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sábado, 16 de novembro de 2024

Mais de 100 mil mulheres denunciaram ser vítimas de violência doméstica no Ceará em menos de 5 anos

Os números relacionados à violência doméstica no Ceará escancaram a permanente realidade do patriarcado, do machismo estrutural e do sofrimento de mulheres que, em sua maioria, foram agredidas dentro de casa, por aqueles com quem decidiram partilhar a vida.

A partir deste sábado até a próxima quarta-feira (20), o Diário do Nordeste traz uma série de reportagens sobre a violência sofrida por elas, com relatos de mulheres que sobreviveram às agressões e familiares que contam com a Justiça para terem uma resposta acerca dos feminicídios.

Conforme dados da Polícia Civil do Ceará (PCCE), em menos de cinco anos (de janeiro de 2020 até setembro de 2024), foram pouco mais de 100 mil denúncias registradas por mulheres vítimas de violência doméstica no Estado e quase 14 mil prisões em flagrante registradas com base na Lei Maria da Penha.

Da instauração do pedido de medida protetiva de urgência virtual ao foco no ‘Tempo de Justiça’ para julgar com mais celeridade os feminicídios. A adoção e criação de políticas públicas com esforços integrados para combater a violência de gênero é passo para reduzir a subnotificação e encorajar vítimas a romperem o ciclo da violência.

A titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Fortaleza, Giselle Martins, destaca a importância de o Estado ter conhecimento sobre os crimes, o que é possível a partir da comunicação formal via Boletim de Ocorrência (B.O.)

“Violência doméstica é um crime de um perfil mais democrático. Temos casos de agressão de filho contra uma mãe idosa, pessoas mais humildes… Existe uma portaria que determina que todas as investigações de homicídio com vítima mulher tenham, como primeira linha de investigação, o feminicídio”, diz a delegada.

Com informações do Diário do Nordeste.

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