Natália Leopoldina descobriu a compressa dentro da barriga três meses
após o parto; ela perdeu parte dos intestinos grosso e delgado (Foto:
Reprodução/Arquivo pessoal)
A empresária Natália Leopoldina da Silva Souza, de 29 anos, se internou
no Hospital Antônio Prudente, em Natal, no dia 3 de setembro de 2013
para ter a primeira filha. O parto transcorreu normalmente, mas três
meses após a cirurgia Natália descobriu que uma compressa - que foi
usada na cesariana - estava dentro do abdômen dela. Em decorrência
disso, Natália perdeu parte dos intestinos grosso e delgado e está
colostomizada. A paciente está processando o médico que fez a cirurgia e
o hospital e pede indenização de R$ 600 mil por danos morais e
estéticos.
Em nota, o hospital informou que lamenta o ocorrido e se solidariza com a paciente e sua família. A nota informa ainda que “não houve, em todos os atendimentos médicos, falha na estrutura ou de instrumentos oferecidos no momento dos procedimentos cirúrgicos”. O hospital também ressaltou que a escolha do profissional para realização do parto foi feita pela própria paciente. O G1 ligou para o médico Rômulo Gomes Cruz, mas ele disse que não iria comentar o caso.
A ação foi movida pelo advogado Fábio Hollanda. "Não há valor que pague o trauma que essa situação causou a essa moça. Estamos em busca de justiça", disse.
Ao G1, Natália contou que após o parto começou a sentir fortes dores abdominais e procurou o médico Rômulo Gomes Cruz - responsável pela cirurgia - mas foi informada de que "as dores eram normais" por causa do procedimento. "A dor não passou e minha barriga estava cada vez mais inchada. Eu perdi as contas de quantas vezes liguei para o médico e fui ao consultório, mas ele sempre dizia a mesma coisa: que era normal por causa da cirurgia", disse.
Segundo ela, o médico passou apenas um anti-inflamatório e recomendou que ela fizesse caminhadas. "Eu seguia todas as recomedações, tomava o remédio, mas não melhorava. Eu comecei a ter febre constantemente, estava com ínguas e a dor só piorava", contou. Sem apresentar melhoras, Natália decidiu procurar outro médico. "O doutor Eduardo Campelo me examinou e disse logo que havia algo estranho. Na consulta ela já suspeitou que havia um corpo estranho no meu abdômen e requisitou uma tomografia. Eu procurei o Hospital Antônio Prudente, mas a médica que me atendeu disse que não ia fazer tomografia só porque ´um médico de não sei onde pediu´. Ela falou que as dores eram normais e que eu estava toda aberta por dentro. Eu fui pra casa desesperada, sem saber o que fazer".
A médica Maria Ocinete Guedes Pereira está sendo investigada em um inquério instaurado na 3ª Delegacia de Polícia por omissão de socorro neste caso. O G1 tentou falar com a médica, mas ela não estava no hospital Antônio Prudente e a atendente não quis informar o celular da profissional.
A família então entrou em contato com o médico responsável pela cesariana e pediu que ele atendesse Natália. No dia 27 de dezembro, Natália foi submetida a uma ultrassonografia e, em seguida, a uma tomografia e os exames constataram que havia um corpo estranho no abdômen dela. "Eles nos chamaram pra uma reunião. O doutor Rômulo reconheceu que havia algo dentro de mim, pediu desculpas e disse que foi um erro da equipe", afirmou Natália.
No dia 28 de dezembro ela foi submetida a uma cirurgia para retirada do material. Foi encontrada uma compressa na barriga dela. Segundo ela, por causa da infecção foram retiradas partes dos intestinos grosso e delgado, o que levou a paciente a ser colostomizada. "Eu estou com uma bolsa para defecar desde o dia da cirurgia e ainda vou ficar com ela por mais dois meses", disse.
Depois da cirurgia o leite de Natália secou e ela não conseguiu mais amamentar a filha. "Essa é minha maior tristeza. Ela é minha primeira filha e eu nem pude amamentá-la", disse.
