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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Cerca de 930 presos são transferidos no Ceará para evitar confrontos


Líderes de facções em presídios do Ceará são transferidos para evitar conflitos entre grupos (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)

Cerca de 930 internos foram transferidos, na última terça-feira (3), entre unidades prisionais da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). As transferências têm por objetivo desarticular lideranças criminosas e prevenir conflitos nos estabelecimentos prisionais, de acordo com a Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus). A ação foi acompanhada pelo Núcleo de Investigação Criminal do Ministério Público do Ceará (MPCE).

As transferências no Ceará ocorrem dois dias após uma série de rebeliões registradas no Amazonas. Ao todo, 60 presidiários foram mortos nos conflitos entre os presos. O Governo do Amazonas isolou os membros de facções rivais em todos os 11 presídios do estado.

O transporte dos presidiários foi realizado pelos agentes penitenciários e Polícia Militar, mobilizando a Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima, as Casas de Privação Provisória de Liberdade Professor Jucá Neto e Agente Elias Alves da Silva (CPPLs 3 e 4), localizadas em Itaitinga, e a Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo, no município de Pacatuba.

A transferência contou ainda com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará. Ao longo da semana, assistentes sociais e representantes da equipe do Núcleo de Atendimento aos Familiares de Internos (Nuasf) estarão prontos a receber os familiares e prestar informações sobre para onde os internos foram transferidos.

O promotor de Justiça Humberto Ibiapina, coordenador do Núcleo de Investigação Criminal do MPCE, explica que a transferência de presos entre unidades prisionais é um procedimento rotineiro.

“Não havia nenhum indicativo de que as rebeliões registradas no Amazonas trariam alguma consequência nas unidades prisionais do Ceará, mas a medida com certeza é uma precaução significativa para evitar qualquer tipo de conflito entre os presos cearenses neste momento”, explica o membro do MPCE.
 



G1 Ceará

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