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terça-feira, 8 de abril de 2014

Aurora-CE: Encontrado corpo de jovem juazeirense que morreu afogado em barragem


Demontier Tenório
Há dois anos um vendedor de Missão Velha que por ali passava em uma camionete morreu afogado (Foto: Arquivo/Agência Miséria)
Cerca de 24 horas após ter caído na barragem do Rio Salgado no Distrito de Ingazeiras na zona rural de Aurora, o corpo do jovem José Ailton Silva Santos, de 25 anos, foi encontrado por moradores da localidade. Ele residia na Rua Luíza de Souza Leite Viana do Loteamento Campo Alegre (Bairro Planalto) em Juazeiro do Norte e ali foi passar o final de semana com familiares. No local, muitos curiosos e uma equipe do Corpo de Bombeiros que fez buscas o dia inteiro.

Segundo testemunhas, no meio da tarde do domingo, Ailton cruzava a barragem em companhia de um cunhado seu menor de idade e residente em Ingazeiras quando este foi arrastado pela correnteza. O rapaz mergulhou e ajudou a salvar o adolescente, porém escorregou terminando por se afogar. Segundo o Sargento Da Silva do Destacamento Militar de Aurora, o corpo só foi encontrado por volta das 15 horas desta segunda-feira.

Em Juazeiro, Ailton já teve uma passagem pela polícia no último dia 3 de fevereiro após um assalto no Posto Bom Jesus na Avenida Castelo Branco (Limoeiro). Dois jovens armados ali chegaram em uma moto Honda Fan de cor preta anunciando o assalto quando levaram cerca de R$ 400,00. A polícia diligenciou e, na Rua Raimundo Gomes Figueiredo do Campo Alegre, abordou uma dupla numa moto com as mesmas características e pilotada por Ailton. Na garupa estava Eduardo da Silva Nascimento, o Dudu, morador das Timbaúbas, e um deles foi reconhecido como autor do assalto.

BARRAGEM – Quase todas as vezes que o inverno é mais rigoroso ocorrem mortes por afogamentos na barragem do Rio Salgado naquela localidade. No dia 28 de março de 2012 o vendedor de alumínio, Manoel de Sousa Silva, de 25 anos, o Fumaça, que residia em Missão Velha, caiu nas águas e o corpo foi encontrado dois dias depois. Ele caiu no manancial dentro de um reboque que era puxado por uma camionete D-20 na qual viajavam três pessoas. Com medo, Fumaça optou por fazer a travessia no reboque, mas este foi arrastado levando o vendedor consigo.

Coelce quer reajustar conta de luz em 13,83%









Conta de luz: pleito da Coelce supera expectativa do mercado. Estimativa do BC é de um reajuste médio de 9,5% nas tarifas praticadas no País (Foto: Kid Júnior)
Se depender do pleito encaminhado pela Companhia Energética do Ceará (Coelce) à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a conta de luz do cearense poderá sofrer, neste ano, um aumento bem superior ao esperado pelo mercado. Segundo disponibilizado pela Aneel em sua página na internet, a distribuidora cearense solicitou um índice de reajuste tarifário de 13,83% sobre os preços por ela praticado. Enquanto isso, em seu último relatório de inflação, divulgado no fim do mês passado, o Banco Central (BC) apontava para uma expectativa de reajuste médio nas tarifas de energia no País de 9,5%. Dessa forma, o índice pedido pela Coelce está a mais de quatro pontos percentuais acima da estimativa da autoridade monetária.

Se aprovado, o aumento sobre os valores praticados pela distribuidora passará a vigorar a partir do próximo dia 22 de abril. Porém, o reajuste final só será conhecido na terça-feira da semana que vem, dia 15, quando a diretoria da Aneel vota o pleito da Coelce em sua reunião pública ordinária.

