CRATO NOTICIAS player

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Brasil ainda na cultura da esmola










Estudo revela aspectos do comportamento do brasileiro em relação à doação (Foto: Reprodução/Internet)
Estão na região Nordeste os brasileiros mais sensíveis a doar dinheiro para pedintes. A constatação não é empírica, é um dos resultados da pesquisa Retrato da Doação no Brasil, estudo que traça o perfil do brasileiro em relação às doações e causas sociais.

Enquanto apenas 13% do total que é doado por nordestinos são destinados a organizações da sociedade civil e 35% vão para igrejas, os pedintes de rua recebem 40% das doações. Este é o segundo maior percentual apontado na pesquisa e só fica atrás do índice de ofertas para igrejas no bloco formado pelos moradores das regiões Norte e Centro-Oeste (48%).

O desempenho do Nordeste chama atenção, principalmente em um País onde as doações não são um hábito. De acordo com a pesquisa, que foi realizada pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis) e a Ipsos Public Affairs, os brasileiros não se sentem estimulados para a doação. Setenta e três por cento dos entrevistados, por exemplo, afirmaram que seu círculo de convivência (família, comunidade, escola e trabalho) não o incentiva a tomar esta atitude.

Entre os motivos para a pouca disposição em repartir bens encabeça a lista a falta de dinheiro. Cinquenta e oito por cento dos entrevistados alegaram não dispor de recursos para doar. Já 18% deles disseram que não doaram porque ninguém pediu e 12% por falta de confiança nas organizações.

Se falta o hábito de doar, também falta o costume de pedir. A pesquisa descobriu que 85% dos entrevistados não receberam nenhum pedido de doação oriundo de organizações nos últimos 12 meses.

“Esse resultado reforça a percepção de que há muito espaço para o crescimento das doações, a partir de um trabalho de captação estruturado e persistente”, analisa a diretora executiva do Idis, Paula Jancso Fabiani.

Um outro dado apontado pela pesquisa reforça o potencial citado por Paula. Entre os entrevistados, 84% disseram desconhecer mecanismos de doações dedutíveis do Imposto de Renda.

Perfis
A pesquisa também ranqueou quais as principais causas que inspiram os brasileiros a doar. Crianças estão em primeiro lugar (33%), seguidas de idosos (18%), saúde (17%) e educação (7%).

Apesar de pedintes e igrejas liderarem nacionalmente os destinos das doações (com 30% cada), existe uma diferença registrada pelo estudo em relação às classes sociais. Proporcionalmente, os mais abastados doam mais para organizações sociais que os das classes C, D e E.

A pesquisa Retrato da Doação no Brasil, foi realizada em 70 municípios brasileiros, sendo nove regiões metropolitanas, em três etapas: julho, outubro e dezembro de 2013, a partir de entrevistas quantitativas com mil pessoas em cada rodada. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais, com coeficiente de confiança de 95%.

Fonte: O Povo

Procon-RJ recolhe ovo Bis Xtra+ por incitar bullying









Frase na embalagem para sacanear amigo levou a ação do Procon-RJ. (Foto: Divulgação Procon-RJ )
O Procon-RJ está retirando das prateleiras de supermercados e lojas de departamento ovos de páscoa Bis Xtra + Chocolate, da Lacta, por que a frase “personalize a embalagem com adesivos e sacaneie seu amigo” incita adolescentes e crianças à prática de bullying. O órgão também instaurou um processo administrativo nesta quarta-feira contra a fabricante do produto, a Mondelez Brasil, suspende a comercialização e determinando a apreensão dos chocolates que estejam à venda.

De acordo com o Procon-RJ, a campanha publicitária do produto e a mensagem transmitida em sua embalagem estão em desacordo com o artigo 37, parágrafo 2°, do Código de Defesa do Consumidor, por incentivar a discriminação entre crianças e adolescentes. O processo determina que as vendas do ovo Bis Xtra + Chocolate estarão suspensas até que a mensagem em sua embalagem seja alterada e deixe de conter os textos de incitação à prática de bullying.

Entre os adesivos que podem ser utilizados por quem adquiriu o ovo de Páscoa estão expressões como “morto de fome”, “nerd” e “nervosinho”. No processo administrativo, o órgão estadual considera que, num momento em que o bullying vem sendo discutido pela sociedade, é inadmissível que um produto direcionado a crianças e adolescentes incite qualquer tipo de violência, inclusive a verbal, entre eles.

- A Páscoa possui uma mensagem de paz e confraternização e esta campanha manda sacanear os outros? - disse a secretária de Estado de Proteção e Defesa do Consumidor, Cidinha Campos.

A ação foi motivada por relatos nas redes sociais e na mídia, não tendo havido reclamação formal junto ao órgão. Segundo o Procon-RJ, os gerentes dos estabelecimentos que forem visitados pelos fiscais do órgão serão responsáveis por informar a todas as filiais das redes em que trabalham sobre a suspensão da venda do produto.

Procurada, a Mondelēz Brasil informou que não foi notificada pelo Procon-RJ, até o presente momento, sobre qualquer questionamento oficial envolvendo o ovo de Páscoa Bis Xtra e, por esse motivo, não pode comentar o caso.

Fonte: O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário