A Petrobras anunciou nesta quarta-feira o aumento do preço médio da gasolina nas refinarias em 0,5 por cento e o do diesel em 2,5 por cento, em reajustes válidos partir de quinta-feira.
O ajuste ocorre em meio a uma forte alta nos preços da gasolina no mercado internacional em função da tempestade tropical Harvey, que levou ao fechamento de cerca de um quarto da capacidade de refino dos Estados Unidos.
Os futuros da gasolina nos EUA subiram quase 6 por cento apenas nesta quarta-feira, atingindo uma máxima em mais de dois anos.
Em nota, a Petrobras informou que o longo do mês de agosto a área técnica da estatal elevou os preços da gasolina em 3,4 por cento e os do diesel em 2,2 por cento.
Mais cedo, a consultoria Datagro afirmou à Reuters que a disparada nos preços internacionais da gasolina em razão da tempestade fez com que o produto comercializado pela Petrobras no mercado doméstico passasse a apresentar defasagem de 7,6 por cento ante os valores externos, com base em valores de terça-feira.
Em nota, a Petrobras não comentou o impacto do Harvey para a sua decisão sobre os reajustes.
Afirmou apenas que a empresa "avalia que os ajustes promovidos têm sido suficientes para garantir a aderência dos preços praticados pela companhia às volatilidades dos mercados de derivados e ao câmbio".
Pela sua política de preços, que prevê reajustes mais frequentes, a Petrobras não poderia ter cotações domésticas abaixo da paridade externa.
No entanto, os preços de referência da empresa no exterior e os custos para a importação são sigilosos e estratégicos, o que indica que avaliações de analistas sobre o tema podem divergir da paridade estabelecida pela própria estatal.
(Por Laís Martins e Roberto Samora; com reportagem adicional de José Roberto Gomes) - Uol
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