Tramita na Assembleia Legislativa do Ceará um projeto de lei que pretende autorizar a análise da ‘pílula do câncer’, o composto fosfoetanolamina, mediante uma parceria com a Universidade de São Paulo (USP), e posteriormente a distribuição gratuita da substância ao paciente portador da doença em todo o estado do Ceará.
De acordo com o idealizador do projeto, deputado Bruno Pedrosa (PP),o intuito é acelerar o impacto positivo da pílula aos pacientes. “Precisamos avançar o quanto antes neste assunto de extrema relevância, pois os pacientes não podem esperar” explica.
Segundo o projeto, a eficária do composto poderá ser analisada de várias formas, podendo ser utilizados testes clínicos em voluntários, mediante laudo médico e consentimento do paciente que esteja em estado paliativo, fora da terapêutica.
Os testes seriam realizados pelo Instituto do Câncer do Ceará (ICC) juntamente com hospitais de referência no combate ao câncer.
O Estado em parceria com a União, destinaria recursos orçamentários precedidos de parecer de parecer favorável da Comitê de Ética da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep/CNS/MS)., para o desenvolvimento e conclusão da fase clínica.
Fosfoetanolamina
Criado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), a fosfoetanolamina chegou a ser distribuída sem autorização por um dos pesquisadores, sendo proibida em seguida.
A avaliação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) caracterizou o projeto como “bastante interessante”. Entretanto, a fundação condicionou a realização dos estudos clínicos à transferência da patente para a instituição, o que não foi aceito pelos pesquisadores detentores da patente.
A substância ainda não testada em seres humanos, econtra-se em fase inicial pela dificuldade de fechar convênios com a rede do SUS, hospitais e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). De modo que o composto não pode ser considerado medicamento, por não ter o registro e licença para utilização Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo o ex-professor da USP Gilberto Chierice, a substância ajuda a célula cancerosa a ficar mais visível para o sistema imunológico. “Com isso, o organismo combateria as células doentes. Os tumores diminuem de volume porque o próprio sistema imunológico do paciente se incumbe disso. Mas a pesquisa nunca passou da fase inicial. O produto não chegou a ser testado cientificamente em seres humanos”, explica Chierice.
Ceará Agora
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