Duas
pessoas morreram durante um grave acidente de trânsito ocorrido por
volta das 22h00 de sábado, 23, na CE-362, há 05 km da saída de
Martinópole em direção a Granja.
Um
homem identificado como Doriédson Batista Lima, 26 anos, residente na
localidade Carnaúba Preta/Martinópole, conduzia uma moto Honda Fan 125
de cor preta e placa NQT-7433 quando colidiu violentamente de frente com
outra moto, uma Honda Bros 150 de cor preta e placa NVB-3381, conduzida
por um homem identificado como Francisco Ericláudio Araújo Vieira, de
31 anos, residente na cidade de Uruoca.
A
colisão foi tão forte que produziu cenas estarrecedoras, muito fortes,
fazendo com que os dois motociclistas tivessem morte instantânea. Os
policiais do destacamento de Martinópole se foram ao local e isolaram a
área. A Perícia Forense compareceu ao local e conduziu os corpos ao IML
de Sobral.
Vítima Francisco Ericláudio Araújo Vieira |
Vítima Doriédson Batista Lima |
Camocim Polícia 24h
Colaborador: Sd M. Santos.
TRISTE ESTATÍSTICA: CEARÁ OCUPA 8ª POSIÇÃO NO RANKING DE MORTES POR ACIDENTE DE MOTOS
Taxa de mortalidade no estado é de 9,9 para cada 100 mil habitantes. Entre 2002 e 2012, este número cresceu 81,9% no estado.
O Ceará
ocupa a 8ª oposição no ranking de mortes por acidente de motocicletas no
Brasil, com taxa de mortalidade de 9,9 para cada 100 mil habitantes, de
acordo com levantamento do Sistema de Informações sobre Mortalidade do
Ministério da Saúde, divulgado nesta sexta-feira (22). O estudo foi
feito com base em dados de 2013. Entre 2002 e 2012, este número cresceu
81,9% no estado. No Brasil, o índice é de 6,3 mortes por 100 mil
habitantes.
Dados
preliminares do Ministério da Saúde apontam que, em 2013, os acidentes
com motos resultaram em 761 mortes no Ceará e 2.040 óbitos no país, o
que corresponde a 28% dos mortos no transporte terrestre.
Nos últimos
seis anos, as internações hospitalares no Sistema Único de Saúde (SUS)
envolvendo motociclistas tiveram um crescimento de 115% e o custo com o
atendimento a esses pacientes de 170,8%. No Estado do Ceará, foram 3.123
internações em 2014, representando um gasto de R$ 2,7 milhões.
De acordo
com o Ministério da Saúde, a cada ano, cerca de 45 mil pessoas perdem
suas vidas em acidentes de trânsito no Brasil. A violência envolvendo
particularmente motociclistas está se tornando uma epidemia no país.
O líder no
ranking de mortes por acidentes com motocicletas é o Piauí, com índice
21,1 mortes por 100 mil habitantes. Na sequência vem Roraima (17,6),
Sergipe (17,5) e Tocantins, com taxa de 12,1 mortes por 100 mil
habitantes.
Diante desse
cenário, o Ministério da Saúde está propondo uma série de ações
intersetoriais, que deverão envolver outras esferas do Governo Federal,
governos estaduais e municipais, para promoção de uma política
específica de prevenção aos acidentes com motos. Nesta semana, o
ministro da Saúde, Arthur Chioro, apresentou algumas das iniciativas em
discussão durante a 68ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra.
"Não dá mais
para não agir na dimensão preventiva dos acidentes com motos. É preciso
propor novas medidas e elevar essa discussão a um problema de saúde
pública. Algumas propostas em estudo são a obrigatoriedade de
apresentação da habilitação no momento da compra da moto, por exemplo, e
a possibilidade de financiamento do capacete como um EPI (Equipamento
de Proteção Individual), possibilitando a venda do item de segurança
junto do veículo”, exemplificou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Números
Segundo o
Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, o
Brasil registrou 4.292 mortes de motociclistas em 2003, número 280%
menor do que o registrado 10 anos depois (12.040). Parte do aumento de
acidentes envolvendo motos se deve ao crescimento vertiginoso da frota
no país. Entre 2003 e 2013, o número de motocicletas aumentou 247,1%,
enquanto a população teve um crescimento de 11%.
De 2008 a
2013, o número de internações devido a acidentes de transporte terrestre
aumentou 72,4%. Considerando apenas os acidentes envolvendo
motociclistas, o índice chega a 115%. Em 2013, o SUS registrou 170.805
internações por acidentes de trânsito e R$ 231 milhões foram gastos no
atendimento às vitimas. Desse total, 88.682 foram decorrentes de motos, o
que gerou um custo ao SUS de R$ 114 milhões – crescimento de 170,8% em
relação a 2008. Esse valor não inclui custos com reabilitação, medicação
e o impacto em outras áreas da saúde.
Perfil das vítimas
Segundo
Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA 2011), que traça o
perfil das vítimas de violências e acidentes atendidas em serviços de
urgência e emergência do SUS em capitais brasileiras, 78,76% das vítimas
de acidente de transporte terrestre envolvendo motociclista são homens,
na faixa etária de 20 a 39 anos. Entre os motociclistas ouvidos, 19,6%
informaram o uso de bebida alcoólica antes do acidente e 19,7% estavam
sem capacete.
“Os
acidentes pegam uma faixa etária delicada da população. Para um país que
está envelhecendo, essas pessoas impactam muito, já que estão em sua
idade produtiva. Esses acidentes interferem no sistema de saúde, na
previdência, no trabalho e, principalmente, na vida pessoal do
indivíduo”, lembrou o ministro.
Fonte: G1CE
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