serem oferecidas pelo Procurador-Geral da República, Paulo Gonet Branco, além do recente atentado a bomba em frente ao STF.
Por Tainá Falcão/CNN