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quinta-feira, 3 de julho de 2014

Em 6 meses, PM e Força Nacional reduzem 40% das mortes em Pedrinhas (MA)










Detentos de Pedrinhas, em São Luís, dizem que não são "bicho" e reclamam de "humilhação" (Foto: Beto Macário/UOL)
A presença da PM (Polícia Militar) e da Força Nacional de Segurança Pública na segurança interna dos presídios do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, localizado em São Luís, reduziu em 40% as mortes de presos neste ano.

No primeiro semestre de 2014, o complexo de Pedrinhas registrou nove mortes de internos. No mesmo período de 2013, ocorreram 16 mortes de presos.

O Complexo Penitenciário de Pedrinhas foi classificado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) como "extremamente violento" e "sem condições de manter a integridade física dos presos". Em uma das rebeliões ocorridas em dezembro quatro foram assassinados, sendo três deles decapitados.

Todo o sistema prisional do Maranhão já registrou as mortes de 19 internos em 2014, segundo dados contabilizados até a última terça-feira (1º). O Complexo Penitenciário de Pedrinhas, que reúne seis presídios, lidera esse número, com 11 mortes. Em 2013, o Maranhão registrou 60 assassinatos de presos.

Nesta semana, o clima no Complexo Penitenciário de Pedrinhas voltou a ficar tenso. Em 48 horas, Pedrinhas registrou três mortes de presos, todas por enforcamento, e um deles ainda foi espancado.

A mais recente morte ocorreu na noite dessa terça-feira (1º) no Centro de Triagem. O preso Jarlyson Belfort Cutrim, 21, foi encontrado enforcado no "gaiolão", espécie de cela provisória onde chão é cercado por grades e o teto também é gradeado. No mesmo local, o preso Fábio Robert Costa Pereira, 29, também apareceu enforcado na segunda-feira (30).

A outra morte ocorreu na CCPJ de Pedrinhas. O preso Jhonatan da Silva Luz, 20, foi encontrado morto com sinais de enforcamento e espancamento, após o horário das visitas, na segunda-feira.

O Comitê Gestor de Ações Integradas informou que os laudos das duas últimas mortes no Centro de Triagem apontaram suicídio. Já o laudo da morte na CCPJ apontou homicídio.

Advogados da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos visitaram a CCPJ de Pedrinhas e o Centro de Triagem de Pedrinhas, nesta quarta-feira (2), para ouvir os presos e observar o clima nas unidades prisionais. Os internos do bloco D, onde Luz foi assassinado, não quiseram conversar com os advogados.

Segundo o advogado da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos Luís Antonio Pedrosa, Luz teria sido "condenado à morte" em "julgamento" feito por líderes da facção antes mesmo de ser preso. Ele teria matado um integrante da facção.

Medidas não diminuem violênciaPedrosa questiona as medidas adotadas pelo Estado no sistema prisional do Maranhão para diminuir a violência nas unidades prisionais. "Não adianta colocar a PM e a Força Nacional na segurança dos presídios se os prédios estão superlotados, precisando de reformas e de novas vagas. Com a mesma estrutura a PM e a Força Nacional só vão reprimir o problema, que vive picos de explosão, com fugas, motins e mortes e depois uns dias de calmaria. Mas a violência continua."

A falta de um presídio de segurança máxima no Maranhão também causa problemas no combate às organizações criminosas. O advogado diz acreditar que a transferência de presos para presídios federais potencializa o "poder" do integrante na facção criminosa quando ele retorna ao Estado.

"Transferir líderes de facções para presídios federais e deixar esses grupos agindo nas ruas apenas vai adiar o problema, pois os que cumprem pena e voltam ao crime ficam com mais força nas facções, por terem no currículo a experiência em presídio federal. Além disso, o espaço dele na facção será ocupado por outro integrante, que logo estará agindo", afirma Pedrosa.

A advogada Joisiane Gamba também acha que a superlotação é uma das causas da violência dentro dos presídios. Para ela, enquanto não houver novas vagas e não ocorrer um esvaziamento nas unidades, com políticas de ressocialização e celeridade nos processos para julgar presos provisórios, os novos egressos do sistema prisional tendem a se misturar e a propagar a guerra de facções.

"Se os presídios continuam superlotados, não há como ter controle até de presos que não pertençam a facções. Eles acabam se tornando integrantes dessas facções e o grupo continuará a crescer", ressalta Gamba, destacando como positiva a medida do Estado em usar a Cadet (Casa de Detenção) de Pedrinhas para presos "neutros".

A advogada observa que a presença da PM e da Força Nacional, além dos monitores, não impedem totalmente a violência nas unidades por conta da superlotação e da falta de melhor tratamento para o preso. Para ela, os suicídios que ocorreram no Centro de Triagem de Pedrinhas poderiam ter sido evitados caso houvesse um tratamento individual.

Fonte: UOL

Jovem de Juazeiro do Norte morre em acidente com o capotamento de um caminhão na Paraíba

Demontier Tenório
O caminhão com inscrição de Crato, capotou na PB-400 numa região de serra entre os municípios de São José de Piranhas e Monte Horebe no sertão paraibano (Foto: Radar Sertanejo)
Um acidente de trânsito por volta das cinco horas da madrugada desta quinta-feira numa rodovia estadual da Paraíba deixou o saldo de um morto e dois feridos todos residentes em Juazeiro do Norte. O caminhão tipo baú de placas NUW-3318, inscrição de Crato, capotou na PB-400 numa região de serra entre os municípios de São José de Piranhas e Monte Horebe no sertão paraibano. No local, morreu Francisco Sales, de 21 anos, que era apelidado por "Tassinho" e residia no Alto das Timbaúbas em Juazeiro.

Ele trabalhava na Bomboniere Universal que funciona na Rua São Paulo, no centro da cidade, e era um dos passageiros do veículo que transportava uma carga de alimentos e ficou completamente destruído deixando os doces e confeites espalhados na pista. O motorista Robervan dos Santos, de 31 anos, ficou preso entre as ferragens do caminhão e foi resgatado por militares do Corpo de Bombeiros do 5º Batalhão de Cajazeiras (PB) numa operação que durou quase uma hora.
Acidente deixou o saldo de um morto e dois feridos (Foto: Radar Sertanejo)
Também foi retirado das ferragens o ajudante Rael Santana Vieira, de 20 anos, que reside na Rua Santa Isabel (Pirajá) em Juazeiro e era primo da vítima fatal. Os dois foram socorridos para o Hospital Regional de Cajazeiras (HRC) por ambulâncias do SAMU, mas estão conscientes apesar dos muitos ferimentos. Rael já foi transferido para o Hospital Regional de Juazeiro. Pelo menos até as 15 horas desta quinta-feira o rabecão do IML de Patos ainda não tinha comparecido ao local para recolher o corpo de Tassinho, a fim de necropsiar. Familiares dele já estão na Paraíba para cuidar do traslado do mesmo. Provavelmente, o motorista do caminhão sobrou em uma curva e muitos populares aproveitaram para recolher os alimentos que eram transportados no baú.

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