O rombo nas contas da previdência social fechou o ano passado em R$ 149,73 bilhões – o maior valor já registrado desde 1995. A informação é da Secretária de Previdência e foi divulgada nesta quinta-feira (26).
Na comparação com 2015, quando o déficit estava em R$ 85,81 bilhões, o rombo cresceu 74,5%. Esse montante, atualizado pela inflação do período chega a R$ 151,9 bilhões.
Marcelo Caetano, responsável pela Secretaria de Previdência Social, classificou o aumento como expressivo. Como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), ele saltou de 1,5% em 2015 para 2,4% em 2016.
Caetano explicou que dois fatores levaram a um aumento do rombo da previdência: o envelhecimento da população e o mercado de trabalho mais fraco no ano passado. Segundo ele, a partir da década de 2020 o Brasil passará por um processo mais intenso de envelhecimento, o que vai pressionar ainda mais as contas públicas.
“A gente vai convergir para um padrão demográfico europeu. Quando chegar lá na frente, vamos ficar parecidos com a Europa, não a de a hoje, mas o que será a Europa lá na frente”, argumentou o secretário.
Importância da Reforma da Previdência
De acordo com o secretário, mesmo sem as renúncias, que somaram R$ 36,197 bilhões no ano passado, o rombo ainda seria grande. Esses números, explicou Caetano, mostram a importância da Reforma da Previdência encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional.
“O governo encaminhou a proposta e a perspectiva é tentar aprovar o que foi encaminhado”, observou. Ele ponderou, no entanto, que o Congresso, como ambiente de debate democrático, definirá como a reforma será aprovada.
Com Portal Brasil
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