Fonte: G1 RN
Em nota, o hospital informou que lamenta o ocorrido e se solidariza com a paciente e sua família. A nota informa ainda que “não houve, em todos os atendimentos médicos, falha na estrutura ou de instrumentos oferecidos no momento dos procedimentos cirúrgicos”. O hospital também ressaltou que a escolha do profissional para realização do parto foi feita pela própria paciente. O G1 ligou para o médico Rômulo Gomes Cruz, mas ele disse que não iria comentar o caso.
A ação foi movida pelo advogado Fábio Hollanda. "Não há valor que pague o trauma que essa situação causou a essa moça. Estamos em busca de justiça", disse.
Ao G1, Natália contou que após o parto começou a sentir fortes dores abdominais e procurou o médico Rômulo Gomes Cruz - responsável pela cirurgia - mas foi informada de que "as dores eram normais" por causa do procedimento. "A dor não passou e minha barriga estava cada vez mais inchada. Eu perdi as contas de quantas vezes liguei para o médico e fui ao consultório, mas ele sempre dizia a mesma coisa: que era normal por causa da cirurgia", disse.
Segundo ela, o médico passou apenas um anti-inflamatório e recomendou que ela fizesse caminhadas. "Eu seguia todas as recomedações, tomava o remédio, mas não melhorava. Eu comecei a ter febre constantemente, estava com ínguas e a dor só piorava", contou. Sem apresentar melhoras, Natália decidiu procurar outro médico. "O doutor Eduardo Campelo me examinou e disse logo que havia algo estranho. Na consulta ela já suspeitou que havia um corpo estranho no meu abdômen e requisitou uma tomografia. Eu procurei o Hospital Antônio Prudente, mas a médica que me atendeu disse que não ia fazer tomografia só porque ´um médico de não sei onde pediu´. Ela falou que as dores eram normais e que eu estava toda aberta por dentro. Eu fui pra casa desesperada, sem saber o que fazer".
A médica Maria Ocinete Guedes Pereira está sendo investigada em um inquério instaurado na 3ª Delegacia de Polícia por omissão de socorro neste caso. O G1 tentou falar com a médica, mas ela não estava no hospital Antônio Prudente e a atendente não quis informar o celular da profissional.
A família então entrou em contato com o médico responsável pela cesariana e pediu que ele atendesse Natália. No dia 27 de dezembro, Natália foi submetida a uma ultrassonografia e, em seguida, a uma tomografia e os exames constataram que havia um corpo estranho no abdômen dela. "Eles nos chamaram pra uma reunião. O doutor Rômulo reconheceu que havia algo dentro de mim, pediu desculpas e disse que foi um erro da equipe", afirmou Natália.
No dia 28 de dezembro ela foi submetida a uma cirurgia para retirada do material. Foi encontrada uma compressa na barriga dela. Segundo ela, por causa da infecção foram retiradas partes dos intestinos grosso e delgado, o que levou a paciente a ser colostomizada. "Eu estou com uma bolsa para defecar desde o dia da cirurgia e ainda vou ficar com ela por mais dois meses", disse.
Depois da cirurgia o leite de Natália secou e ela não conseguiu mais amamentar a filha. "Essa é minha maior tristeza. Ela é minha primeira filha e eu nem pude amamentá-la", disse.
Fonte: G1 RN
Coronel que admitiu participar de tortura na ditadura militar é encontrado morto no RJ
Paulo Malhães falou à Comissão Nacional da Verdade em março (Foto: Marcos Arcoverde/Estadão Conteúdo)
O coronel reformado do Exército Paulo Malhães foi encontrado morto, na
manhã desta sexta-feira (25), no sítio em que morava em Nova Iguaçu, na
Baixada Fluminense. O corpo apresentava marcas de asfixia, segundo a
Polícia Civil.
Malhães prestou depoimento em março à Comissão Nacional da Verdade em que relatava ter participado de prisões e torturas durante a ditadura militar. Disse também que foi o encarregado pelo Exército de desenterrar e sumir com o corpo do deputado Rubens Paiva, desaparecido em 1971.