Entretanto, conforme fontes ligadas ao mercado, o índice proposto pelas distribuidoras de energia não são determinantes para o reajuste autorizado pela Agência. Apenas subsidiam a tomada de decisão, visto que esta é baseada na avaliação de sua área de Regulação Econômica, que fiscaliza as concessionárias e acompanha os desempenhos.

Acima da inflaçãoO pleito solicitado pela Coelce chama a atenção ainda quando comparado com a inflação acumulada nos últimos 12 meses, medida pelo Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M), indicador utilizado pelo setor para corrigir preços. De acordo com a proposta de reajuste tarifário apresentado pela companhia, o IGP-M considerado para os cálculos foi de 5,97%, portanto, bem inferior aos 13,83% sugeridos pela concessionária de energia.

A observação gerou, assim, críticas por parte do mercado, a exemplo do presidente do Conselho de Consumidores da Coelce, Erildo Pontes, para quem o reajuste solicitado superou suas expectativas. "O índice de reajuste pedido pela Coelce é alto. Se o IGP-M nos 12 meses que antecedem o aumento foi de 5,97%, o que a Coelce está pedindo representa quase oito pontos percentuais a mais, o que não se justifica", explica.

Outro fator que poderia contribuir para um reajuste menor neste ano, lembra Pontes, é o saldo de R$ 300 milhões a favor do consumidor, referente à última revisão tarifária, em 2012, aplicada somente em 2013, e que ficou para ser compensado no reajuste de 2014. "Portanto, tínhamos a expectativa de que o pleito da Coelce fosse inferior, mesmo com mais uso das térmicas, como agora", argumenta.

Reajustes já autorizadosOntem, a Aneel aprovou o índice final da terceira revisão tarifária periódica da distribuidora Ampla, do mesmo controlador da Coelce, que fornece energia a 2,5 milhões de unidades consumidoras em 66 municípios do Rio de Janeiro. Com a revisão, os consumidores residenciais terão redução de 0,74% nas tarifas, e as indústrias terão aumento de 8,11%. Os índices são retroativos a 15 de março. Ao mesmo tempo, a Agência também aprovou ainda a revisão anual das tarifas da distribuidora Cemig-D (aumento de 14,24% para as residências e 12,41% para as indústrias) e os reajuste da CPFL Paulista (16,46% e 16,1%, respectivamente) e para a Cemat (11,16% e 13,42%, por sua vez).

Mecanismos de aumentoO reajuste anual é um dos três mecanismos de atualização das tarifas previstos nos contratos assinados entre as distribuidoras de energia e a União, com objetivo de manter o equilíbrio econômico-financeiro da concessão dos serviço. Os outros dois são a revisão tarifária periódica e a revisão extraordinária.

A periódica acontece a cada quatro anos e se diferencia do reajuste anual por ser mais ampla e levar em conta todos os custos, investimentos e receitas para fixar um novo patamar de tarifa, mais adequado à estrutura da empresa e ao seu mercado.

Já a revisão extraordinária destina-se, especificamente, a atender casos muito especiais de desequilíbrio econômico justificado, podendo ocorrer a qualquer tempo.

O QUE ELES PENSAMAumento inoportuno e fora da realidadeO que a Coelce está pedindo é abusivo e não condiz com os números da economia apresentados. A inflação do período está na casa dos 6%. Então, um reajuste de quase 13% é mais do que o dobro da inflação. A gente entende que o setor elétrico está carente de mais investimentos, mas o consumidor e o setor produtivo, sobretudo, não podem ser apenado dessa forma.
Cid AlvesPresidente do Sindilojas

Se o índice pleiteado pela Coelce for aprovado pela Aneel, isto significará um aumento inoportuno. A indústria em geral será prejudicada. Um reajuste nessa proporção afetará a competitividade dos produtos brasileiros tanto lá fora como aqui, pois dará mais chances para que entrem itens importados bem mais baratos. E, infelizmente, nós teremos que repassar o reajuste para o consumidor.

Fernando Castelo BrancoPresidente do Conselho de Economia da Fiec

Fonte: Diário do Nordeste

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