O velório de Raphael aconteceu na casa da avó do jovem, em Messejana, lugar onde ele nasceu e cresceu (Foto: Iana Soares)
Foi no fim de semana mais violento do ano em Fortaleza e Região
Metropolitana que Raphael Lopes, 27, não resistiu à bala algoz de sua
vida. Na volta para casa após um luau em Aquiraz na madrugada de ontem, o
carro onde o jovem estava com quatro amigos foi interceptado por
bandidos no Conjunto São Miguel, território historicamente assolado pelo
conflito de gangues.
Uma barricada de pedras era o prelúdio do assalto, não concretizado porque o motorista transpôs o obstáculo e acelerou em fuga. No revide dos bandidos, oito projéteis acertaram o veículo. Um deles passou de raspão em Raphael. Outro acertou-lhe o peito. Da 0 hora de sexta-feira, 21, às 18 horas de ontem, mais 38 pessoas haviam morrido pelo uso de armas de fogo na Capital e cidades adjacentes. Contabilizados outros tipos de óbito, o total vai a 67. E tende a aumentar, quado consideradas as ocorrências registradas nas seis horas restantes do dia.
O POVO chegou aos números acessando relatórios da Secretaria Estadual da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) publicados na Internet e ouvindo fontes da Perícia Forense do Ceará (Pefoce). Os 39 óbitos à bala fazem os últimos três dias mais violentos até do que o fim de semana do Carnaval, quando as mortes por arma de fogo foram 23 na Região.
Conforme O POVO mostrou em reportagem especial no último dia 17, armas de fogo foram os vetores de 83% das 772 mortes violentas do Ceará acontecidas entre janeiro e fevereiro deste ano. E as vítimas preferenciais tinham justamente o perfil de Raphael. Eram homens, jovens e moradores de periferia. “Ele era 100%! Com ele, não tinha tempo ruim. Quando a pessoa é direita, você nunca pensa que vai acontecer isso, né?”, lamentou o representante comercial Luís Sampaio, 38. A amizade entre ele e Raphael durou 12 anos.
A família era só silêncio no velório montado na sala da casa da avó, Elvira, lugar onde Raphael nasceu e se fez gente. A casa dista duas quadras de onde ele morava com os pais. E fica a 1,5 quilômetro do local onde o tiro atingiu-o sem chance de socorro no Frotinha de Messejana.
Vizinhos e amigos eram inconformismo. E a boa lembrança de um jovem que chegou a cursar o ensino superior, trabalhava num depósito de bebidas e tinha planos de mudar de emprego muito em breve. “Ele era um menino calmo. Não gostava de confusão. Era alegre e brincalhão. Uma pessoa como ele é difícil de encontrar hoje em dia. Ainda não estou acreditando”, declarou a serviços gerais e amiga da família Neide Pinheiro, 45.
InvestigaçãoAté o fechamento da matéria, ninguém havia sido preso pela morte de Raphael. E a Polícia ainda não tinha pistas dos assassinos. O inquérito policial foi instaurado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e as investigações serão retomadas hoje.
Raphael Lopes foi enterrado ainda ontem, no cemitério Memorial Fortaleza. O sepultamento ocorreu minutos após uma vizinha dele explicar ao filho pequeno, no colo, que o jovem fora “para a vida eterna.”
“Ele morreu?”, questionou o garoto. “Morreu. Foi gente ruim, sem coração, que fez isso”. “A senhora tem bom coração, mãe?”. “Acho que tenho. E você também. A gente tem que amar. Tem que amar, viu?”, arrematou. Porque tragédias nos permitem lições.
Fonte: O Povo
Uma barricada de pedras era o prelúdio do assalto, não concretizado porque o motorista transpôs o obstáculo e acelerou em fuga. No revide dos bandidos, oito projéteis acertaram o veículo. Um deles passou de raspão em Raphael. Outro acertou-lhe o peito. Da 0 hora de sexta-feira, 21, às 18 horas de ontem, mais 38 pessoas haviam morrido pelo uso de armas de fogo na Capital e cidades adjacentes. Contabilizados outros tipos de óbito, o total vai a 67. E tende a aumentar, quado consideradas as ocorrências registradas nas seis horas restantes do dia.
O POVO chegou aos números acessando relatórios da Secretaria Estadual da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) publicados na Internet e ouvindo fontes da Perícia Forense do Ceará (Pefoce). Os 39 óbitos à bala fazem os últimos três dias mais violentos até do que o fim de semana do Carnaval, quando as mortes por arma de fogo foram 23 na Região.