De acordo com o relato da viúva Cristina Batista Malhães, três homens invadiram o sítio de Malhães na noite desta quinta-feira, 24, à procura de armas. O coronel seria colecionador de armamentos, disse a mulher aos policiais da Divisão de Homicídios da Baixada que estiveram na propriedade.
Cristina disse que ela e o caseiro foram amarrados e trancados em um cômodo, das 13h às 22h desta quinta-feira, 24, pelos invasores.
O presidente da CEV-RJ (Comissão Estadual da Verdade), Wadih Damous, afirmou ser "possível que o assassinato do coronel Paulo Malhães tenha sido queima de arquivo". Para Damous, o crime tem que ser investigado com rigor.
"Na minha opinião, é possível que o assassinato do coronel Paulo Malhães tenha sido queima de arquivo. Ele foi um agente importante da repressão política na época da ditadura e era detentor de muitas informações sobre fatos que ocorreram nos bastidores naquela época. É preciso que seja aberta com urgência uma investigação na área federal para apurar os fatos ocorridos no dia de hoje. A investigação da morte do coronel Paulo Malhães precisa ser feita com muito rigor porque tudo a leva a crer que ele foi assassinado", declarou.
A advogada Nadine Borges, que também integra CEV do Rio, afirmou à Folha de S.Paulo ter conversado com uma das filhas do militar. Segundo ela, a mulher do coronel foi amarrada e todas as armas do militar foram roubadas. "A polícia tem que investigar a fundo esse crime. Tudo indica que é uma queima de arquivo", disse ela.
A deputada federal e ex-ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, comentou a morte de Malhães.
"Soa estranho que, após essas revelações, o militar tenha sido assassinado. Estou entrando em contato com os ministros Ideli (SDH) e José Eduardo Cardozo (MJustiça) para pedir apoio da Polícia Federal na investigação", escreveu ela em sua página no Twitter.
Fonte: Estadão Conteúdo
Malhães prestou depoimento em março à Comissão Nacional da Verdade em que relatava ter participado de prisões e torturas durante a ditadura militar. Disse também que foi o encarregado pelo Exército de desenterrar e sumir com o corpo do deputado Rubens Paiva, desaparecido em 1971.
De acordo com o relato da viúva Cristina Batista Malhães, três homens invadiram o sítio de Malhães na noite desta quinta-feira, 24, à procura de armas. O coronel seria colecionador de armamentos, disse a mulher aos policiais da Divisão de Homicídios da Baixada que estiveram na propriedade.
Cristina disse que ela e o caseiro foram amarrados e trancados em um cômodo, das 13h às 22h desta quinta-feira, 24, pelos invasores.
O presidente da CEV-RJ (Comissão Estadual da Verdade), Wadih Damous, afirmou ser "possível que o assassinato do coronel Paulo Malhães tenha sido queima de arquivo". Para Damous, o crime tem que ser investigado com rigor.
"Na minha opinião, é possível que o assassinato do coronel Paulo Malhães tenha sido queima de arquivo. Ele foi um agente importante da repressão política na época da ditadura e era detentor de muitas informações sobre fatos que ocorreram nos bastidores naquela época. É preciso que seja aberta com urgência uma investigação na área federal para apurar os fatos ocorridos no dia de hoje. A investigação da morte do coronel Paulo Malhães precisa ser feita com muito rigor porque tudo a leva a crer que ele foi assassinado", declarou.
A advogada Nadine Borges, que também integra CEV do Rio, afirmou à Folha de S.Paulo ter conversado com uma das filhas do militar. Segundo ela, a mulher do coronel foi amarrada e todas as armas do militar foram roubadas. "A polícia tem que investigar a fundo esse crime. Tudo indica que é uma queima de arquivo", disse ela.
A deputada federal e ex-ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, comentou a morte de Malhães.
"Soa estranho que, após essas revelações, o militar tenha sido assassinado. Estou entrando em contato com os ministros Ideli (SDH) e José Eduardo Cardozo (MJustiça) para pedir apoio da Polícia Federal na investigação", escreveu ela em sua página no Twitter.
Fonte: Estadão Conteúdo
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