Em outubro, os números da violência letal no Ceará mostraram um crescimento. Após um período de queda nos índices a partir de junho, a realidade voltou a apresentar aumento nas estatísticas de violência.
A redução de 39,5% nos crimes violentos letais intencionais (CVLIs) na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) foi comemorada pelo Governo do Estado como o melhor resultado desde 2010. No entanto, a análise do quadro geral revela um cenário diferente, com o aumento dos homicídios em diversas áreas do estado.
Os dados de homicídios mostram que, apesar da queda na RMF, o Ceará vive uma escalada da violência no conjunto. Em outubro, o número de assassinatos chegou a 268, maior do que os registrados nos meses anteriores e o maior desde maio, quando houve 316 homicídios.
Com 2.713 homicídios já registrados até o momento em 2024, as projeções indicam que o estado pode ter o ano mais violento desde 2021. Por exemplo, 2022 e 2023 registraram em todo o ano 2.970 casos.
A letalidade policial é outro ponto de preocupação. Em 2024, o estado já registrou 156 mortes decorrentes de intervenções policiais, número que supera o índice de 2018, quando o Ceará teve 221 casos. Com ainda dois meses de 2024 pela frente, considerando que os dados vão até outubro, a tendência é que esse número aumente.
Outro eixo analisado pela pesquisa “Pele-Alvo”, da Rede de Observatórios de Segurança, é o corte racial na letalidade policial. O estudo aponta que a taxa de mortes de negros por intervenção policial é oito vezes maior do que a de brancos.
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