A Polícia Civil do Rio confirmou nesta sexta-feira (25) que o corpo do
dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, morto na noite de
segunda-feira (21) no Morro Pavão-Pavãozinho, foi encontrado agachado
como mostrou matéria publicada pelo jornal Extra nesta sexta. Na imagem,
ele tem uma marca nas costas visível, semelhante a tiro, o que levou um
perito ouvido pelo RJTV a considerar que houve erro da perícia
preliminar ao dizer uma "queda" como provável causa da morte.
Para o delegado Gilberto Ribeiro, titular da 13ªDP (Copacabana), não houve erro. Segundo ele, após constatar a posição em que o corpo foi encontrado, é preciso fazer um exame superficial do cadáver, por isso houve necessidade de mudar a vítima de posição. "Então, você puxa o cadáver, bota ele numa posição mais favorável à realização da perícia, e é feita a complementação da perícia", disse Ribeiro.
O último PM, dos 9 que participaram do tiroteio no Pavão-Pavãozinho, foi ouvido nesta sexta. De acordo com o delegado, não houve contradição em relação aos outros depoimentos. “Eles afirmam que participaram de um enfrentamento e que efetuaram disparos. Alguns nem disparar dispararam, mas é importante a gente conseguir determinar em que momento esse disparo foi efetuado e atingiu o Douglas”, destacou Ribeiro.
De acordo com o laudo do exame de corpo de delito, a bala atingiu as costas de DG, perfurou o pulmão e saiu pelo braço direito. Ribeiro explicou porque, no primeiro momento, a perícia informou que não havia perfuração no corpo do dançarino.
"Eu continuo afirmando que não se pode atribuir erro, porque os laudos periciais eles se complementam. O objetivo da perícia de local não é exclusivamente apontar a causa da morte. Quem vai apontar a causa da morte é a necrópsia. A perícia de local vai procurar informar uma eventual dinâmica dentro daquele local onde o corpo foi encontrado", disse o delegado.
O laudo do IML também indica que DG tinha várias escoriações, no rosto, joelhos, cotovelos, punhos e no tórax. "Aquela situação de tortura, espancamento, a gente não consegue afirmar no primeiro momento", explicou Ribeiro.
Após analisar o laudo da necropsia, o legista Levi Monteiro comentou sobre as hipóteses de Douglas ter sido torturado. "As escoriações na face, nariz, região frontal, na face direita, eu vejo como plenamente explicáveis pela queda dele no muro no momento que foi atingido. Não vejo ali possibilidade de espancamento", afirmou.
O delegado comentou ainda a acusação da mãe do dançarino, Maria de Fátima Silva, sobre o local do crime ter sido lavado. Segundo ela, os documentos de Douglas estavam molhados. "A gente não sabe o local de onde ele saltou. Se o local era molhado quando ele estava lá. A gente não sabe se ele se urinou. Mas aparentemente ele não estava com as roupas molhadas nem cabelo molhado. Agora eu posso dizer que o local não foi lavado, os vestígios estão todos ali visíveis, pra quem quiser ver", afirmou.
Fonte: G1
Para o delegado Gilberto Ribeiro, titular da 13ªDP (Copacabana), não houve erro. Segundo ele, após constatar a posição em que o corpo foi encontrado, é preciso fazer um exame superficial do cadáver, por isso houve necessidade de mudar a vítima de posição. "Então, você puxa o cadáver, bota ele numa posição mais favorável à realização da perícia, e é feita a complementação da perícia", disse Ribeiro.
O último PM, dos 9 que participaram do tiroteio no Pavão-Pavãozinho, foi ouvido nesta sexta. De acordo com o delegado, não houve contradição em relação aos outros depoimentos. “Eles afirmam que participaram de um enfrentamento e que efetuaram disparos. Alguns nem disparar dispararam, mas é importante a gente conseguir determinar em que momento esse disparo foi efetuado e atingiu o Douglas”, destacou Ribeiro.
De acordo com o laudo do exame de corpo de delito, a bala atingiu as costas de DG, perfurou o pulmão e saiu pelo braço direito. Ribeiro explicou porque, no primeiro momento, a perícia informou que não havia perfuração no corpo do dançarino.
"Eu continuo afirmando que não se pode atribuir erro, porque os laudos periciais eles se complementam. O objetivo da perícia de local não é exclusivamente apontar a causa da morte. Quem vai apontar a causa da morte é a necrópsia. A perícia de local vai procurar informar uma eventual dinâmica dentro daquele local onde o corpo foi encontrado", disse o delegado.
O laudo do IML também indica que DG tinha várias escoriações, no rosto, joelhos, cotovelos, punhos e no tórax. "Aquela situação de tortura, espancamento, a gente não consegue afirmar no primeiro momento", explicou Ribeiro.
Após analisar o laudo da necropsia, o legista Levi Monteiro comentou sobre as hipóteses de Douglas ter sido torturado. "As escoriações na face, nariz, região frontal, na face direita, eu vejo como plenamente explicáveis pela queda dele no muro no momento que foi atingido. Não vejo ali possibilidade de espancamento", afirmou.
