A taxa média de desemprego no Brasil caiu de 12,3% em 2018 para 11,9% no ano passado, com 12,6 milhões de pessoas sem trabalho no país, resultando na segunda queda anual consecutiva, anunciaram hoje fonte oficiais.Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que frisou, porém, que na comparação com 2014, ano em que foi registrado o menor valor de desemprego (6,8 milhões de desempregados) desde que o indicador é contabilizado, a população sem trabalho quase duplicou em 2019, crescendo 87,7% em cinco anos.
Tendo em conta os números por trimestre, a taxa de desemprego nos últimos meses de outubro, novembro e dezembro fixou-se nos 11%, numa queda de 0,8 pontos percentuais face ao trimestre antecessor, de julho a setembro.
Na comparação com o último trimestre de 2018, registrou-se uma queda de 0,6 pontos percentuais, com a taxa de desemprego a atingir 11,6%.
Por outro lado, a população empregada (94,6 milhões de pessoas) cresceu 0,8% nos últimos três meses de 2019, em relação ao trimestre anterior, num aumento de mais 751 mil cidadãos com trabalho.
"Verificamos um aumento significativo (de postos de trabalho) ao longo do ano. Isso tem a ver com contratações em diversas áreas e uma reação do comércio a partir do fim do ano. Claro, devemos levar em consideração a sazonalidade característica do fim do ano. Precisamos esperar para verificar se essas pessoas permanecerão empregadas", afirmou a analista do IBGE, Adriana Beringuy, citada pelo portal de notícias G1.
Os trabalhadores por conta própria cresceram 4,1% no ano que passou, em relação a 2018, atingindo 24,2 milhões pessoas.
Já o trabalho informal - quando uma pessoa labora sem contrato, por conta própria, para empresas não registadas ou que trabalha para familiares sem remuneração -- atingiu 41,1% da população empregada, o equivalente a 38,4 milhões de pessoas, o maior contingente desde 2016, apesar do valor se manter estável em relação a 2018.
O Brasil encerrou 2019 com 11,6 milhões de trabalhadores sem contrato de trabalho no setor privado (à exceção dos empregados domésticos), com um aumento de 4% face 2018, o maior patamar da série histórica iniciada em 2012.
O número de trabalhadores domésticos chegou a 6,3 milhões, permanecendo praticamente estável em relação à estimativa de 2018 (6,2 milhões).
Na média anual, o total de trabalhadores com contrato assinado chegou aos 33,2 milhões, num aumento de 1,1% (mais 356 mil pessoas) em relação a 2018.
Em 2019, a média de rendimento mensal no Brasil ficou em 2.330 reais (493 euros), com um ligeiro crescimento de 0,4% face a 2018.
Com informações Notícias ao Minuto
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