Conforme O POVO mostrou em reportagem especial no último dia 17, armas de fogo foram os vetores de 83% das 772 mortes violentas do Ceará acontecidas entre janeiro e fevereiro deste ano. E as vítimas preferenciais tinham justamente o perfil de Raphael. Eram homens, jovens e moradores de periferia. “Ele era 100%! Com ele, não tinha tempo ruim. Quando a pessoa é direita, você nunca pensa que vai acontecer isso, né?”, lamentou o representante comercial Luís Sampaio, 38. A amizade entre ele e Raphael durou 12 anos.
A família era só silêncio no velório montado na sala da casa da avó, Elvira, lugar onde Raphael nasceu e se fez gente. A casa dista duas quadras de onde ele morava com os pais. E fica a 1,5 quilômetro do local onde o tiro atingiu-o sem chance de socorro no Frotinha de Messejana.
Vizinhos e amigos eram inconformismo. E a boa lembrança de um jovem que chegou a cursar o ensino superior, trabalhava num depósito de bebidas e tinha planos de mudar de emprego muito em breve. “Ele era um menino calmo. Não gostava de confusão. Era alegre e brincalhão. Uma pessoa como ele é difícil de encontrar hoje em dia. Ainda não estou acreditando”, declarou a serviços gerais e amiga da família Neide Pinheiro, 45.
InvestigaçãoAté o fechamento da matéria, ninguém havia sido preso pela morte de Raphael. E a Polícia ainda não tinha pistas dos assassinos. O inquérito policial foi instaurado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e as investigações serão retomadas hoje.
Raphael Lopes foi enterrado ainda ontem, no cemitério Memorial Fortaleza. O sepultamento ocorreu minutos após uma vizinha dele explicar ao filho pequeno, no colo, que o jovem fora “para a vida eterna.”
“Ele morreu?”, questionou o garoto. “Morreu. Foi gente ruim, sem coração, que fez isso”. “A senhora tem bom coração, mãe?”. “Acho que tenho. E você também. A gente tem que amar. Tem que amar, viu?”, arrematou. Porque tragédias nos permitem lições.
Fonte: O Povo
Justiça condena Celso Freitas a pagar multa à Globo por contrato
Contratado há quase dez anos da Record, onde apresenta o "Jornal da
Record", o jornalista Celso Freitas foi condenado a pagar uma multa para
a sua antiga emissora, a Globo, onde apresentou os principais jornais
da emissora.
Segundo condenação deferida pelo Tribunal de Justiça do Trabalho no Rio de Janeiro, o apresentador terá que pagar a multa contratual do contrato que quebrou com a rede carioca.
O valor é de cerca de 600 mil reais, equivalente a cerca de 45 dias de contrato que ainda tinha com a Globo, quando resolveu sair de lá para assumir o "Domingo Espetacular", em 2004.
Celso, porém, se recusou a pagar e a Globo o processou. A decisão ainda cabe instância no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde, procurado, o apresentador disse que irá recorrer, já que acredita que não precisa pagar mais nada. Nestes 10 anos de Record, Celso comandou, além do "Jornal da Record" e o "Domingo Espetacular", o "Repórter Record".
No "JR" desde 2006, atualmente, o jornal marca médias entre 7 e 9 pontos no Ibope, fazendo uma dobradinha de sucesso com o "Cidade Alerta", de Marcelo Rezende.
Fonte: Na Telinha
Segundo condenação deferida pelo Tribunal de Justiça do Trabalho no Rio de Janeiro, o apresentador terá que pagar a multa contratual do contrato que quebrou com a rede carioca.
O valor é de cerca de 600 mil reais, equivalente a cerca de 45 dias de contrato que ainda tinha com a Globo, quando resolveu sair de lá para assumir o "Domingo Espetacular", em 2004.
Celso, porém, se recusou a pagar e a Globo o processou. A decisão ainda cabe instância no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde, procurado, o apresentador disse que irá recorrer, já que acredita que não precisa pagar mais nada. Nestes 10 anos de Record, Celso comandou, além do "Jornal da Record" e o "Domingo Espetacular", o "Repórter Record".
No "JR" desde 2006, atualmente, o jornal marca médias entre 7 e 9 pontos no Ibope, fazendo uma dobradinha de sucesso com o "Cidade Alerta", de Marcelo Rezende.
Fonte: Na Telinha
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