Hans Miller Moreno, de 34 anos, contou que sequestrador pediu para fechar as cortinas e que os policiais viram os bilhetes entre a cortina e o vidro.
Uma das vítimas do sequestro a um ônibus, na ponte Rio-Niterói, contou em entrevista que escreveu bilhetes e colocou nos vidros para alertar os policiais nesta terça-feira (20).
Hans Miller escreveu bilhetes para policiais
MARCIO DOLZAN/ESTADÃO CONTEÚDO - 20.08.2019
Segundo Hans Miller Moreno, que é professor de geografia, o suspeito pediu comunicação com um rádio e que uma das passageiras escrevesse de batom no vidro o número ou a frequência do rádio para polícia entrar em contato e negociar, além disso pediu que fechassem as cortinas.
"Coloquei os bilhetes entre a cortina e o vidro sem ele ver, aproveitava os momentos em que estava de costas."
Ele afirmou também que o homem repetia que não queria os pertences das vítimas nem machucar ninguém, só queria entrar para história e que iriam ter muito para contar depois.
Hans contou em detalhes como os passageiros foram amarrados dentro do veículo e a gasolina colocada no teto.
"Uma passageira foi colocando em todos os outros braçadeiras de plástico mas consegui me soltar e trocar mensagens com meus familiares. Ele também pediu para ela passar barbantes pelo teto do ônibus e depois colocar os copos feitos com fundo de garrafa pet finalizando com a gasolina".
De acordo com ele, o sequestrador permitiu a comunicação deles com os familiares e que entrassem em contato com a polícia.
"Primeiro tranquilizava minha esposa, irmã e amigos, mas falava que o ônibus estava sendo sequestrado. Não dava pra falar muito, mas a ideia a princípio era tranquilizar. E ele queria isso, que a gente ligasse para a polícia."
"Depois de um bom tempo ele falou em R$ 30 mil, deu para ouvir isso, mas disse que não queria dinheiro das vítimas e sim do Estado", concluiu Hans.
O sequestrador foi atingido por um atirador de elite do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) enquanto arremessava um objeto para os negociadores. O homem não resistiu aos ferimentos e morreu, segundo informação do porta-voz da Polícia Militar, coronel Mauro Fliess.
Os reféns foram levados no início da tarde de terça-feria para a DHNSGI (Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí) para prestar depoimento.
Fonte: R7
*Sob supervisão de PH Rosa
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