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domingo, 16 de novembro de 2014

Comandante e sargento da PM de Bayeux têm morte encomendada por criminoso, diz polícia


Capitão Kelton Pontes. (Foto: Divulgação)
O comandante da 4ª Companhia da Polícia Militar de Bayeux, capitão Kelton Pontes, revelou neste sábado (15), que um suspeito de praticar diversos crimes na cidade teria encomendado o seu assassinato e de um sargento da mesma companhia. De acordo com o policial, em escutas telefônicas, autorizadas pela polícia, o criminoso negociou com um comparsa do Rio Grande do Norte a compra de uma submetralhadora.

“Nas gravações também fica comprovada a contratação de dois homens do estado vizinho para executar o crime”, contou capitão Kelton. Segundo ele, o bandido estaria “revoltado” com a prisão do seu pai, efetuada pelo comandante e pelo sargento na semana passada.

“Na segunda-feira passada houve um homicídio em Bayeux, na frente de um bar, no bairro de Jardim São Severino, ao meio dia. Nós ficamos sabemos quem seria o autor do homicídio e na terça-feira tivemos uma informação de onde ele estava, mas ele conseguiu evadir. Pouco tempo depois chegou ao local, para tomar satisfações, o pai desse indivíduo, um soldado reformado do Corpo de Bombeiros. O pai estava de posse irregular de uma arma e foi dado voz de prisão. Esse criminoso já vem sendo monitorado e ficou revoltado com a prisão do pai. Em escutas telefônicas ficamos sabendo que ele estava querendo adquirir um fuzil do Rio Grande do Norte. Soubemos dessa intenção e depois que ele estava conseguindo uma submetralhadora e duas pessoas para matar a mim e o sargento Barlavento”, contou.

O policial afirmou que não tem medo de morrer, mas que fica decepcionado com a inversão de valores da sociedade. “Sinceramente eu não tenho medo, o que a gente fica é com raiva e decepcionado com a inversão de valores que tem no nosso país. A gente passa a ser mais um número para eles [criminosos]. Um homicídio a mais não faz diferença para eles, mas se a gente tirar a vida de um elemento desse a sociedade se vira contra a polícia. De pronto esse agente é afastado das funções e condenado pela sociedade”, desabafou.

Além de ter que conviver com a ameaça de morte, o capitão desabafou que o trabalho da polícia “está muito difícil”, pois dos cinco homicídios ocorridos nos últimos 15 dias em Bayeux, quatro foram “ordenados de dentro de presídios da Paraíba”.

Ele revelou também que a polícia tem a informação de outras ordens de assassinatos feitas por presidiários. “Temos a informação que pode ocorrer outros dois homicídios com ordem de presídio, um no Maguinhos e um no Mário Andreazza. Uma das vítimas já foi avisada e decidiu continuar no local. Como vou garantir a vida dele 24 horas podia, sete dias por semana?”, questionou.

O capitão Kelton Pontes afirmou que a Secretaria de Segurança do Estado e comando geral da Polícia Militar estão colaborando com as investigações para prender o suspeito que teria encomendado sua morte e do sargento. “O secretário tem prestado proteção, mas nem ele, nem ninguém podem garantir nossa vida”.

Fonte: Portal Correio

Vaticano oficializa excomunhão de padre em Bauru

 
Padre Beto afirma que nada muda com a decisão do Vaticano. (Foto: Ana Carolina Levorato/G1)
A Diocese de Bauru (SP) emitiu um comunicado oficial neste sábado (15) informando que o Vaticano oficializou a excomunhão do Padre Roberto Francisco Daniel, conhecido como padre Beto. A nota informa que após processo de mais de um ano, o padre foi considerado excomungado pela Santa Sé e, portanto, não pode mais celebrar nenhum ritual da Igreja Católica e nem participar da comunhão.

A Diocese informou também que recebeu o comunicado oficial do Vaticano no dia 14 de outubro, mas somente neste sábado se manifestou sobre o assunto. A Diocese entrou com o pedido de excomunhão do padre em abril do ano passado, depois da divulgação de vários vídeos onde o sacerdote fala de assuntos polêmicos, como a defesa da união entre pessoas do mesmo sexo, infidelidade no casamento, entre outros.

No comunicado emitido neste sábado, assinado pelo padre doutor Tiago Wenceslau, juiz instrutor enviado pelo Vaticano para realizar os procedimentos canônicos desse caso, a Diocese informa que a decisão é definitiva e somente pode ser revista no caso de pedido de perdão das ações cometidas pelo padre, que foram consideradas heresias pelo direito canônico, como explica o trecho:

“A causa da excomunhão não foi uma punição irrogada pelo Bispo ou pelo Papa, mas em virtude dos seus atos cismáticos e heréticos que, pela prática dos mesmos, o Sacerdote foi atingido – automaticamente – pela censura de excomunhão."

O comunicado informa ainda que o padre não pode realizar mais nenhum sacramento da Igreja Católica e pede aos fiéis que não “participem de possíveis ‘atos de culto’ que forem celebrados pelo referido padre”.

A nota diz ainda que o processo não está na instância diocesana por isso todas as informações estão contidas apenas no comunicado e nenhum integrante da Diocese irá se manifestar sobre a decisão.

‘Para mim não muda nada’

Ao ser informado do comunicado da Diocese de Bauru, padre Beto disse que a oficialização da excomunhão não altera em nada a realidade que ele vive desde que deixou a Igreja em abril do ano passado, antes mesmo da divulgação da sua excomunhão pelo Bispo Diocesano, Dom Caetano Ferrari. “Recebi com muita naturalidade essa decisão. Era de se esperar depois da reunião do Papa Francisco com os bispos para discutir a questão da família, que a Santa Sé confirmasse a minha excomunhão dada pela Diocese de Bauru. Mas, para mim não muda nada, porque continuo seguindo a minha vida, seguindo os preceitos de Jesus, me sinto próximo de Deus”, afirma.

O padre também destacou que a decisão de deixar a Igreja Católica foi tomada por ele mesmo no ano passado. “A minha decisão de deixar a Igreja já tinha sido tomada e a ratificação ou não da minha excomunhão não muda nada”, completa.

E apesar de ter procurado anteriormente a Justiça para tentar reverter o processo de excomunhão, em entrevista ao TEM Notícias neste sábado, o padre foi taxativo em dizer que não se arrepende dos posicionamentos que tomou e que não pretende voltar a Igreja. “Eu não penso em retornar, eu acho que a Igreja tem a sua postura e espero que ela mude, se torne uma igreja mais flexível, menos hierarquizada, mas isso é problema dela agora não é mais meu.”

Sobre a celebração de rituais, o padre disse que continuará abençoando casais e crianças se for chamado pelos interessados.

Entenda o caso

Declarações polêmicas do padre acerca de temas como a homossexualidade, fidelidade e necessidade de mudanças na estrutura da Igreja Católica nas redes sociais causaram um pedido de retratação ao padre por parte da Diocese de Bauru em abril de 2013. Como o padre não se retratou e decidiu deixar a Igreja Católica, a Diocese decidiu pela excomunhão no dia 29 de abril de 2013.

No documento, divulgado na época na página da Diocese em Bauru (confira aqui o documento na íntegra), o Bispo Dom Caetano Ferrari afirmava que a decisão é consequência dos atos do padre e que nenhum católico, muito menos um sacerdote poderia se valer do direito de liberdade de expressão para atacar a fé, na qual foi batizado.

Fonte: G1, com colaboração Fábio Leopissi, TV TEM

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