Funcionária do Banco Central há cerca de 20 anos, com salário de R$ 20
mil, Lígia Maria Victer Frazão, de 66, tinha tudo para permanecer acima
de qualquer suspeita. Há duas semanas, no entanto, ela foi demitida
depois de ser flagrada por câmeras desviando dinheiro da tesouraria do
Departamento de Meio Circulante do BC, no Rio.
A quantidade total é desconhecida, mas policiais federais acreditam que em uma semana ela tenha embolsado mais de R$ 20 mil. A PF abriu inquérito. Imagens mostram a mulher, em pleno local de trabalho, apanhando notas de R$ 50 e R$ 100 que deveriam ser destruídas. O caso começou a ser investigado em outubro do ano passado, pela segurança do banco e por policiais da Delegacia Fazendária da PF do Rio. Lígia, que exercia o cargo de analista, foi indiciada e agora poderá ser condenada a 12 anos de prisão. CASA DE ACUSADA É REVISTADA Nesta quinta-feira, policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão na casa de Lígia, em Niterói. Recolheram documentos e um computador. A PF suspeita que outras pessoas do Banco Central possam ter participado da ação. Nas imagens, às quais O GLOBO teve acesso, a mulher aparece conferindo pilhas de dinheiro. Em determinado momento, ela conta algumas notas até reunir um punhado delas. Em seguida, o dinheiro é posto no bolso. Em outras imagens, as cédulas são colocadas na bolsa. As investigações sobre o caso começaram depois que uma conferência identificou uma discrepância entre o número de notas enviadas para ser destruídas e o daquelas efetivamente incineradas. No início, foi constatado o desaparecimento de seis notas. A partir daí, o BC encontrou indícios de que o número era muito maior. Funcionários da gerência de segurança passaram a acompanhar o trabalho de Lígia. A PF foi acionada e também começou a investigar o caso. Segundo policiais federais, até agora foi identificada a participação de outro funcionário no desvio derecursos: Anderson Pereira da Silva, auxiliar de tesouraria do Banco Central. Ele também foi indiciado e demitido. Mas os agentes federais ainda não sabem se Lígia e Anderson atuavam isoladamente no desvio. — É um caso extremamente grave. Os funcionários manipulavam muito dinheiro. Em alguns momentos, é possível ver apenas um funcionário diante de milhares de reais. Estamos investigando com muito cuidado para saber a extensão do caso e se há mais gente envolvida — afirmou um policial federal, pedindo para não ser identificado. Lígia mora numa casa de alto padrão em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói. Os policiais federais querem saber se, durante o período em que trabalhou diretamente na conferência de reais, ela teve súbito enriquecimento. — O mandado de busca e apreensão que cumprimos hoje (ontem) foi para verificar outras linhas de investigação — disse um outro agente federal. Além de Lígia, Anderson também foi filmado em plena ação por câmeras de segurança instaladas no Banco Central. O GLOBO tentou, sem sucesso, contato com Lígia e Anderson para que eles falassem sobre as acusações.
A quantidade total é desconhecida, mas policiais federais acreditam que em uma semana ela tenha embolsado mais de R$ 20 mil. A PF abriu inquérito. Imagens mostram a mulher, em pleno local de trabalho, apanhando notas de R$ 50 e R$ 100 que deveriam ser destruídas. O caso começou a ser investigado em outubro do ano passado, pela segurança do banco e por policiais da Delegacia Fazendária da PF do Rio. Lígia, que exercia o cargo de analista, foi indiciada e agora poderá ser condenada a 12 anos de prisão. CASA DE ACUSADA É REVISTADA Nesta quinta-feira, policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão na casa de Lígia, em Niterói. Recolheram documentos e um computador. A PF suspeita que outras pessoas do Banco Central possam ter participado da ação. Nas imagens, às quais O GLOBO teve acesso, a mulher aparece conferindo pilhas de dinheiro. Em determinado momento, ela conta algumas notas até reunir um punhado delas. Em seguida, o dinheiro é posto no bolso. Em outras imagens, as cédulas são colocadas na bolsa. As investigações sobre o caso começaram depois que uma conferência identificou uma discrepância entre o número de notas enviadas para ser destruídas e o daquelas efetivamente incineradas. No início, foi constatado o desaparecimento de seis notas. A partir daí, o BC encontrou indícios de que o número era muito maior. Funcionários da gerência de segurança passaram a acompanhar o trabalho de Lígia. A PF foi acionada e também começou a investigar o caso. Segundo policiais federais, até agora foi identificada a participação de outro funcionário no desvio derecursos: Anderson Pereira da Silva, auxiliar de tesouraria do Banco Central. Ele também foi indiciado e demitido. Mas os agentes federais ainda não sabem se Lígia e Anderson atuavam isoladamente no desvio. — É um caso extremamente grave. Os funcionários manipulavam muito dinheiro. Em alguns momentos, é possível ver apenas um funcionário diante de milhares de reais. Estamos investigando com muito cuidado para saber a extensão do caso e se há mais gente envolvida — afirmou um policial federal, pedindo para não ser identificado. Lígia mora numa casa de alto padrão em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói. Os policiais federais querem saber se, durante o período em que trabalhou diretamente na conferência de reais, ela teve súbito enriquecimento. — O mandado de busca e apreensão que cumprimos hoje (ontem) foi para verificar outras linhas de investigação — disse um outro agente federal. Além de Lígia, Anderson também foi filmado em plena ação por câmeras de segurança instaladas no Banco Central. O GLOBO tentou, sem sucesso, contato com Lígia e Anderson para que eles falassem sobre as acusações.
Fonte;O Globo
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