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sábado, 1 de fevereiro de 2020

Coronavírus no Ceará: homem com suspeita está estável e em observação

Seis amostras de secreção do paciente com suspeita de coronavírus no Ceará seguem nesta quinta-feira, 30, para análise nos laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. O caso do morador de Sobral, que passou três meses viajando pela China, é uma das nove situações investigadas pelo Ministério da Saúde no Brasil.

De acordo com Regina Carvalho, secretária da Saúde de Sobral, o caso do paciente de 40 anos de idade está sendo tratado com o "excesso de zelo" que a situação exige, mas sem pânico. "É uma questão de prevenção para que se tenha o controle de algo desconhecido, mas que pode ser descartado com a evolução da fase de observação", afirma a gestora.

Regina Carvalho, enfermeira e doutoranda em Saúde Pública, explica que o paciente está em uma ala de isolamento no Hospital Regional do Norte (HRN), simplesmente, por ter viajado para China. Fato que aponta o quadro de saúde suspeito, segundo Organização Mundial da Saúde.

Quando o rapaz chegou ao Hospital da Unimed de Sobral, na manhã de ontem, apresentava um quadro de tosse, coriza e uma suposta febre. "Depois de atendido, verificou-se que a temperatura do corpo era de 36.1, normal. E seu estado era estável, tendo sido transferido para o HRN por protocolo epidemiológico", explica Regina Carvalho.

A gestora afirma que o paciente não está tomando medicação para evitar que se mascare os supostos sintomas do coronavírus. Além disso, sete pessoas que tiveram contato direto com o técnico em energia eólica estão sendo monitoradas pela Vigilância Epidemiológica. Dois adultos, um jovem e três crianças.

Segundo Regina Carvalho, pessoas que estiveram no mesmo ambiente que o paciente não precisam se desesperar. Caso apresentem infecções respiratórias agudas, febre e tosse com secreção devem ir ao médico para avaliação. Como já fazem nesse período de chuvas e aparecimento de viroses comuns no Ceará.

Para orientar os médicos, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) divulgou uma nota técnica. De acordo com a infectologista Tânia Maria Coelho, diretora geral em exercício do Hospital São José, três situações devem ser observadas.

A principal delas é a do paciente que tem "febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais). E ter um histórico de viagem para China com transmissão local, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas".

Além do Ceará, há suspeitas em São Paulo (3), Santa Catarina (2), Rio de Janeiro (1), Minas Gerais (1). Um caso no Paraná, de um homem natural de Fortaleza (CE), foi descartado e rebaixado para Influenza B. Ele também havia passado pela China e estava a negócios em Curitiba

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