O corpo de Maria Esther Farias Campelo, de 1 ano e 10 meses, foi encontrado em um matagal, próximo a Estrada dos Macacos, em Pacatuba, nesta quarta-feira (22). A criança foi morta a pauladas pela própria mãe e pelo padrasto dentro de casa, no bairro Canindezinho, em Fortaleza. O choro dela teria sido a motivação do crime.
Em entrevista ao programa Barra Pesada, a irmã de Franciel de Macedo, um dos suspeitos, disse que a menina ficou pelo menos 10 horas em casa após ser morta, e foi banhada e perfumada.
A avó da menina, Raimunda Farias, e mãe de Ana Cristina, suspeita, foi ao IML (Instituto Médico Legal) na manhã desta quinta-feira (22), para liberação do corpo da neta.
Após cometer o crime, o casal que estava junto há cerca de quatro meses seguiu a rotina. Enquanto Franciel teria saído para trabalhar, a companheira e mãe da menina, Ana Cristina, teria banhado e arrumado o corpo de Maria Esther, que permaneceu sem vida por cerca de 10 horas na residência, após ser morta a pauladas ainda na madrugada de terça-feira.
“O policial falou: ele é um louco. Ele matou a criança a paulada com ajuda da mãe. A gente não sabia, ela não pôs mais a cara depois que isso aconteceu. Não tinha como imaginar. Só que uma policial lá disse que a criança estava toda arrumadinha, de sapatinho, de tiara e bem perfumada. Acho que botaram bastante perfume nela para ninguém sentir o cheirinho. Porque, com certeza, já estava com cheiro. Ela bem perfumada e enrolada numa manta”, conta a irmã do suspeito, Franciele de Macedo.
Francial conheceu Ana Cristina através de uma rede social. Os dois moravam no local há cerca de quatro meses. Após tirar a vida da criança, eles saíram pela rua de bicicleta, normalmente, levando a bebê enrolada, onde abandonaram o corpo da menina.
Entenda o caso
Na tarde desta terça-feira (20), o casal registrou um Boletim de Ocorrências, afirmando que Maria Esther teria sido raptado por um casal que estava em um carro preto, modelo Fox, enquanto a família estava passando de bicicleta pela Estrada dos Macacos, no bairro Pajuçara, entre os municípios de Pacatuba e Maracanaú.
Após os policiais ouvirem familiares e vizinhos e analisarem câmeras de monitoramento, Ana Cristina e Franciel se tornaram suspeitos. Nas imagens de câmeras por onde o casal passou de bicicleta, os agentes perceberam que a criança, carregada nos braços da mãe, estava imóvel. A suspeita de que a menina estava sendo carregada morta então surgiu.
Motivo
Para o delegado, o crime não foi premeditado, mas o casal não parecia ter interesse em criar a menina. “Não podemos garantir que houve uma premeditação. O que podemos dizer é que essa criança era rejeitada no âmbito familiar”.
O delegado disse, ainda, que Ana Cristina não queria desagradar seu atual companheiro com uma criança de outro relacionamento. Ela também estaria grávida de três meses. Além disso, Maria Esther era epiléptica e carecia de mais cuidado e atenção.
Com informações Tribuna do Ceará
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