Enquanto o inverno do ano que vem não chega, o que ainda é uma dúvida, é
preciso haver o uso racional da água. O conselho é do presidente da
Funceme (Fundação Cearense de Meteorologia), Eduardo Sávio Martins,
ensinando que é preciso a todo custo não haver qualquer desperdício de
água, tendo em vista que os estoques dos reservatórios continuam
baixando e agora estão em média a 25 %.
E dá exemplo de economia de água: não “varrer” calçadas com jatos de
água, redução de água na lavagem de veículos e de plantas e de jardins,
banho mais rápido possível fechando o chuveiro enquanto passa o
sabonete, fechar a torneira quando estiver escovando os dentes, lavar
pratos, copos e panelas gastando apenas o necessário para que fique
limpo e lavar os cômodos da casa menos vezes.
Martins informa que previsão do próximo inverno com segurança só vai
sair no próximo mês de janeiro para que agricultores e outras pessoas se
enquadrem de acordo com o volume de água que vai cair. “Eu não posso
afirmar agora que vamos ter ou não uma quadra invernosa normal, porque
está muito cedo para se fazer uma previsão exata, e é por isso que estou
sugerindo o uso racional da água.
Esperança
Por outro lado, embora denotando muita preocupação, disse que ainda há
uma esperança de inverno, nem que seja de médio volume, porque as
condições do Oceano Atlântico ainda não estão definidas, e o Oceano
Pacífico está com pouco aquecimento, mas podendo chegar a moderado.
Enfatiza que, diante de tanta dúvida, é preciso fazer o uso da água com
muita responsabilidade.
Ele viajou a Brasília onde foi participar de reunião no setor de
Assuntos Estratégicos da Presidência da República para discutir projeto
de impacto de clima sobre o setor de recursos hídricos, energia e
agricultura. Ele informa que a Funceme, hoje, pertence à Secretaria de
Ciência e Tecnologia, observando que não sabe ainda de uma possível
mudança do órgão para a pasta da Agricultura.
Balanço negativo
Dos 184 municípios cearenses, 176 seguem em situação de emergência por
causa da seca, de acordo com decreto do Governo do Estado do Ceará
publicado no começo do mês no Diário Oficial do Estado. A situação de
emergência foi decretada devido à irregularidade na quantidade e na
distribuição temporal e espacial de chuvas, que provocou insuficiência
na recarga dos mananciais, comprometendo o armazenamento de água e
causando problemas no abastecimento de água para o consumo humano e
animal. (com informações de Tarcísio Colares).
O Estado
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