A adolescente se mudou com a família depois das agressões (Foto: Reprodução)
Os tapas, socos e chutes vinham sem que a menina percebesse de onde. Arrastada pelo cabelo, ela gritava, mas a ajuda não chegava. Em seguida, outra punição: a menina tem os cabelos cortados. Um vídeo que circula na internet traz fragmentos da guerra entre facções na Cidade Olímpica, em São Luís, no Maranhão. Nele, um grupo lincha uma adolescente de 14 anos, acusada de manter relacionamento com um integrante do grupo rival. As agressoras, que têm entre 14 e 21 anos, ficaram conhecidas como “gangue das meninas” nas redes sociais.
Um homem que passava pelo local tenta ajudar a vítima, mas é ameaçado por rapazes que assistiam à cena. Ao fundo, é possível ouvir os gritos de “Ela é 40”, numa referência à forma como é chamada uma das facções. Segundo a ONG Instituto Cidadania Ativa, adolescentes como elas são atraídas para o crime por companheiros, namorados, irmãos e amigo, muitas delas em busca de status.
— Essas jovens são facilmente seduzidas por organizações criminosas por conta da sensação de poder: estão numa comunidade extremamente pobre, em que não há emprego, lazer ou perspectiva. Namorar um membro de uma facção é uma maneira de conseguir ascensão social, ir a festas e usar uma roupa legal, por exemplo —diz o presidente Maurício Miguel.
De acordo com o delegado do 18° Distrito Policial (Cidade Olímpica), Jarbas Batista Júnior, a atuação das jovens não se restringe a violência física. Elas são usadas para transportar armas e drogas, como crack, cujos restos compõem um tipo de maconha, o “tós”, também comercializado por bandos na região. Apesar de não terem poder de decisão, ajudam a manter a rotina de medo no bairro e são peças importantes para a prática de crimes.
—A violência por parte de meninas a mando de facções é crescente: tivemos, em um mês, três casos de espancamento em condições semelhantes. Os chefes dos bandos se aproveitam da dificuldade de revistar as adolescentes, já que a maioria dos policiais é composta por homens. Além disso, estamos falando de menores, o que complica a abordagem - diz o delegado.
O delegado explica que tanto o PCM quanto o Bonde dos 40 reúne em maioria jovens com idades entre 14 e 17 anos, muitos deles usuários de drogas, e grande parte vindos de famílias desestruturadas.
— Eles usam as redes sociais, principalmente WhatsApp, para mostrar armas e drogas. É a maneira que encontram de ostentar – afirma.
Clique AQUI para assistir o vídeo na íntegra.
Fonte: Extra Online
Um homem que passava pelo local tenta ajudar a vítima, mas é ameaçado por rapazes que assistiam à cena. Ao fundo, é possível ouvir os gritos de “Ela é 40”, numa referência à forma como é chamada uma das facções. Segundo a ONG Instituto Cidadania Ativa, adolescentes como elas são atraídas para o crime por companheiros, namorados, irmãos e amigo, muitas delas em busca de status.
— Essas jovens são facilmente seduzidas por organizações criminosas por conta da sensação de poder: estão numa comunidade extremamente pobre, em que não há emprego, lazer ou perspectiva. Namorar um membro de uma facção é uma maneira de conseguir ascensão social, ir a festas e usar uma roupa legal, por exemplo —diz o presidente Maurício Miguel.
De acordo com o delegado do 18° Distrito Policial (Cidade Olímpica), Jarbas Batista Júnior, a atuação das jovens não se restringe a violência física. Elas são usadas para transportar armas e drogas, como crack, cujos restos compõem um tipo de maconha, o “tós”, também comercializado por bandos na região. Apesar de não terem poder de decisão, ajudam a manter a rotina de medo no bairro e são peças importantes para a prática de crimes.
—A violência por parte de meninas a mando de facções é crescente: tivemos, em um mês, três casos de espancamento em condições semelhantes. Os chefes dos bandos se aproveitam da dificuldade de revistar as adolescentes, já que a maioria dos policiais é composta por homens. Além disso, estamos falando de menores, o que complica a abordagem - diz o delegado.
