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sábado, 6 de abril de 2019

ONDA DE VIOLÊNCIA - Mandante de ataques a torres de energia estava preso e foi ao isolamento

Armas e munição foram apreendidas na operação Dínamo — Foto: Divulgação/PF
Armas e munição foram apreendidas na operação Dínamo

Três pessoas foram presas suspeitas de detonar explosivos em três torres da Chesf na Grande Fortaleza em 1º de abril, e o mandante dos crimes, que já era interno no sistema prisional, foi encaminhado ao isolamento. As informações são da Secretaria da Segurança Pública. Os nomes dos presos não foram divulgados. Armas de fogo, munições e entorpecentes foram apreendidos.
A operação Dínamo, ainda em andamento, cumpre nesta sexta-feira (5) sete mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva contra o grupo criminoso que usou explosivos para atacar torres de transmissão de energia elétrica na segunda-feira (1º), nos municípios de Fortaleza e Maracanaú.
Desde a terça-feira (2), policiais dos setores de inteligência da SSPDS e das Polícias Civil e Militar, além da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), se reuniram com policiais federais no Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR) da Secretaria da Segurança, para realizar levantamentos sobre os alvos. Nesta sexta, os 45 policiais das forças estaduais foram às ruas, em conjunto com 25 policiais federais, para os cumprimentos dos mandados, segundo a SSPDS.
Criminosos detonaram explosivos em três torres da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) na noite do dia 1º, sem destruir as estruturas. Um ataque foi a uma torre em uma rodovia na cidade de Maracanaú e outros dois, na subestação da Companhia no Bairro Pici, em Fortaleza.

 Local próximo a onde o artefato foi encontrado foi interditado pela Polícia.  — Foto: Rafaela Duarte
Local próximo a onde o artefato foi encontrado foi interditado pela Polícia

O Estado do Ceará passou por uma onda de ataques criminosos entre 2 de janeiro e início de fevereiro.
Nesse período, foram registrados pelo menos 261 ataques contra ônibus, carros, prédios públicos, prefeituras e estabelecimentos comerciais em 50 dos 184 municípios cearenses.
Áudios compartilhados entre membros de facções do Ceará revelaram que as ordens para as ações contra ônibus, prefeituras e prédios públicos partiram de presidiários.
A onda de ataque foi motivada pela nomeação do novo secretário de Administração Penitenciária do estado, Luís Mauro Albuquerque, segundo afirmou o secretário da Segurança Pública do Ceará, André Costa.
Pelo menos 461 pessoas foram detidas por envolvimento nas ações criminosas, segundo a Secretaria da Segurança Pública do Ceará.

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