Armas brancas e celulares são apreendidos em Alcaçuz
Um revólver, mais de 500 facas artesanais, celulares e drogas foram achados na manhã desta sexta-feira (27) na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal (RN). A informação foi confirmada pelo governo do estado. Homens do Grupo de Operações Especiais (GOE) do governo do Rio Grande do Norte e agentes federais de execução penal da força-tarefa realizaram uma operação nos pavilhões 4 e 5 nesta manhã.
Os agentes entraram em Alcaçuz por volta das 6h30 desta sexta. De acordo com a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), a Operação Phoenix deve durar 30 dias e tem como objetivo “retomar, permanecer, reestabelecer e reformar o presídio”.
Os agentes fizeram uma revista retiraram as bandeiras das facções criminosas e hastearam as do Brasil, Rio Grande do Norte e sistema penitenciário. Por volta das 9h, veículos chegaram na unidade levando materiais de construção para a reforma. Os homens do GOE deixaram a unidade neste horário, mas os agentes federais de execução penal continuam na operação.
Muro será erguido para separar facções rivais em Alcaçuz
Campo de Batalha - Duas facções estão divididas no espaço que liga os pavilhões. Do lado esquerdo, perto do pavilhão 4, estão os integrantes do Sindicato do RN; do lado direito, os do Primeiro Comando da Capital (PCC). "Os presos estão armados e se matando”, segundo a assessoria de comunicação da Polícia Militar do Rio Grande do Norte.
Para evitar que os membros das facções rivais circulem livremente pelos pavilhões do presídio após mortes no local, contêineres provisórios foram instalados para separar os pavilhões 4 e 5 (do PCC) dos pavilhões 1, 2 e 3 (do Sindicato RN). Posteriormente, os contêineres serão substituídos por um muro de concreto.
O governo do Rio Grande do Norte afirmou na última quarta-feira (25) que pretende desativar a Penitenciária de Alcaçuz ainda este ano.
Operação Phoenix - O nome da operação deflagrada nesta sexta em Alcaçuz é uma alusão a um pássaro da mitologia grega que entrava em autocombustão quando morria, e passado algum tempo, renascia das próprias cinzas.
A operação marca a entrada em operação da força-tarefa de agentes federais de execução penal criada pelo Ministério da Justiça em meio à série de rebeliões e mortes ocorridas em prisões brasileiras. Um grupo de 78 profissionais chegou ao Rio Grande na noite da última quarta.
Os agentes, de outros estados, têm treinamento especial para atuação em casos específicos como rebeliões, controle da população carcerária e intervenção em unidades prisionais. O trabalho desses profissionais é acompanhado pelo Departamento Penitenciário Nacional.
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