O delegado explica que tanto o PCM quanto o Bonde dos 40 reúne em maioria jovens com idades entre 14 e 17 anos, muitos deles usuários de drogas, e grande parte vindos de famílias desestruturadas.
— Eles usam as redes sociais, principalmente WhatsApp, para mostrar armas e drogas. É a maneira que encontram de ostentar – afirma.
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Fonte: Extra Online
Violência sem freios no Ceará já deixou 53 mortos em 4 dias desta semana. Somente na quarta-feira foram 12 homicídios
Alexandre de Jesus, 26 anos, baleado e morto na Rua Lagoa Azul, no bairro Colônia, às 6h15 de quarta. Subiu para 53 o número de assassinatos no Ceará em apenas quatro dias. A quarta-feira (23) teve o registro de, pelo menos, 12 casos de homicídios e latrocínios no estado. Entre os crimes, um caso de assalto seguido de morte ocorrido no Município de Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A sequência de crimes começou ainda pela manhã, por volta de 6h30, quando um jovem identificado por Alexandre de Jesus, 26 anos, foi baleado e morto na esquina das ruas Lagoa Azul e Daniel Brun, no bairro Colônia, na zona Oeste da cidade. Ele era ex-presidiário e estava seguindo para o trabalho, quando passou a ser seguido pelos assassinos desde que saiu de sua residência, na Rua Rosa da Fonseca. Alexandre recebeu vários tiros e faleceu na UPA do bairro. Depois, por volta de 10h30, um vendedor ambulante foi assassinado em plena feira-livre no bairro Canindezinho, na Avenida Jardim Fluminense, no Grande Bom Jardim. A vítima, não identificada no local, tentava vender alguns objetos na feira e teria discutido com o motorista de um veículo. Minutos depois, um jovem apareceu ali e disparou dois tiros na nuca do rapaz, que morreu de joelhos próximo de uma banca. No começo da tarde, a Polícia registrou mais um assassinato. Desta vez, na Rua Frei Vidal, no bairro Tauape, onde Carlos Henrique da Silva Brito tombou sem vida depois de baleado. Sequência de assassinatos Quando a noite chegou, veio uma sequência de homicídios nos quatro cantos da Capital. Foram assassinatos que mobilizaram a Polícia para os bairros da Aerolândia, Luciano Cavalcante, Vila Velha e Santa Cecília, além de Maracanaú, Horizonte e Paraipaba, todos na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Entre os mortos, um jovem identificado como Álisson Duarte Paiva, que foi baleado, por volta de 20 horas, na Rua Santa Liduína, no bairro Vila Velha, durante tiroteio entre duas gangues. O confronto armado envolveu integrantes das quadrilhas dos “Gafanhotos” e “V-3”, grupos armados ligados ao tráfico de drogas e que já foram os responsáveis por dezenas de assassinatos nos últimos anos. Latrocínio Em Paraipaba, um homem foi assassinado a golpes de faca. Já no Município de Horizonte ocorreu um latrocínio (roubo seguido de morte), tendo como vítima, Sulivann Costa da Silva, assassinado pro bandidos no bairro Lagoinha. Na manhã de hoje, a Polícia Militar prendeu um suspeito desse crime. Também na noite de ontem, um traficante de drogas já bastante conhecido da Polícia acabou morto. Tratava-se de José Lustênio Costa Pontes, executado a tiros em sua residência, na Rua Ivo Rebouças, no bairro Luciano Cavalcante. Já na Rua Larga, no bairro Aerolândia, outro jovem foi fuzilado por conta da "guerra" entre as quadrilhas daquele bairro e a do Lagamar. Foram registrados homicídios, ainda, em Maracanaú e na cidade de Sobral, totalizando 12 assassinatos em um único dia, quarta-feira (23). Fonte:Fernando Ribeiro
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