O delegado comentou ainda a acusação da mãe do dançarino, Maria de Fátima Silva, sobre o local do crime ter sido lavado. Segundo ela, os documentos de Douglas estavam molhados. "A gente não sabe o local de onde ele saltou. Se o local era molhado quando ele estava lá. A gente não sabe se ele se urinou. Mas aparentemente ele não estava com as roupas molhadas nem cabelo molhado. Agora eu posso dizer que o local não foi lavado, os vestígios estão todos ali visíveis, pra quem quiser ver", afirmou.
Fonte: G1
Sintomas como dores nas costas e no estômago podem indicar infarto
Luiz Gonzaga Greco, 73, que teve dor nas costas antes de ter um infarto (Foto: Raquel Cunha/Folhapress)
O sintoma clássico quase todo mundo conhece: dor forte no peito que irradia para o braço esquerdo.
Mas outros sinais menos populares e igualmente importantes também podem indicar um infarto.
Dor na mandíbula, sensação de obstrução na garganta e de indigestão e dor nas costas na altura dos ombros, como a que sentiu o locutor Luciano do Valle, morto há uma semana, são alguns dos sintomas atípicos do infarto que costumam ser relevados.
"Pensei que fosse algum mal jeito", diz. "Comecei as minhas atividades normalmente, mas, quando sentei no computador, não conseguia sentir os braços", afirma. "Aí percebi que poderia estar infartando mesmo."Mesmo sendo hipertenso, o representante comercial Luiz Greco, 73, de São Paulo, não pensou que as dores nas costas que sentiu em uma manhã de novembro de 2013 poderiam indicar um infarto.
Quando chegou ao hospital, Luiz descobriu que estava com três artérias entupidas e fez cateterismo para desobstrui-las.
Como no domingo anterior havia sentido algo parecido, pediu ao cunhado para levá-lo ao pronto-socorro e descobriu que estava infartando. "Se tivesse esperado mais um pouco, o pior poderia ter acontecido", relata, já com um stent no peito.Da mesma forma, o garçom Moisés Rodrigues, 48, não pensou que o enjoo sentido tinha a ver com o coração. Ele jogava bola com os amigos no domingo de Páscoa quando sentiu-se mal.
"Parecia que o estômago estava pesado."
Nem mesmo o médico Hans Mandred Voll, 64, percebeu que o mal-estar que sentiu em janeiro era sinal de algo mais grave. "Não tinha sudorese nem qualquer sintoma clássico. Até tomei um antiácido, mas a dor não passou", conta. Dormiu, acordou e foi trabalhar sentindo dor, mas, por insistência de um colega, consultou-se com um cardiologista e descobriu que tinha infartado.
Segundo o cardiologista do InCor (Instituto do Coração) Sergio Timerman, um dos casos mais incomuns que já atendeu foi o de uma paciente que se queixava de "dor no dente". "Ele já tinha ido ao dentista, que não constatou nada. A dor, na verdade, era no maxilar", conta.
O fisiatra João Amadera, do Spine Center do HCor (Hospital do Coração), afirma que não é incomum encaminhar pacientes com fortes dores nas costas para médicos de outras especialidades. Isso porque eles sentem dores irradiadas, reflexo de outras originadas em outras partes do corpo, como no coração.
A dor cardiológica tem a característica de uma dor de aperto, que piora com o esforço e pode causar náuseas, mal-estar e falta de ar. "A dor só da coluna não está associada com falta de ar e mal-estar", diz. Uma outra característica que pode ajudar na diferenciação das duas dores, segundo Amadera, é que a dor cardiológica é mais alta, com reflexos nos ombros e no queixo.
Para esclarecer a população sobre os principais sintomas do infarto e lidar com emergências cardiovasculares, a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) prepara uma campanha para ser lançada em breve. Um encarte será distribuído em locais como metrôs e shoppings.
Mas, afirma Antonio Carlos Carvalho, coordenador do Comitê de Emergências Cardiovasculares e Ressuscitação da SBC, não é preciso entrar em pânico com qualquer manifestação de dor.
A dor de infarto, segundo César Jardim, cardiologista do HCor (Hospital do Coração), costuma durar 20 minutos e pode vir acompanhada de mal-estar, palidez e dificuldade para respirar.
GRUPOS DE RISCOO principal diferencial, contudo, é que os tais sintomas atípicos são mais comuns em três grupos: diabéticos, mulheres e idosos. Neles, diz Jardim, os sinais de dor persistentes devem ser olhados com mais atenção.
"O quadro clássico de dor no peito que irradia para o braço esquerdo é muito comum até os 60 anos, mas 50% dos idosos, das mulheres e dos diabéticos apresentam os sintomas menos comuns. Isso faz com que a pessoa leve mais tempo pra pensar que tem algum problema e procurar ajuda, que nesses momentos deve ser urgente."
César Jardim lembra que pacientes com um ou mais fatores de risco (histórico familiar, obesidade, tabagismo, sedentarismo, colesterol e pressão alta) também devem ficar mais atentos a qualquer dor anormal e visitar um médico regularmente.
"O ideal é não esperar sentir dor para procurar atendimento. No cenário perfeito, todos deveriam procurar saber se têm fatores de risco e se cuidar para prevenir algo mais grave."
Fonte: Folha.com
Mas outros sinais menos populares e igualmente importantes também podem indicar um infarto.
Dor na mandíbula, sensação de obstrução na garganta e de indigestão e dor nas costas na altura dos ombros, como a que sentiu o locutor Luciano do Valle, morto há uma semana, são alguns dos sintomas atípicos do infarto que costumam ser relevados.
"Pensei que fosse algum mal jeito", diz. "Comecei as minhas atividades normalmente, mas, quando sentei no computador, não conseguia sentir os braços", afirma. "Aí percebi que poderia estar infartando mesmo."Mesmo sendo hipertenso, o representante comercial Luiz Greco, 73, de São Paulo, não pensou que as dores nas costas que sentiu em uma manhã de novembro de 2013 poderiam indicar um infarto.
Quando chegou ao hospital, Luiz descobriu que estava com três artérias entupidas e fez cateterismo para desobstrui-las.
Como no domingo anterior havia sentido algo parecido, pediu ao cunhado para levá-lo ao pronto-socorro e descobriu que estava infartando. "Se tivesse esperado mais um pouco, o pior poderia ter acontecido", relata, já com um stent no peito.Da mesma forma, o garçom Moisés Rodrigues, 48, não pensou que o enjoo sentido tinha a ver com o coração. Ele jogava bola com os amigos no domingo de Páscoa quando sentiu-se mal.
"Parecia que o estômago estava pesado."
Nem mesmo o médico Hans Mandred Voll, 64, percebeu que o mal-estar que sentiu em janeiro era sinal de algo mais grave. "Não tinha sudorese nem qualquer sintoma clássico. Até tomei um antiácido, mas a dor não passou", conta. Dormiu, acordou e foi trabalhar sentindo dor, mas, por insistência de um colega, consultou-se com um cardiologista e descobriu que tinha infartado.
Segundo o cardiologista do InCor (Instituto do Coração) Sergio Timerman, um dos casos mais incomuns que já atendeu foi o de uma paciente que se queixava de "dor no dente". "Ele já tinha ido ao dentista, que não constatou nada. A dor, na verdade, era no maxilar", conta.
O fisiatra João Amadera, do Spine Center do HCor (Hospital do Coração), afirma que não é incomum encaminhar pacientes com fortes dores nas costas para médicos de outras especialidades. Isso porque eles sentem dores irradiadas, reflexo de outras originadas em outras partes do corpo, como no coração.
A dor cardiológica tem a característica de uma dor de aperto, que piora com o esforço e pode causar náuseas, mal-estar e falta de ar. "A dor só da coluna não está associada com falta de ar e mal-estar", diz. Uma outra característica que pode ajudar na diferenciação das duas dores, segundo Amadera, é que a dor cardiológica é mais alta, com reflexos nos ombros e no queixo.
Para esclarecer a população sobre os principais sintomas do infarto e lidar com emergências cardiovasculares, a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) prepara uma campanha para ser lançada em breve. Um encarte será distribuído em locais como metrôs e shoppings.
Mas, afirma Antonio Carlos Carvalho, coordenador do Comitê de Emergências Cardiovasculares e Ressuscitação da SBC, não é preciso entrar em pânico com qualquer manifestação de dor.
A dor de infarto, segundo César Jardim, cardiologista do HCor (Hospital do Coração), costuma durar 20 minutos e pode vir acompanhada de mal-estar, palidez e dificuldade para respirar.
GRUPOS DE RISCOO principal diferencial, contudo, é que os tais sintomas atípicos são mais comuns em três grupos: diabéticos, mulheres e idosos. Neles, diz Jardim, os sinais de dor persistentes devem ser olhados com mais atenção.
"O quadro clássico de dor no peito que irradia para o braço esquerdo é muito comum até os 60 anos, mas 50% dos idosos, das mulheres e dos diabéticos apresentam os sintomas menos comuns. Isso faz com que a pessoa leve mais tempo pra pensar que tem algum problema e procurar ajuda, que nesses momentos deve ser urgente."
César Jardim lembra que pacientes com um ou mais fatores de risco (histórico familiar, obesidade, tabagismo, sedentarismo, colesterol e pressão alta) também devem ficar mais atentos a qualquer dor anormal e visitar um médico regularmente.
"O ideal é não esperar sentir dor para procurar atendimento. No cenário perfeito, todos deveriam procurar saber se têm fatores de risco e se cuidar para prevenir algo mais grave."
Fonte: Folha.com
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